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João Luís Couto

11-06-1958

Espinho / Portugal
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Se todos os economistas fossem postos lado a lado, nunca chegariam a uma conclusão....
George Bernard Shaw

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Economy & Markets
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Notícia

brics_toon
Ora aí está o BRICS...

O processo era mais ou menos previsivel, sobretudo consequente, só faltava saber quando ocorreria...

Nada de anormal pois nenhum status é válido para sempre... Eles estão a libertar-se das amarras do dólar e do FMI e nós, os "aliados europeus" vamos também continuar a sentir na pele a fuga do "superior" nível de vida para os países ditos emergentes, portanto não se admirem do que aí vem, ou seja, mais do mesmo...

Claro que haverá percalços, avanços e recuos e não é nada de estranhar situações provocadas que levem a outras situações mais graves como a que ocorre no momento na Ucrânia... Quem sabe mesmo se as últimas ocorrências no Brasil não tem o dedinho ou mesmo a mão toda de CIAs e outras que tais... As consequências ainda estão para ser medidas mas o processo em si já não deverá mais parar porque do outro lado estão alguns meninos que não são propriamente meninos de coro e esses também sabem onde colocar paus na engrenagem do opositor...

JLC, 16 Jul 2014


brics
Notícia:
BRICS establish $100bn bank and currency pool to cut out Western dominance
The group of emerging economies signed the long-anticipated document to create the $100 bn BRICS Development Bank and a reserve currency pool worth over another $100 bn. Both will counter the influence of Western-based lending institutions and the dollar... ler mais
 http://rt.com/business/173008-brics-bank-currency-pool/



brics_reservas
Já agora, trazer ao de cima um bocadinho do que está lá para trás já meio esquecido:

A forma sem substância (o US dólar) e os seus derivados (moedas de outros países)

Todas as moedas do mundo são simples 'derivados do dólar americano. Talvez eu devesse modificar esta afirmação, com uma excepção. Possivelmente, o euro da União Europeia não seja um derivado do dólar...

Ler mais


  




Opinião


luis_amado

    Luís Amado
   <<A regressão civilizacional>>
   
Porque é  que esta crise é diferente?


Desde logo, porque se trata, mais  do que de uma crise financeira, de uma <<crise de civilização>> que atinge sobretudo o Ocidente na sua relação com o mundo que dominou desde que os portugueses e outros povos europeus iniciaram uma nova era de descobertas e de colonização no século XV. Uma crise que não deve, contudo, confundir-se com a ideia de <<regressão civilizacional>> a que uma certa esquerda europeia vem aludindo.


Quando, nos anos oitenta, coincidindo com as reformas económicas de Reagan e Thatcher e a invenção da internet no Ocidente, Deng Xiao Ping abriu a China à economia de mercado e Gorbachev lançou a Perestroika, provocando a desintegração da União Soviética, poucos se aperceberam do impacto geopolítico desses processos. Desde então, a China e a Rússia, mas também a Índia e todo o espaço de influência comunista, abandonaram as formas de direcção estatal da economia e integraram-se gradualmente na economia de mercado mundial. A <<ordem espontânea>> de Adam Smith impunha-se à <<ordem decretada>> de Marx, encerrando um longo confronto ideológico e teórico e pondo um fim à Guerra Fria. Por outro lado, consagraria a supremacia do sistema ocidental. Não estávamos, contudo, no <<fim da história>>.

A RÁPIDA EXPANSÃO dos mercados de bens e de capitais projectou a universalização do capitalismo, integrando praticamente dois terços da humanidade em menos de vinte anos. A produção deslocou-se para Ásia e para outras regiões, arrastando uma parte da indústria e do emprego ocidentais para essas novas economias emergentes, contagiadas pela febre do consumo, da iniciativa privada e do lucro. Durante esse mesmo período, centenas de milhões de seres humanos saíram da condição de extrema pobreza em que viviam. Nesse movimento basculante da economia mundial, do Ocidente para o Oriente e do Norte para o Sul, acompanhando a produção foram as matérias primas, os recursos financeiros e o investimento, a poupança e uma boa parte do consumo, num duro processo de redistribuição da riqueza a nível global, com inevitáveis reflexos no equilíbrio geopolítico internacional.

Neste processo, que contínua em desenvolvimento, o Ocidente vai perdendo, naturalmente, riqueza e poder. Em particular, a Europa perdeu peso na produção de riqueza e na acumulação da poupança mundiais. Mas no consumo e na despesa social as perdas são em muito menor proporção, e os padrões de bem estar social foram-se mantendo até há pouco tempo.

CONTUDO, ESTE DESEQUILIBRO é insustentável, como lembrava a chanceler alemã recentemente. Com 7% da população mundial e com 20 a 25% da produção, a Europa tem dificuldade em manter um modelo social que representa quase metade dos benefícios sociais mundiais. Este é o verdadeiro problema europeu no longo prazo, que a crise impede que se continue a iludir, politicamente.

No fundo, a designada <<regressão civilizacional>> europeia é, em parte, consequência de uma diferente repartição da riqueza a nível mundial que vai sendo imposta pela globalização.

in Revista Visão 13 junho 2013




Na minha opinião, este é um HOMEM que quando dá opinião as pessoas deviam ouvir com atenção... Ele é culto e inteligente, observador e ponderado, é respeitador das opiniões contrárias e portanto também merece todo o meu respeito mesmo não comungando da cor política que neste momento representa... Na verdade, eu também já votei no PS mas com o tempo a gente, dotada de um mínimo de inteligência, vai melhorando a percepção de como as coisas funcionam... Vem tudo isto a propósito do que ele diz aqui acima, que até é básico, mas a verdade é que pouca gente entende... Há já mais de 10 anos que eu o digo por menos palavras e exemplificando com a seguinte analogia:

Vamos supor que temos dois bidões lado a lado. Um está quase cheio de água e o outro está quase vazio. A partir do momento que alguém tome a iniciativa de fazer a ligação entre os dois bidões, neste caso através de um tubo, todos nós percebemos que a água irá passar mais ou menos rápido de um bidão para o outro até atingir nos dois bidões um nível equivalente. Pois nada mais fácil de entender do que substituir os diferentes bidões por diferentes economias e substituir o tubo de ligação por uma coisa denominada de globalização... Até aceito que seja díficil de chegar a este raciocinio mas já não entendo como para certas pessoas continua díficil de assimilar mesmo depois de confrontadas com a realidade...

E ainda na minha opinião, a manter-se a actual situação, desigualdade de condições etc de trabalho e facilidade de trocas comerciais além fronteiras, a coisa só pode continuar a piorar do ponto de vista de quem tem mais regalias (e direitos adquiridos)... Por isso é claro e percebe-se bem aqui que o mal de uns será o bem de outros... Assim sendo é evidente que este status vai continuar enquanto as pessoas das economias denominadas de "emergentes" não atingirem um nível de vida mais ou menos igual ao dos consumidores europeus e norte americanos.

Eu sou a favor da globalização mas sou contra o passar-se numa hora do 8 para o 80... Talvez um dia se venha a saber quem e porque tomou ou levou a esta decisão... Acredito que o forte aparelho partidário chinês baseado no seu incalculável poderio militar e nuclear e a sua cada vez maior influência nas decisões políticas globais terá muito a ver com essa situação... Entre outras coisas estou a falar do infinito nº de lojas e de chineses com autorização de residência e outras regalias de que ouvimos falar mas não temos a certeza e que por esse mundo fora importam "direitinho" do seu país de origem tudo o que vendem... Estas coisas com grande impacto na economia e na vida das pessoas deveriam ser feitas gradualmente ao longo de vários anos (neste caso da globalização nunca menos que uma ou até duas gerações) mas o facto é que o poder de decisão está (e sempre esteve) muito longe do comum dos votantes... Se ao menos estivesse entregue a pessoas honestas e conscienciosas mas acreditar nisso tem muito de utopia porque a realidade é que as opiniões dos votantes são manipuladas (eles, os políticos "quase" se gabam de qual é o que melhor mente)... Assim, tirando uma ou outra excepção, o poder vai continuar a estar maioritariamente na mão de tipos com cariz ditatorial disfarçados de democratas, tipos desonestos e pior, sem escrúpulos, e quando aparecerem tipos minimamente honestos e com algum sentido de Estado e de servir as comunidades lá acontecerá o inevitável, ou seja, mais tarde ou mais cedo vão perder nas urnas para um gajo bem falante e melhor mentiroso, o denominado verdadeiro vendedor da banha da cobra... Como eu bem me lembro dos tempos em que ía ajudar a minha mãe a trazer as compras da feira e ficava ali à espera a observar como aquela massa de gente caía no conto do vigário... Banha da cobra!!! As pessoas acreditam em cada uma!!!

JLC, 15 agosto 2013

  






           Índice
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    - Ciclo económico: ¿Estamos num ponto de inversão?   (por esBolsa, 2012-10-15)
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    - Petróleo / Crude / Oil - Tópico Principal   (por Ming, 2005-01-16)
    - ANÁLISES CÍCLICO   (por MEGABOLSA, incerto entre 1992 e 1999)
    - Links   (Economia & Mercados)
















Ciclo económico: ¿Estamos num ponto de inversão?

esBolsa

ANÁLISES GLOBAL
Ciclo económico: ¿nos encontramos en un punto clave?
2012-10-15

En más de una ocasión hemos hablado de los ciclos económicos, como los ciclos de Kitchin o más en el largo plazo el ciclo económico de Kondratieff, y de la importancia de estos a la hora de ajustar el timing de nuestras inversiones.

Hoy os quiero traer un estudio de Greg Schnell, en el que analiza posibles ciclos temporales de medio plazo en los últimos 40 años, con resultados cuando menos interesantes.

En este primer gráfico podemos ver un ciclo de 131 semanas aplicado al S&P 500 desde 1975. Estas 131 semanas coincidiría de hecho con el límite inferior de un ciclo de Kitchin, que dura de media 182 semanas y que tiene como límite inferior 130.

A simple vista se observa como este ciclo marca de manera bastante precisa los máximos de 1987, 2000 y 2007, y también ha marcado importantes puntos de inflexión a lo largo de los años.

Según el autor, la mitad de ciclo, es decir 65,5 semanas también marca puntos importantes, pero a mi modo de ver es difícil ajustar con esa precisión. Cuanto menor es la duración del ciclo, más impreciso se vuelve.

121011ciclo-economico_Half_cycles

Pero, como he comentado anteriormente, existen muchos estudios sobre los ciclos económicos, y podríamos seleccionar otros periodos que también marcarían el timing de momentos importantes.
En el siguiente gráfico podemos ver un ciclo económico de 327 semanas, que correspondería aproximadamente a la duración de 2 ciclos económicos de Kitchin. Esta duración de ciclo sería la que mejor se ajusta a los puntos importantes de inflexión o aceleraciones del precio en el gráfico del S&P 500 (bien el ciclo en sí, bien la línea correspondiente a medio ciclo económico).

121011ciclo-economico
2012-10-11 SPX longo prazo

Situación actual del ciclo económico
La parte interesante de este estudio viene ahora, cuando se combinan estos dos ciclos. Si superpusiésemos los dos gráficos con los ciclos de 131 semanas y 327 semanas, sólo coincidirían en 4 puntos (marcados por flechas): el mínimo de 1974, el máximo de 1987, el máximo de 2000 y precisamente ahora: a finales de 2012.

121011ciclo-economico_quarter

Esta coincidencia de ciclo económico nos podría estar diciendo que nos encontramos en un importante punto de inflexión: bien rompiendo el rango lateral bajista de estos últimos 12 años con fuerza al alza, o bien cayendo con fuerza.

La pregunta ahora sería, ¿hacia dónde se moverá? En este sentido hay opiniones diversas.

Existen analistas que ven mejorar poco a poco los datos macro y apuestan por una aceleración de los precios gracias a la actuación del BCE con la crisis de la deuda en los países periféricos y de la FED con el QE3.

Por el contrario hay otros que se decantan por una caída importante basándose bien en su desconfianza sobre la capacidad de estas medidas para solucionar el problema económico, bien en la debilidad de ciertos indicadores técnicos, bien en los recuentos de Elliot, …

Como digo, hay escenarios para todos los gustos, y la situación global se encuentra demasiado inestable como para poder decidirse por un lado u otro.

Yo no soy optimista viendo la debilidad de muchos indicadores, estudios intermercado, etc, pero la realidad se impone y mientras no se rompa la directriz alcista que sujeta al S&P 500 desde hace 3 años, el panorama es alcista (con los retrocesos normales de cualquier subida) y hay que apostar por las operaciones de compra.

Sin embargo, no descarto que esa directriz se rompa a la baja y entonces el escenario cambiaría por completo, y sería momento de ponerse cortos de forma agresiva (sobre todo en el más que probable pullback a la zona de rotura).

121012SPX_Directriz-alcista

He comentado en más de una ocasión que la bolsa es un mundo de probabilidades, en el que no existe una seguridad de éxito del cien por cien. Por eso debemos manejar diferentes escenarios con distinto nivel de probabilidad, pero sin casarnos con ninguno.

El mercado es el que siempre tiene la razón, y si intentamos imponer nuestra “verdad” a la realidad del mercado acabaremos con nuestra cuenta a cero.

http://esbolsa.com/blog/analisis-global/ciclo-economico-punto-clave/





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Crude!!!

Crude!!!
JN
Autor: « em: 2007-03-27 21:08:35 »

Isto está mesmo a aquecer  Cheesy  já foi aos 68, agora esta a 66, deve ter saido novidades do Irao...

Crude!!!
JN
« Responder #1 em: 2007-03-27 21:21:38 »

fica aqui o boneco do CLK7 em velas de 5 min.

070327_clk7
20070327_clk7 (visto 948 vezes.)

Crude!!!
Guloso
« Responder #2 em: 2007-03-27 21:33:49 »

De acordo com a bloomberg há rumores de confrontos entre Iranianos e forças Americanas. No entanto, os mesmos tem sido negados pela armada Americana.

Crude!!!
nunofaustino
« Responder #3 em: 2007-03-28 10:05:28 »

Eu ainda pensei que tivesse sido um erro na minha plataforma, mas já vi que isto deve ter rebentado com imensas carteiras... uma variação de 10% nos contratos de crude causam muita mossa...

Alguém daqui sofreu (ou ganhou) com estes movimentos anormais?

Um abr
Nuno

Crude!!!
Incognitus
« Responder #4 em: 2007-03-28 10:12:00 »

Eu não estive nessa loucura, mas o movimento mostrou bem a necessidade de não se utilizarem grandes alavancagens.

Crude!!!
Ming
« Responder #5 em: 2007-03-28 10:35:56 »

Eu estou liquido longo, e acabei por não ganhar nem perder... porque o preço acabou por regressar aos valores de partida.

Crude!!!
maisum
« Responder #6 em: 2007-03-28 11:25:53 »

Bem, eu não estaria muito confortável com longos neste nível em trades de posição... Nem com curtos... A gente sabe da história do PO, do Irão e etc., mas vejamos: o preço dos novos contratos vieram com um diferencial de +2 USD; esse diferencial não projectava quedas logo nos 1ºs dias de negociação mas agora após uns moves de limpeza já não digo nada... As probabilidades agora são talvez de 50 para 50%... É olhar para as linhas no gráfico dos QM e ver onde eles fizeram o topo de ontem a 66,800... Claro que é preciso dar tempo ao tempo mas daqui a uns dias ou semanas já se podem tirar conclusões...

070327QM
070327QM (visto 800 vezes.)

Crude!!!
Ming
« Responder #7 em: 2007-03-28 12:12:56 »

As minhas posições são de longo prazo.
Depois do que se passou no principio do ano, agora estou com um nível de posições prudente. Neste momento sinto-me 100% confortável em relação a esta questão.

Crude!!!
maisum
« Responder #8 em: 2007-03-28 13:01:27 »

Sim, ei sei que tens longos para 2010 e coisa do género mas eu referia-me ao curto e médio prazos... A relação de probabilidades para o curto prazo de 50/50 acho que é a mais correcta no momento para quem negoceia os futuros do crude mas antes desses teus prazos acredito que ainda vamos ver os preços abaixo dos 40... Eu ainda não esqueci as palavras do ministro do Chavez...

Crude!!!
JN
« Responder #9 em: 2007-03-28 13:05:43 »

maisum,
que disse o ministro do chavez?

eu estava longo e continuo, pelo menos até ver os ingleses a pedirem desculpa aos iranianos por terem entrado em águas deles  :lol:

Crude!!!
maisum
« Responder #10 em: 2007-03-28 13:19:49 »

Quando no fim do ano passado os preços rondaram os $50 o homem deu a cara a dizer que houvesse calma que os preços voltariam rápido a subir... Ora como a gente sabe quem faz o preço do crude não são as mãos fracas daí que eu acredito que o Chavez e os seus discípulos ainda vão ter que aparecer muitas mais vezes na TV a pedir calma antes de lhes tirarem definitivamente o tapete...

P.S. Na verdade o sucedido foi já no princípio deste ano...

Crude!!!
Incognitus
« Responder #11 em: 2007-03-28 13:30:51 »

Se aquele artigo da Arábia Saudita no Oil Drum estiver correcto, os sub-$40 não aparecem nem com uma recessão.

Crude!!!
maisum
« Responder #12 em: 2007-03-28 13:43:48 »

É possível, mas eu acreditaria mais depressa no desespero dos venezuelanos do que num artigo por mais cientifico e credível que ele seja pois os prazos podem ser (e são) manipulados a favor dos interesses de quem tem o poder para tal... Normalmente os preços no mercado ajustam-se aos fundamentais mas não nos prazos em que a maioria aposta...

Crude!!!
maisum
« Responder #13 em: 2007-03-28 13:51:53 »

Incógnitus, já alguém falou por aqui do fenómeno que se espera para os próximos tempos... El ninã, ou seja, o contrário de el ninõ...

Crude!!!
Fox Mulder
« Responder #14 em: 2007-03-28 14:01:45

Citar
Rising oil prices
Spooked

Mar 28th 2007 | NEW YORK
From Economist.com
Tension over Iran is helping to push up oil prices once more

EPA

SINCE prices peaked in July last year, and drifted steadily back down, analysts and consumers alike have been hoping that the painful days are behind them. No such luck. Late in January the cost of a barrel of crude fell to $50 or so, as an unusually warm winter allowed inventories to build. In the past couple of months, however, it has been steadily creeping higher. On Tuesday March 27th prices shot up by more than $5, touching $68.09, as escalating tension between the West and Iran over the kidnapping of 15 British sailors sparked fears of a military clash in the Gulf.

The spike was temporary, but prices remain at a three-month high of about $63 (see chart below). A war with Iran is not particularly likely, but even the faintest possibility is unsettling. Disruptions to Iran’s big oil fields, and possibly to Iraq’s, would be bad enough. But threats to close the Strait of Hormuz, through which roughly a quarter of the world’s oil supplies passes, send shivers through oil markets.


Oil traders already have reason to feel nervous. Big producers in the Middle East and elsewhere are plagued by security woes. The bigger concern with Iran is how to tackle its nuclear programme, the source of long-term tension. Iraq looks as unstable as ever, and America’s Congress is trying to fix a deadline for the withdrawal of American soldiers. PDVSA, Venezuela’s state-run oil company, announced a sharp fall in 2006 profits on Tuesday, perhaps a sign that a lack of investment in the industry may be eroding the country’s productive capacity. And there are anxiety-inducing predictions for this year’s hurricane season in the Gulf of Mexico.

The impact of the bad news has been exacerbated because supplies were already tightening. OPEC producers, whose governments have grown reliant on high prices to shore up their domestic political support, have been keen to keep the cost of a barrel of oil above $50. And demand in the 30-odd developed nations that make up the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) has been unexpectedly strong. The latest report from the International Energy Agency, which monitors stockpiles, suggests that OECD inventories fell by 8.6m barrels in January, as eager consumers drew down the supplies amassed during the warm days of early winter. As inventories are cut, the effect of bad news is likely to be felt more quickly.

It is unclear how well the world economy will hold up if prices get back to levels, as much as $78 a barrel, seen last year. During the appreciation that saw the oil price roughly triple between 2004 and 2006, economists waited with bated breath for an oil-induced crash. That never came. Now, in some ways, the world economy is better braced to absorb high prices. Europe’s big economies show every sign of finally generating some domestic demand, as does Japan, which seems to have pulled out of its decade-long slump.

But in contrast the engine of global economic growth for the past five years, America, is now flirting with a housing-induced recession. If petroleum prices rise further, the world economy will need Europe and Japan to drive growth, as gas-guzzling America is looking vulnerable. Yet domestic demand in places like Germany and Japan needs to pick up quite a bit more yet, if America’s overstretched consumers trim back.

More scary is if there is a sudden spike in prices. The 2004-2006 appreciation was rapid, but relatively smooth. Shocks like the Tuesday’s after-hours surge will have a more disturbing impact, as buyers suddenly slash their spending, as happened in America after hurricane Katrina disrupted supplies. The threats in Iraq, Iran, and elsewhere, have arguable grown worse since last year. It may be time to put away the Hummer catalogue and to start looking at the price of ultra-economy cars.


Crude!!!
Ming
« Responder #15 em: 2007-03-28 14:18:58 »

Esse articulista ainda não percebeu bem as coisas:
Ainda atribui todos os problemas de produção a geopolítica e à cartelização dos produtores (não sabe do PO).

Por outro lado, ao contrário do que ele escreve o consumo da OECD até está realmente baixo: Só tem continuado a subir nos USA. Na Europa e no Japão o consumo até está a descer bem (ajudado nos ultimos meses pelos Invernos especialmente amenos).
O que acontece (a causa da diminuição dos stocks) é que a produção não tem subido nada e que alguns paises ainda continuam a aumentar fortemente os consumos (em especial a China e - ainda mais - os próprios os produtores).




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Houston, we have a cover...

Houston, we have a cover ...
Incognitus
Incognitus

Autor « em: 2007-02-13 09:34:50 »

Um artigo bêbado de optimismo, na capa de uma revista de grande difusão...

070213_bwcover
bwcover (visto 1231 vezes.)

Houston, we have a cover ...
Rui12ld
« Responder #1 em: 2007-02-13 12:44:46 »

Incognitus,

Já percebi que te encontras pessimista relativamente à evolução do mercado, e também já percebi pq. Bolha no crédito => bolha no imobiliário o que => que fundamentalmente anda o Mundo a viver acima das sua possibilidades.

 Ok, percebo mas não concordo. Não concordo pq neste momento assitimos a uma entrada de novos players na economia global com centenas de milhões de novos consumidores avidos de consumo. Este impacto per si despreza tudo o resto, e para mim o resto (entenda-se a bolha no crédito) é menos grave do que aparenta.

 A minha questão é, que factor era necessário alterar para ficares mais optimista? O Petrol descer? O consumo descer? A inflação descer? Estourarem uma série de bancos e ficarem só os mais saúdaveis?
Que soluções? Pois se há um problema tem de haver soluções. Ou não há?

Abraço

PS: Esta pergunta estende-se a todos os foreiros pessimistas, que diga-se são muitos Smiley

Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #2 em: 2007-02-13 12:52:34 »

A única forma é o peso do crédito descer substancialmente (a expansão do dito anualmente, e o stock ao longo do tempo), e isso historicamente implica uma crise, até porque uma parte substancial da actividade económica presente encontra-se dependente da expansão continuada da dívida num esquema de ponzi virtual, expansão essa insustentável, porque a dívida e o seu serviço estão a crescer mais rapidamente do que o rendimento das pessoas.

Basicamente é uma bolha, apenas algo diferente das que a precederam, e bastante mais perigosa em termos económicos.

Também fico optimista se o preço dos activos descontar a desgraça antes mesmo da desgraça acontecer. Tal como está hoje, temos múltiplos relativamente razoáveis sobre fundamentais insustentáveis (margens de lucro recorde, etc, tudo devido ao mesmo fenómeno do crédito).

Nota que quando alguém pede dinheiro, esse dinheiro é gasto e constitui o rendimento de quem o recebe, quem o recebe por sua vez gasta-o noutras coisas constituindo o rendimento de quem vende essas coisas, etc, etc, pelo que o impacto da dívida é muito maior do que possa parecer. Por exemplo em Portugal a dívida está a aumentar a um ritmo de cerca de 55 milhões de euros por dia ... isso são 10X mais do que as famosas remessas da UE de há uns anos atrás.

Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #3 em: 2007-02-13 12:58:31 »

Já agora, nota que a solução É o próprio problema. Ou seja, tudo vai parecer muito bem enquanto o crédito estiver a expandir loucamente, e tudo vai parecer incrivelmente mal assim que haja algum juízo.

Houston, we have a cover ...
Guloso
« Responder #4 em: 2007-02-13 14:07:45 »

E se nunca houver juízo? É possível?  Tipo fuga para a frente com mais credito?

Houston, we have a cover ...
maisum
« Responder #5 em: 2007-02-13 14:10:10 »

Incognitos, estão identificados os factores preocupantes na macro economia... Na micro parece que continua tudo a rolar sobre rodas com opas e compras de acções próprias por todo o lado... Os gráficos parecem foguetões apontados para o céu... Quanto ao ingrediente principal e fundamental para nós, esse continua a ser uma incógnita... O timing de uma correcção maior ou até de uma inversão...

Para acontecer o que parece impossível que não aconteça será necessário haver confiança, excesso de confiança, e isso pode ser medido nos gráficos da especialidade... O problema é quando os gráficos mostram divergências como é o caso actual do IFO a bater máximos e o ZEW lá por baixo... Como interpretas isto?

070213_German_IFO
070213German IFO (visto 1119 vezes.)

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070213 German ZEW (1118 vezes.)


Houston, we have a cover ...
maisum
« Responder #6 em: 2007-02-13 14:11:43 »

Já agora nos americas parece que ainda há potencial para mais subidas...

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070213 Consumer Confidence (1114 vezes.)


Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #7 em: 2007-02-13 14:26:59 »

Citar
E se nunca houver juízo? É possível? Tipo fuga para a frente com mais credito?

Não é possível porque está a funcionar como um ponzi, necessitando de criação de dívida em crescimento perpétuo, coisa que se torna impossível pois os rácios de serviço de dívida - não obstante as taxas de juro historicamente baixas - continuam a subir. Isto em parte acontece porque existem "fugas", por exemplo, para o exterior (quando mais se endividam os povos de cada país, maior o déficit externo que esses países tendencialmente têm, isso observa-se facilmente nas contas dos EUA, Espanha, Nova Zelândia, Portugal, etc, etc).

Citar
Incognitos, estão identificados os factores preocupantes na macro economia... Na micro parece que continua tudo a rolar sobre rodas com opas e compras de acções próprias por todo o lado... Os gráficos parecem foguetões apontados para o céu... Quanto ao ingrediente principal e fundamental para nós, esse continua a ser uma incógnita... O timing de uma correcção maior ou até de uma inversão...

Num esquema de Ponzi tudo corre incrivelmente bem, até correr incrivelmente mal.

Citar
Para acontecer o que parece impossível que não aconteça será necessário haver confiança, excesso de confiança, e isso pode ser medido nos gráficos da especialidade... O problema é quando os gráficos mostram divergências como é o caso actual do IFO a bater máximos e o ZEW lá por baixo... Como interpretas isto?

Índices de confiança não me dizem muito. Os de consumidores, por exemplo, tendem a fazer máximos antes de desgraças económicas ou financeiras.

Houston, we have a cover ...
Rui12ld
« Responder #8 em: 2007-02-13 14:34:34 »

Incognitus,

 A criação de moeda é actualmente o mais artificial possível, o padrão-ouro já lá vai. Não volta.

 A economia é em si mesma artificial, eu explico, um português que compra uma acção nos states e ganha 100.000 USD vs um americano que lhe tinha vendido e que agora lhe comprou, adicionou 100.000 USD a economia nacional sem produtividade nenhuma, apenas carregou 2 vezes no botão.
 O que eu quero dizer é que embora indicadores de desemprego, produtividade, michigan, etc, está tudo bem sim senhor, mas a economia funciona ainda a um nível de sub-estracto a qual não é fácil de "apanhar".

 Abraço

Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #9 em: 2007-02-13 15:11:47 »

Citar
A criação de moeda é actualmente o mais artificial possível, o padrão-ouro já lá vai. Não volta.

Pouco importa, se os rácios de endividamento e de serviço de dívida forem aumentando, a coisa inevitavelmente estoira. Ora, esses rácios JÁ estão em máximos históricos mesmo com taxas de juro baixas.

Citar
A economia é em si mesma artificial, eu explico, um português que compra uma acção nos states e ganha 100.000 USD vs um mericano que lhe tinha vendido e que agora lhe comprou, adicionou 100.000 USD a economia nacional sem produtividade nenhuma, apenas carregou 2 vezes no botão.

Não, isso não cria dinheiro, a forma como se cria dinheiro é quando as pessoas pedem crédito bancário.

Citar
O que eu quero dizer é que embora indicadores de desemprego, produtividade, michigan, etc, está tudo bem sim senhor, mas a economia funciona ainda a um nível de sub-estracto a qual não é fácil de "apanhar".

Os indicadores de emprego são lagging ou no máximo coincidentes, o mesmo com os indicadores de confiança.

Houston, we have a cover ...
Rui12ld
« Responder #10 em: 2007-02-13 15:32:13 »

Citar
A economia é em si mesma artificial, eu explico, um português que compra uma acção nos states e ganha 100.000 USD vs um americano que lhe tinha vendido e que agora lhe comprou, adicionou 100.000 USD a economia nacional sem produtividade nenhuma, apenas carregou 2 vezes no botão.

Citar
Não, isso não cria dinheiro, a forma como se cria dinheiro é quando as pessoas pedem crédito bancário.

Eu não disse que cria $, o que eu digo é que há uma transferência de $ dos USA para Portugal sem indicador que o apanhe, nada. É só um exemplo de como a economia actual é muito mais complexa.

Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #11 em: 2007-02-13 15:42:05 »

Citar
Eu não disse que cria $, o que eu digo é que há uma transferência de $ dos USA para Portugal sem indicador que o apanhe, nada. É só um exemplo de como a economia actual é muito mais complexa.

É um bocado irrelevante ... o tal problema da dívida existe em Portugal quase na mesma medida em que existe nos EUA. E está espalhado pelo resto do mundo desenvolvido.

Houston, we have a cover ...
maisum
« Responder #12 em: 2007-02-17 12:55:25 »

Incognitus, voltando ainda aos indicadores de confiança...

Os mercados parece que não caem quando a confiança empresarial está em baixo... Numa análise muito simples eu diria que as bolsas só estarão prontas para cair após recuperação da confiança empresarial desde valores negativos para valores superiores a 60... Aí sim, vamos shortar forte e feio... Entretanto por agora posições longas só mesmo para quem já vem do lado certo desde lá de baixo...

070217_German_ZEW_curto_prazo
070217 German ZEW curto prazo (visto 873 vezes.)

070217_German_ZEW_longo_prazo
070217 German ZEW longo prazo (visto 873 vezes.)


Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #13 em: 2007-02-17 13:18:58 »

Citar
Os mercados parece que não caem quando a confiança empresarial está em baixo... Numa análise muito simples eu diria que as bolsas só estarão prontas para cair após recuperação da confiança empresarial desde valores negativos para valores superiores a 60... Aí sim, vamos shortar forte e feio... Entretanto por agora posições longas só mesmo para quem já vem do lado certo desde lá de baixo...

Maisum, é uma possibilidade.

Mas também é verdade que o que está a acontecer é único na história ou extremamente raro, em termos de ausência de quedas. Isso não obstante a quantidade de dívida que está a ser tomada em todos os países desenvolvidos (que por um lado é responsável por não existirem quedas, e por outro vai ser responsável por, quando existirem, serem feias).

O comportamento dos mercados neste momento é tão estranho que me pergunto se não teremos reciclagem de petrodólares e de reservas chinesas directamente para os mercados accionistas mundiais.

Houston, we have a cover ...
O Visitante
« Responder #14 em: 2007-02-17 15:07:32 »

bom dia

bem, agora sim talvez seja razao para começar a pensar em coisas mais serias . A business week é a business week e penso que numa capa e a vermelho é de tomar precauçoes. isto tudo porque odeio este excesso de optimismo estampado numa das revistas de biz mai lidas do mundo.

curiosamente no bottom de 2003 os alarmes sobre o stock market no financial times, WSJ , business week etc desaconselhavam o investimento no stock market . aqui nao estamos a falar dum artigo escrito por um palhaço qualquer num blogue ou num website , estamos a falar de um titulo super bullish a vermelho na capa  de uma das mais importantes magazines do mundo.

aliás a cor vermelha aí soa-me a mensagem nao explicita mas com qualquer coisa nas entrelinhas , isto para quem acredita no minimo dos minimos nas teorias da conspiraçao. eu nao acredito em conspiraçoes extremadas mas elas existem sem duvida.

a ver vamos o que esse grafismo da capa quer dizer nos proximos 3 a 6 meses

Houston, we have a cover ...
O Visitante
« Responder #15 em: 2007-02-17 15:10:09 »

e ja agora , obrigado incognitus pela imagem da capa da BW , se a visse numa store talvez me passasse despercebida

thanks a lot my friend

Houston, we have a cover ...
maisum
« Responder #16 em: 2007-02-17 17:48:01 »

As opiniões dividem-se e não é para menos pois olhando para o DJI nos últimos 100 anos a realidade é que se torna difícil falar disto... Noto no entanto 2 fases de correcção bastante distintas... A passagem dos anos 20 para os anos 30 foi catastrófica... A passagem dos anos 70 para os anos 80 foi mais soft... Agora temos á nossa frente a passagem da 1ª década deste novo milénio para o futuro (que é o nosso)...

Segundo os dados que o Incognitos tem muito oportunamente vindo aqui a destacar, não é de pôr de lado a hipótese de isto poder descambar num crash que até poderia ser pior que o crash de 1929... Supondo essa hipótese isso poderia levar o DJI para valores de 3 décadas atrás, ou seja, poderíamos ir testar os 1000 pts da década de 70... Nem é bom pensar nisso...

Segundo outros, poderíamos estar a entrar numa época de consolidação tipo anos 60/70 em que a cada novo máximo se seguiria uma correcção dita de saudável...  Esta seria a melhor solução para bem de todos nós e é na que eu quero acreditar...

Por outro lado também é verdade que o mercado está sempre pronto para nos surpreender e assim poderíamos assistir nos próximos anos a uma situação inédita com novos designes originais para o modelo macro económico e por conseguinte para os gráficos de bolsa... Será que ainda há coisas para inventar nisto de mercados???

Vivam os romanos (quer dizer os americanos), viva o helicopter man...

070217_DJI_100anos
070217 DJI 100anos (visto 805 vezes.)


Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #17 em: 2007-02-17 18:02:28 »

Eu custa-me a crer que possamos ter um crash equivalente ao de 1929 nos mercados.

Mas parece-me inteiramente possível que possamos ter um crash equivalente ao de 1929 na economia.

São coisas diferentes, não espero de modo nenhum uma queda de 80% nos mercados.

De notar que economicamente, a situação é agora muito pior que em 1929. Mas a resposta a um eventual problema é possível que seja melhor ou diferente.

Houston, we have a cover ...
rnbc
« Responder #18 em: 2007-02-19 04:27:28 »

Só um pequeno pensamento, que isto são é horas de ir dormir:

Uma forma possível de absorver a divida é deixando a inflação crescer.

Se o BCE e afins não forem tão casmurros como estão a ser, tentanto manter a inflação em valores absurdamente baixos, pode não haver desastre nenhum.

Com uma inflação de 10% ao ano a dívida diminui num instante: em 10 anos a capacidade de absorção é de 2.5x

Ou estou a dizer alguma burrice?...

Houston, we have a cover ...
rnbc
« Responder #19 em: 2007-02-19 04:28:47 »

Ok ok, claro que os juros também iriam subir, mas a ideia mantém-se, embora um pouco atenuada.

Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #20 em: 2007-02-19 08:02:43 »

Citar
Uma forma possível de absorver a divida é deixando a inflação crescer.

A dívida só é inflacionária enquanto expande, depois é fortemente deflacionária.

Se o BCE deixasse as taxas incrivelmente baixas sem alteração (e mesmo agora continuam baixas com a dívida a explodir na Europa), o resultado final seria ainda pior, pois acumular-se-ia um stock superior de dívida.

Isto já não tem solução nenhuma, porque já se acumularam stocks absurdos de dívida.

Existe uma forma de produzir inflação, porém, que é imprimir dinheiro. Porém é algo injusto para quem não se endividou, que "safem" quem se endividou dessa forma.

Houston, we have a cover ...
Incognitus
« Responder #21 em: 2007-02-19 11:27:56 »

Existe uma razão forte para que não se opte pela inflação via impressão de dinheiro para limpar os problemas: as sociedades estão mais envelhecidas, e os reformados seriam destruídos por essa opção.

Houston, we have a cover ...
rnbc
« Responder #22 em: 2007-02-20 21:47:55 »

Pois... confesso que estava mais virado para um esquema de "imprimir dinheiro". Claro que é chato, mas quem tem pouco dinheiro ou então quase tudo em valores imobiliários ou mobiliários pouco sofre. Tudo se ajusta, o valor das acções sobe, no fim fica quase tudo na mesma, mas a divida evaporou-se.

Claro que não estou a pensar num cenário tipo "weimar republic". Algo mais suave...

De qualquer das formas a divida terá que ser parcialmente eliminada, seja de que forma for.




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Lorpas vs Gastadores

Lorpas vs Gastadores
maisum
Autor « em: 2006-09-21 10:34:14 »

O assunto é polémico mas vamos a uma analogiazita...

Supostamente, assim tipo grosso modo, temos 2 famílias antagónicas...
Uma tem um rendimento mensal de n e tem uma despesa de n/2...
A outra, para um mesmo período tem os valores respectivamente de nx2 e nx4...

Segundo estes parâmetros (e segundo o bom senso) qual será o modelo ideal de família?
Considerando que a 1ª família não passa fome nem necessidades e que na verdade até vive com uma relativa boa qualidade de vida, a resposta parece que é evidente...

Agora passando para a tal analogia vamos considerar que a Europa estaria para a 1ª família (a mais equilibrada e conservadora) assim como os USA estariam para a 2ª família (a mais desequilibrada e ao mesmo tempo dita de inovadora e avançada)...

Agora pergunto eu, por que raio estamos sempre a gabar a 2ª família (USA)Huh?
Como será que eles estão a pensar pagar a dívida acumulada??? Ou será que não estão sequer a pensar em pagar?

Essa história de ligar a impressora a dar nada (papel) aos lorpas (todos os não USA) a troco de serviços e mercadorias está-me a fazer cá uma confusão!!! É que, afinal vistas bem as coisas, parece que a 1ª família, a conservadora, não é modelo nenhum mas sim uma cambada de lorpas... Por outro lado a 2ª família, a dita de mais avançada, afinal de inovação não tem nada pois enganar os outros não é nada de novo e sempre assim foi na história da humanidade... O engraçado de tudo isto é que os enganados fartam-se de gabar os enganadores!!!

Agora falando da situação actual dos mercados... Será que a fuga possível é  fugir em frente (para cima) e criar mais dívida... Será que os mercados vão ser “empurrados” no sentido da irracionalidade... Um dos 10 indicadores do Leading Indicators é mesmo o estado do mercado accionista e assim este acaba por ser fundamental na leitura dos dados macro e claro no andamento da própria economia... Será que na verdade não estamos a caminhar para uma situação insustentável e de desmesuradas consequências... Sim, só o futuro nos vai trazer a resposta a todas as dúvidas... Entretanto alguns poderão dizer que as coisas assim funcionam, ou pelo menos vão funcionando, e de outra forma não sabemos como seria pelo que por enquanto só temos de estar muito agradecidos aos gastadores...

Um abraço

060920DJI
060920DJI (visto 560 vezes.)


Lorpas vs Gastadores
Ming
« Responder #1 em: 2006-09-21 10:55:28 »

É totalmente errado comparar a Europa e os USA nessa perspectiva...

Na Europa há tambem um enorme endividamento das familias e dos governos.
Alguns paises tem mesmo dividas publicas muito superiores (em percentagem do PIB) à dos USA.

Em particular, cá em Portugal, tanto os niveis das dividas (publica e privada) como dos deficits (publico e da balança de transacções) são semelhantes (e com tendencia para serem piores) que os dos USA...

Lorpas vs Gastadores
Incognitus
« Responder #2 em: 2006-09-21 10:55:46 »

Citar
Agora pergunto eu, por que raio estamos sempre a gabar a 2ª família (USA)Huh?
Como será que eles estão a pensar pagar a dívida acumulada??? Ou será que não estão sequer a pensar em pagar?

Gaba-se o sistema e a liberdade (que lá, de resto, também não são perfeitos), não o que as pessoas fazem com a liberdade.

Achar que existe uma forma "melhor" mas menos livre, "imposta de cima", não é aceitável (quanto mais não seja, para aqueles a quem é imposta).

Lorpas vs Gastadores
maisum
« Responder #3 em: 2006-09-21 11:01:59 »

Ming, eu refiro-me a E-12 e USA... Enquanto os 12 vão estando positivos no saldo da conta corrente os USA estão bem negativos e sem se ver por enquanto alguma inversão na tendência...

Lorpas vs Gastadores
Incognitus
« Responder #4 em: 2006-09-21 11:09:42 »

Sim, neste momento os desequilíbrios da Europa são inferiores aos dos EUA, particularmente no comércio externo.

Lorpas vs Gastadores
bmwmb
« Responder #5 em: 2006-09-22 21:48:28 »

Citação de: "maisum"
O assunto é polémico mas vamos a uma analogiazita...

[...] Agora pergunto eu, por que raio estamos sempre a gabar a 2ª família (USA)Huh?

[...] O engraçado de tudo isto é que os enganados fartam-se de gabar os enganadores!!!

[...] Entretanto alguns poderão dizer que as coisas assim funcionam, ou pelo menos vão funcionando, e de outra forma não sabemos como seria pelo que por enquanto só temos de estar muito agradecidos aos gastadores...

maisum, referes-te a gabar o quê, precisamente?

O endividamento público e privado dos Estados Unidos?




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Regras para um trader...

Regras para um trader...
JN
Autor « em: 2006-01-23 19:24:48 »

Regras é o que não faltam por aí. Eu gosto particularmente desta:

The objective of what we are after is not to buy low and to sell high, but to buy high and to sell higher, or to sell short low and to buy lower.

e desta:

In trading/investing, an understanding of mass psychology is often more important than an understanding of economics.

Se queserem ler o artigo todo:
http://www.frontlinethoughts.com/article.asp?id=mwo012006

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #1 em: 2006-01-23 19:29:35 »

JN, porém existe um problema com algumas regras: é que se toda a população de traders a seguir, essa população em média perde para o mercado, mecanicamente.

Pensa não no que um trader faz, mas sim no que acontece se todos fizerem o mesmo. Pensa ainda que as acções não desaparecem no topo, muito pelo contrário (aparecem mais).

Isto faz com que se a população de traders ignorar o valor daquilo que transacciona, essa população como um todo a prazo vai perder para a população que não ignora o valor (ainda que muitos indivíduos possam ganhar).

Regras para um trader...
JN
« Responder #2 em: 2006-01-23 21:04:24 »

Incognitos, Eu volto a colocar-te esta regra porque penso que não a entendes ou não lhe dás a minima importancia.

In trading/investing, an understanding of mass psychology is often more important than an understanding of economics.

Se todos cumprirem as regras...

esse é uma das principais falhas do ser humano. Nao é capaz de cumprir regras, muito menos quando se trata de dinheiro.

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #3 em: 2006-01-23 21:12:12 »

Neste caso não é uma regra, mas sim o ignorar o valor que está no princípio de que é bom comprar "high" para vender "higher".

Ignorar o valor é algo extremamente fácil para o ser humano, porque tentar determinar o valor implica estudar alguma coisa.

Regras para um trader...
JN
« Responder #4 em: 2006-01-23 21:51:53 »

Incognitos, fazes-me lembrar aqueles tipos que estão sempre a achar tudo caro; toda a vida acharam as casas caras, os terrenos caros, etc. etc. Acabram por nunca comprar nada, porque até para pedir emprestado, achavam os juros caros.
Ficam setados à espera que a bolha arrebente.
Pois é..., mas ha muitos que compram caro para vender mais caro e por isso estão ricos.

Eu sou de uma familia de empreendedores que nunca estudaram economia e o que eu sempre ouvi dizer em casa foi;
 :arrow: comprar é sempre bom negócio!
 :arrow: vender é normalmente um mau negócio!
 :arrow: o que hoje é caro, amahã fica barato!

Regras para um trader...
Anonymous
« Responder #5 em: 2006-01-23 22:00:13 »

tem piada ó JN

Eu tb já ouvi a mesma música, mas isso aplicava-se ao imobiliário:terrenos  e casas.

Porém, hoje a coisa é diferente e basta apertarem mais um pouco nos impostos sobre esses bens, para ninguém os querer para investimento mas apenas os indispensáveis  para a vida.

A bolsa é diferente: pode acontecer todos quererem vender o mesmo bem ao mesmo tempo e só ganha quem comprou mais barato
cpts

Regras para um trader...
JN
« Responder #6 em: 2006-01-23 22:27:00 »

Citação de: "Anonymous"
Porém, hoje a coisa é diferente e basta apertarem mais um pouco nos impostos sobre esses bens, para ninguém os querer para investimento mas apenas os indispensáveis  para a vida.
cpts

Acreditas num sistema capitalista onde o imobiliario deixe de inflaccionar? Ou tas a pensar numa mudança de regimes a nivel mundial e para breve?

Citação de: "Anonymous"
A bolsa é diferente: pode acontecer todos quererem vender o mesmo bem ao mesmo tempo e só ganha quem comprou mais barato

Isso é a lei da oferta e procura, ou não é?

Meu caro, uma bolsa de valores é o melhor exemplo do funcionamento da lei da oferta e procura.

Só em casos extremos, de pânico e euforia os preços podem ficar baratos ou caros.

Regras para um trader...
zel
« Responder #7 em: 2006-01-23 22:28:28 »

o mais engracado e q ambos os metodos funcionam desde q bem jogados, por isso tem ambos razao. eu pessoalmente gosto de comprar baixo e vender alto.

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #8 em: 2006-01-23 22:41:39 »

JN, 2 coisas:

1) Não sou desses tipos que acham tudo caro. Existem alturas em que as coisas (acções, imobiliário, etc) estão caras, outras em que estão baratas. Depende (de muita coisa)

2) A lição que pareces ter aprendido é de que sobe sempre (seja o que for). Essa lição custou muito dinheiro a eufóricos portugueses em 1998 para a frente (ainda hoje pagam), e muito dinheiro a eufóricos tecnológicos em 2000 (ainda hoje pagam). Porém, há que ter uma perspectiva histórica daquilo que tu tomas por garantido. O que tu tomas por garantido é essencialmente a inflação, e a inflação é essencialmente um fenómeno do século 20, que teve a origem na adopção generalizada do papel moeda sem base nenhuma, e que algures no futuro terá um fim quando a confiança nesse papel moeda cair a zero (isto não é um anúncio ao Ouro, porque não é de forma nenhuma garantido que o que vem a seguir seja Ouro).

Basicamente, é pouco prudente comprar seja o que for na esperança de que existirá sempre um tolo maior (um "Greater Fool") para pagar mais, embora nos últimos anos isso tenha funcionado bastante bem (o que não é de espantar, tal a criação monetária que tem existido - algo que tenho que abordar num artigo porque muita gente pelos vistos ainda não sabe como se "cria" dinheiro).

Regras para um trader...
JN
« Responder #9 em: 2006-01-23 23:11:55 »

Comprar caro para vender mais caro não é tolice!
Tolice é pensar-se que se é mais esperto do que os outros e que, num mercado livre e tão concorido como é uma bolsa de valores, podemos comprar barato e vender caro.

A inflacção não é um fenómeno do século 20, ela existe desde que o Homem percebeu que podia ganhar com uma simples troca de bens e ela nunca vai acabar a não ser que o Homem deixe de ter ambição!

O dinheiro não precisa de ter como base qualquer metal precioso nem sequer precisa de existir fisicamente!

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #10 em: 2006-01-23 23:20:11 »

JN, mas ainda não compreendeste que comprar caro e vender mais caro é que EXIGE que sejas mais esperto que os outros.

Quando estás a comprar partes de uma empresa, se NÃO fores mais esperto que os outros mas pagares barato, mesmo que os outros não concordem (e portanto o preço não suba), mais tarde ou mais cedo a empresa paga-te o investimento de volta "com juros" (e obviamente, nesse ponto a acção não consegue deixar de subir).

Esta é uma temática que tenho andado a abordar aquji. Não tenho nada contra a especulação, etc, mas temos que compreender que existem MUITAS situações em que nos estamos a colocar em estratégias perdedoras, e comprar "caro" sem ter a noção do valor do que se compra, é uma dessas situações.

Não quer isso dizer que tu ou qualquer outro indivíduo não se safem a faze-lo, o problema é que a maior parte NÃO se vai safar, e que perderão mais dinheiro do que o que será ganho em tais esquemas.

Por exemplo, muita gente ganhou dinheiro a comprar PTM a 40,60,80. Desde que tenham vendido. Mas quando ela voltou SOMENTE aos 27 (de onde tinha partido), já todo o dinheiro ganho por todos os traders que compraram a 27 e acima era INFERIOR a todo o dinheiro perdido por todos os traders que compraram a 27 e acima. Não só devido a comissões, como também ao facto de que a PTM, tal como qualquer outra empresa numa situação semelhante, subiu com MENOS free float do que caiu.

Compreendes?


(Quanto à inflação, ela é essencialmente um fenómeno do Século XX, antes disso era comum existirem períodos deflaccionários a permutar com inflaccionários)

(Quanto ao dinheiro, tu certamente compreendes que se hoje só existe uma moeda e um bem, e amanhã existem duas moedas e um bem, as moedas amanhã valem metade, ou o bem vale "o dobro")

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Incognitus
« Responder #11 em: 2006-01-23 23:32:17 »

Por exemplo, este estudo mostra que no Reino Unido, os preços subiram menos de 100% entre 1750 e 1914, e subiram 61X de 1914 a 1998 ...

http://www.parliament.uk/commons/lib/research/rp99/rp99-020.pdf

(é um estudo interessante, chegam a existir períodos de 100 anos de deflação, e mesmo no século 20 chegou a existir um período de 20 anos, com a depressão pelo meio)

Talvez devesse colocar este estudo como um "Artigo Externo" pois muitas pessoas não estão a par desta realidade económica.

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Anonymous
« Responder #12 em: 2006-01-23 23:37:44 »

JN

O desenvolvimento do mercado imobiliário em Portugal deu-se com o envio e aplicação das poupanças dos imigrantes em Portugal nos anos 60/74 e com o desenvolvimento da propriedade horizontal

Antes era comum um construtor fazer um prédio e só o vender na totalidade (a quem tinha dinheiro) e depois alugar.

A seguir aos anos 80 com o aparecimento  dos bancos privados e a entrada na CEE deu-se  o Grande Bum do imobiliário. O dinheiro é barato e em abundãncia. Foram inventadas maneiras de parecer baixo o juro:subiram de 25 para 50 anos os prazos de pagamento . Isso deu origem a que muita gente tivesse acesso a bens que de outro modo não teria. O problema agora é pagar!


O que fez o Bum tb pode tirá-lo. Vamos ver

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zel
« Responder #13 em: 2006-01-24 00:11:59 »

isso de vender predios inteiros para alugar ainda se faz? como e q me posso informar?

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Anonymous
« Responder #14 em: 2006-01-24 00:24:37 »

Não Zel

Hoje já ninguém vende prédios inteiros(com uma matriz única sem propriedade horizontal). Isso aconteceu no tempo da imigração dos anos 50 para a américa  e , quando vinham carregados de dólares(bons!) era um ver se ativas a comprar prédios(inteiros)

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zel
« Responder #15 em: 2006-01-24 00:34:27 »

mal eles sabiam no q se estavam a meter, hehe

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maisum
« Responder #16 em: 2006-01-24 14:39:18 »

Citação de: "zel"
o mais engracado e q ambos os metodos funcionam desde q bem jogados, por isso tem ambos razao. eu pessoalmente gosto de comprar baixo e vender alto.

Concordo com o zel. Na minha opinião os dois métodos aqui apresentados neste tópico são viáveis:
O JN compra caro para vender mais caro e vende barato para comprar mais barato. É um seguidor de tendências.
O Incognitus compra barato para vender acima e vende caro para comprar abaixo. É um trader que para o investimento de longo prazo segue os fundamentais e que especula no curto prazo sobretudo baseado na opinião contrária.

Os dois intervenientes podem até, ou não, ter momentos distintos para entrar no mercado... Pode até mesmo acontecer as duas estratégias cruzarem-se no mercado para o mesmo ou diferentes time frames, etc, etc... Até aqui tudo bem mas agora surgem as questões principais: Stops? Ganhos vs. perdas? Que período de tempo necessário para rentabilizar os capitais, etc...  

O Incognitus penso que defende a sua teoria sobretudo para as posições de longo prazo. A sua estratégia dá pouca importância aos stops e prefere reforçar posições se tiver melhor preço... Mesmo sendo um bom AF e seguindo esta estratégia o risco não é nulo pois há sempre a hipótese de dados adulterados fornecidos pelas empresas ao mercado...
Para o curto prazo já por diversas vezes tem aqui referido as posições assumidas utilizando o método de opinião contrária comprando quando entende que está barato e vendendo na situação inversa e não se tem esquivado a referir as saídas a perder quando o mercado não lhe deu razão para os parametros que definiu, ainda que algumas vezes a viesse a ter logo de seguida á saída do mercado.

Quanto á estratégia de que o JN se serve, “comprar caro para vender mais caro...” os stops são muito mais importantes, são mesmo imprescindíveis para se ter sucesso a qualquer prazo que se esteja a negociar... Por outro lado não basta dizer-se apenas que “está caro, vou comprar” ou “está a subir, aí vou eu”... Todos os métodos exigem conhecimento/habilidade para entrar no mercado contudo seguindo este método o investidor/especulador não estando devidamente preparado arrisca mais vezes a ser um dos últimos a entrar e isso pode significar “a morte do artista”... Dá-se tb a hipótese em todas as situações, embora mais propenso para o longo prazo, do investidor poder não estar á altura dos acontecimentos, ser bafejado pelo factor sorte e andar convencido que é um grande investidor sem na realidade o ser...

Em todos os sistemas/métodos de trading há questões que são fundamentais como por exemplo:
–   Os ganhos compensam as perdas (incluindo as despesas)? Tem por base que experiência (anos) de mercado com o método que utiliza? Fez um mínimo de testes/estatística?... Passou por situações distintas de mercado (bull, bear, volatilidade, range diário, etc... )?
–   Por fim, tem saldo compensador/motivador passados todas as condicionantes?

Abraço

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #17 em: 2006-01-24 14:43:41 »

maisum, em ambas as formas de negociar há vencedores e perdedores.

Eu não defendo o levar-se em conta o valor apenas para o Longo prazo, porém.

O que eu estou a alertar é que apesar de em ambos os casos existirem vencedores e perdedores, num deles é garantido que os perdedores ultrapassam os vencedores em número e valor, mecanicamente (quando se ignora o valor). Só isso (e isso estejamos a falar de longo ou curto prazo).

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #18 em: 2006-01-24 14:48:15 »

Vou tentar de outra forma ...

... num mercado, em absoluto, ao longo de muitos e muitos anos, só se consegue RETIRAR o valor relativo aos lucros das empresas que por estas sejam gerados, deduzido dos custos de negociar o mercado.

Todos os restantes "ganhos" de uma parte dos players têm OBRIGATORIAMENTE que corresponder a perdas de outros players.

Logo, quem (como um grupo) pague acima do valor que uma empresa vai gerar no futuro, está condenado (como um grupo) a perder a diferença entre o que pagou a mais, e o que a empresa gerou.

Tudo isto a muito longo prazo, claro, mas as conclusões são igualmente válidas a curto prazo, porque esse longo prazo é constituído de muitos curtos prazos (os lucros especulativos de alguns hoje, se não forem as perdas especulativas de alguns hoje, se-lo-ão no futuro, se a empresa em questão não gerar lucros que justifiquem o que por ela se pagou).

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maisum
« Responder #19 em: 2006-01-24 14:55:44 »

Compreendo o que dizes mas supõem que és utilizador dum método de tendências e os teus resultados são compensadores não só em termos de ganhos mas tb em termos de tempo de rentabilização dos capitais iniciais... Não vais estar agora preocupado com o facto de nesta estratégia poucos ganharem nem com o lado dos especuladores que te está a encher os bolsos...

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Ming
« Responder #20 em: 2006-01-24 14:56:22 »

Citar
Tolice é pensar-se que se é mais esperto do que os outros e que, num mercado livre e tão concorido como é uma bolsa de valores, podemos comprar barato e vender caro.

Bolas, JN, consegues ser ao mesmo tempo um defensor de opinões que mesmo para AT são radicais (as tuas 2 regras iniciais) e um defensor da teoria dos mercados eficientes (como fica demonstrado pela tua citação acima)...
Essa nunca tinha visto!

Já agora: à quanto tempo é que investes?
Certamente não és do tempo de comprar (caro) PTM a 146 euros, com ideia de a vender a 200, pois não?
(Se fosses, já não defenderias essa teoria...)

Regras para um trader...
Incognitus
« Responder #21 em: 2006-01-24 15:03:54 »

Citar
Não vais estar agora preocupado com o facto de nesta estratégia poucos ganharem nem com o lado dos especuladores que te está a encher os bolsos...

Maisum, pelo contrário, VAIS estar preocupado com isso.

Se fizeres um grande número de operações, os resultados do teu trading vão ser fortemente influenciados pelos resultados da tua estratégia.

A razão pela qual é um mau negócio ir ao Casino, é apenas a ligeira vantagem da casa. Tu NUNCA queres estar a reproduzir n vezes uma operação em que a casa tem uma ligeira vantagem.

Ora, comprar ignorando o valor dá uma ligeira vantagem à casa (aos que não ignoram o valor, por exemplo os insiders).

Regras para um trader...
maisum
« Responder #22 em: 2006-01-24 15:15:02 »

Mais uma vez compreendo o teu ponto de vista mas o meu neste caso não é esse pois no caso do casino o assunto está viciado á partida pelos factores inerentes á sorte de que o jogador está limitado pois as probabilidades estão do lado da casa... Mas eu estou a falar de uma coisa completamente diferente que é utilizar o nosso conhecimento relativamente ao comportamento de outras pessoas que actuam no mercado, estou a falar de uma estratégia devidamente estudada e testada, de um método, de regras, e se tu tens a certeza que és melhor e estás melhor preparado, tens ou não tens hipóteses de vencer... o casino é outra história...

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GAB
« Responder #23 em: 2006-01-24 15:17:41 »

As regras existem para serem quebradas...

Antes de tudo o INVESTIDOR_ESPECULADOR deve  AUTO-CONHECER-SE para depois adaptar as "regras" "adagios" de bolsa de acordo com sua personalidade/perfil... :wink:

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Incognitus
« Responder #24 em: 2006-01-24 15:18:26 »

E tu não achas que os dados estão ligeiramente viciados no mercado, quando confrontas n pessoas que sabem exactamente o que se passa na empresa, no mercado, têm mais recursos, são mais rápidos, têm mais olhos, são mais inteligentes, etc ...?

Perante essa realidade, é um perigo AINDA se ignorar o valor do que se compra, apenas porque se vê outros comprar, e se estima que exista "nos outros" uma inércia suficiente para com isso lucrar, quando - ao se agir assim, se está a fazer exactamente o mesmo que "os outros" que estão em desvantagem para "a casa".

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maisum
« Responder #25 em: 2006-01-24 15:30:55 »

Olha Incognitus eu sei o que é isso. Eu quando a PTM estava a 30 e tais euros não comprei e disse ao operador que ia esperar por melhor preço... depois a 40 e a 50 nem pensar e daí para cima então mais cara ficou... O “Cem” utilizando um método de tendências ganhou dinheiro tanto na subida como na descida... poderia não ter ganho nesta e utilizaria um stop que lhe protegeria o capital para outras oportunidades... e este é só um exemplo em que o factor tempo/valorização da carteira funcionaram perfeitamente... Mas repara que nem todos ganham seguindo esta estratégia pois é fundamental identificar o momento certo ou com melhores probabilidades de ganhar, é preciso saber onde colocar o stop, é preciso saber dosear a aposta em termos de capital aplicado, é preciso levar a estratégia até ao fim não vacilando nós psicologicamente quando os outros o estão a fazer, etc, e por fim é preciso saber onde vamos sair e até talvez inverter... achas que isto está ao alcance da maioria? ... e o casino como disse é outra história embora entenda o que queres dizer... aqui nos mercados há o factor psicologia que faz a diferença e o que conta mesmo são os resultados finais...

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Incognitus
« Responder #26 em: 2006-01-24 15:40:32 »

maisum, tens que levar em conta que só aqueles que ignoravam o valor compraram tanto na subida como na descida. Mesmo que alguns tenham ganho, como já disse antes, mais perderam, e mais dinheiro foi perdido que ganho.

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maisum
« Responder #27 em: 2006-01-24 16:00:07 »

Incognitus a minha estratégia não é a de seguir tendências. Eu escolhi outro caminho que é mais parecido com o que tu utilizas para o curto prazo. Contudo olho para as estratégias dos outros e tb sei ver onde estão as virtudes e os defeitos... e digo-te com toda a certeza por que sei o suficiente para isso (os gráficos não mentem) que a estratégia de seguir tendências no longo prazo se bem definida e se bem praticada é vencedora... mas não é para todos como é claro pois não podem ganhar todos como sabemos.

P.S. O texto acima a azul foi acrescentado.

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Incognitus
« Responder #28 em: 2006-01-24 16:21:30 »

Os stops são irrelevantes para a totalidade do público que ignora o valor. Isto porque para alguém vender alguém tem que comprar, as acções não desaparecem. E muito acima do valor, só os que ignoram o valor é que compram (como no exemplo de PTM).

É devido a isto que eu digo que mecanicamente, a totalidade do público que ignora o valor vai perder para o mercado.

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Incognitus
« Responder #29 em: 2006-01-24 16:31:53 »

Já agora, daqui também decorre que o que fazem os grandes brokers e seus clientes, muitas vezes a fazer front running às próprias recomendações ou a vender contra elas, no fundo até é desculpável ou pelo menos compreensível.

No mercado, não existe como emitir uma opinião altruista. Se dizemos a alguém para comprar, estamos a dizer que quem vender fará mau negócio. Se dizemos vender, estamos implificatemente a dizer que quem comprar fará mau negócio.

À luz disto, talvez não seja de espantar a má performance dos brokers internacionais nas suas recomendações públicas. O público NÃO são os seus clientes. E se eles querem que os seus clientes façam bons negócios, têem implícitamente que querer que os seus não-clientes façam maus negócios...

(a excepção a isto dá-se quando se espera que o retorno de um negócio venha da actividade da empresa em si. Coisa relativamente rara no mercado)

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maisum
« Responder #30 em: 2006-01-24 16:39:45 »

Incognitus eu já compreendi a lógica do teu raciocínio e não a estou a por em causa para o mercado na sua maioria de intervenientes mas apenas para aqueles que foram bafejados pelo saber e outros instrumentos e características fundamentais e necessários para o sucesso. Agora diz-me sinceramente... Tu não te consideras melhor e mais bem preparado para o mercado do que a grande “manada”?... Achas que só pode ter sucesso no mercado quem seguir estritamente as regras e princípios que utilizas?... Se por ventura te impedissem de negociar segundo o teu método não serias capaz de desenvolver outro?...

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Incognitus
« Responder #31 em: 2006-01-24 16:44:23 »

Estou melhor preparado e ainda assim reconheço que é incrivelmente difícil bater o mercado.

O que quero dizer é que alguém que NÃO siga o meu tipo de estratégia, estará a correr um risco maior por não incorporar minimamente o valor na sua estratégia.

Nota que eu seguindo o valor, não deixo de incorporar tudo o resto (AT, tendências, etc) por achar que "o valor chega".

Eu acho que dificilmente ALGO chega, talvez fora conhecer-se excepcionalmente bem os negócios em que se investe (coisa muito difícil para nós "outsiders").

E acima de tudo acho extraordinariamente perigoso que se diga a quem agora está a começar na bolsa, que olhar para as cartas não compensa, que basta olhar para o que os outros estão a fazer.

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maisum
« Responder #32 em: 2006-01-24 16:55:44 »

Penso que estamos de acordo no fundamental e para mim é um prazer discutir contigo e sobretudo ler os teus excelentes artigos.
Abraço

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zel
« Responder #33 em: 2006-01-24 22:34:09 »

incognitus, usas leverage na tua estrategia?

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Incognitus
« Responder #34 em: 2006-01-24 22:40:51 »

Por vezes, sim. Mas com muito controlo.

Mas não sei se se pode falar de uma "estratégia". Não é um todo coerente e repetitivo, e sim uma procura contínua de oportunidades de investimento variadas, que leva em conta o valor dessas oportunidades.




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Expeculação Forex

Especulação Forex
semprefrio
semprefrio
Autor « em: 2005-10-11 00:26:39 »

1. GBPUSD, curto, 1.7552, 2.057 (alavanca).

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semprefrio
« Responder #1 em: 2005-10-12 22:13:44 »

Durante os últimos meses contratei um conjunto de conselheiros que, espero, me ajudarão a levar a bom porto esta especulação.

Vou fazer uma apresentação breve de cada um deles, identificando-os pelo seu nome de código.

Hoje apresento-lhes o Velhote.
 
O Velhote
A sua vida foi recheada de altos cumes, profundos vales e extensas planícies. Nos mercados, viveu alguns momentos de dor atroz e outros de colossal exaltação.
Fruto da sua enorme experiência e saber, adquiriu a capacidade de ponderar uma enorme quantidade de informação e não se assusta nem se entusiasma facilmente. As alterações de opinião são extremamente fundamentadas e os enganos são muito pouco frequentes. Por outro lado, em certos casos, acaba por se revelar mais lento que o desejável.

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Anonymous
« Responder #2 em: 2005-10-12 22:26:26 »


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semprefrio
« Responder #3 em: 2005-10-13 23:47:38 »

Hehehehehe

Bem, não conheço o senhor a que te referes. Mas na realidade penso que a experiência, a simples experiência de vida, é sempre um património a levar em conta.

Trato o segundo por Gatilho.

O Gatilho
Sempre pronto para a acção. Para ele é 8 ou 80, não há meio termo.
Reage rapidamente a um contínuo de oportunidades e ameaças. Esta postura tira-lhe consistência, mas a rapidez com que actua em situações adversas permite-lhe minimizar os danos. Os seus custos operacionais tendem a ser elevados. Não tem “cicatrizes de guerra” e considera-se o maior entre os maiores.

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Incognitus
« Responder #4 em: 2005-10-14 07:21:49 »

O Gatilho não leva muito em conta o custo das balas ... eheh.

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semprefrio
« Responder #6 em: 2005-10-16 11:14:27 »

O Lobo termina a primeira parte do grupo.

O Lobo
Além de trader de sucesso é também advogado.
Não me esqueço de um certo dia. Tive que me deslocar ao escritório dele e encontrei-o fora de si (ele podia demonstrá-lo porque na altura já éramos amigos). Eu já o conhecia há algum tempo mas nunca o vira perder a calma. Naquela altura estava transfigurado. As mãos e a voz tremiam-lhe, estava encarnado, completamente irado. Mostrou-me uma carta que tinha recebido em resposta a uma proposta que fizera no sentido de resolver um litígio. A referida resposta, pelo menos em aparência, era completamente irracional: apesar de ter tido o cuidado de elaborar uma base de negociação mais do que aceitável, a outra parte queria fazer a guerra pela guerra – surreal!
“O que vais fazer agora?” Perguntei-lhe.
Sentou-se, respirou fundo e respondeu “Agora … neste estado … nada. Aguardo 24 horas, durmo sobre o assunto, e amanhã começo a pensar no que fazer.”
Percebi mais sobre o seu trading com aquele episódio do que tinha percebido em inúmeras conversas sobre os mercados.  É um trader consistente. No entanto, por vezes, deixa os danos crescerem mais do que o necessário, na minha perspectiva.

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Viana
« Responder #9 em: 2005-10-16 22:37:03 »

Parece-me interessante e as discriçoes muito bem encontradas para os perfis que existem no mercado. Penso que podias completar mais um pouco a lista... Pois esta a ser muito giro ler e mais engraçado vai ver acçao.

Lembro de um tipo que fazia algo semelhante no onbolsa e ele mesmo sabendo pouco de mercados na altura (o qu eja nao ñe o teu caso), brindava-nos com cada texto que valia apena ir la só par ao ler...

Aguardo nova versao.

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semprefrio
« Responder #10 em: 2005-10-16 22:37:15 »

Agora que os primeiros três conselheiros estão apresentados, vou falar um pouco sobre os respectivos papeis.

Cada um deles tem que me enviar um relatório sobre os pares de câmbios que lhes pedi para cobrirem. O relatório não pode ter mais do que meia página e tem que acabar sempre com uma conclusão. A conclusão é constituída por uma única palavra – “longo” ou “curto” ou “neutro” – e só me enviam um novo relatório quando existe uma alteração de posição.

Por mim, estando fora, só me interesso por um par quando o Velhote, o Gatilho e o Lobo apontam todos para a mesma conclusão. Estando dentro, a mudança de opinião de um deles pode ser suficiente para me pôr fora. No entanto, estas decisões não são tomadas antes de ouvir uma outra pessoa ...

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Viana
« Responder #11 em: 2005-10-16 22:38:12 »

Quem?

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semprefrio
« Responder #12 em: 2005-10-16 22:39:17 »

Faltou dizer que nenhum dos três se conhece ou sabe da existência dos restantes. A responsabilidade de os fazer trabalhar em equipa é só minha

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semprefrio
« Responder #13 em: 2005-10-16 22:43:45 »

Obrigado, Viana.

A pessoa a que me refiro é uma das mulheres do grupo. Com uma personalidade ... diferente. Falarei um pouco dela mais à frente.

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semprefrio
« Responder #15 em: 2005-10-17 22:59:28 »

Citação de: "semprefrio"
No entanto, estas decisões não são tomadas antes de ouvir uma outra pessoa ...

A Vigia
Esta senhora, que conheci num forum de bolsa, é detentora de uma característica que irrita a maior parte das pessoas que com ela contactam. Apesar de ser incapaz de ter a iniciativa para apontar um potencial trade (qualquer que seja), não hesita em avançar com um palpite sempre que alguém o faz. De início ficava bastante agastado com tal postura, especialmente quando os seus juízos tocavam alguma das minhas intervenções. No entanto, com o passar do tempo, comecei a perceber a qualidade da sua argumentação. Mais importante, compreendi que levar em conta as suas conjecturas poderia funcionar como uma mais valia para o meu trading. Chamo-lhe a Vigia.

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semprefrio
« Responder #16 em: 2005-10-17 23:01:05 »

Um exemplo disto aconteceu hoje a respeito da posição curta que mantenho em GBPUSD. O Gatilho já me enviou uma mensagem concluída em maiúsculas por um “estou longo”. Informada a Vigia de que ponderava fechar a posição (passar a longo está fora de causa, dada a posição do Velhote e do Lobo), acatei a sua sugestão para “dar mais uma hipótese ao trade”.

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semprefrio
« Responder #17 em: 2005-10-18 21:20:36 »

Estão apresentados quatro dos contratados. Falta-me apresentar mais três. Dois com uma actuação que eu entendo como independente entre si e dos quatro elementos anteriores (embora em certas circunstâncias possam ser complementares) , mas que em caso de conflito se sobrepõem àqueles, e a segunda mulher do grupo cuja actuação tem uma abrangência horizontal.

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Incognitus
« Responder #18 em: 2005-10-18 21:21:37 »

E essa gente toda gera bons resultados?

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semprefrio
« Responder #19 em: 2005-10-18 21:22:36 »

Leonardo
É um talento artístico. Tem uma enorme capacidade de “grafar” alguns movimentos de cotações com técnicas muito pessoais e, basicamente, intransmissíveis. A sua eficácia, por vezes, é tremenda. Nos mercados, tem por hábito trabalhar muito focado em objectos que realmente conhece. Tem como ponto fraco a disciplina. Por vezes, o seu trabalho pode ser complementado com o do Velhote, do Gatilho, do Lobo e da Vigia. Em caso de conflito, Leonardo sobrepõe-se aos atrás mencionados.

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semprefrio
« Responder #20 em: 2005-10-18 21:32:09 »

Citação de: "Incognitus"
E essa gente toda gera bons resultados?

Todos têm pontos fracos e pontos fortes. O que eu espero é que se complementem e a soma seja superior às partes.

É uma equipa para o muito longo prazo (assim o Thinkfn também por cá continue :wink: ) - 30 anos - sem sentidos de urgência. O objectivo é ficar acima dos 15% /ano.

Num prazo tão longo é natural que alguns se reformem e possam existir novas contratações. Cheesy

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semprefrio
« Responder #21 em: 2005-10-19 20:21:03 »

O Contraditor
Acredita que os grandes trades se fazem contra as tendências vigentes. É bastante selectivo no que toca aos momentos de actuação, procurando sinais descurados pelas massas. À semelhança de Leonardo, o Contraditor também tende a ser bastante focado. Em caso de conflito, sobrepõe-se aos restantes. Alguns dos anteriores podem complementá-lo.

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semprefrio
« Responder #22 em: 2005-10-20 19:50:46 »

Citação de: "semprefrio"
1. GBPUSD, curto, 1.7552, 2.057 (alavanca).

Fechado, 1.77400.


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semprefrio
« Responder #23 em: 2005-10-20 19:52:55 »

Big Mom
Conhece o espírito humano o bastante para saber que mesmo a maior maturidade, a disciplina, a superior capacidade de decisão, a eficácia podem sucumbir a períodos de desequilíbrio emocional a que nenhum ser humano é imune.
Conhece os mercados o suficiente para saber que os imponderáveis, os impensáveis da mais diversa ordem, são, na verdade, inevitáveis.
A função de Big Mom é, portanto, de primordial importância: assegurar que se mantém elevadas as probabilidades de amanhã continuarmos em condições de enfrentar as próximas batalhas.

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semprefrio
« Responder #24 em: 2005-10-20 19:54:41 »

No diário tomei nota do surgimento do primeiro conflito entre membros do grupo. Não sei como, o Gatilho ouviu falar da Vigia e desconfia que eu tenha ignorado a sua última informação em detrimento da dela. Quando souber que fechei a posição curta em GBPUSD mais desfavoravelmente do que poderia ter feito na altura do seu aviso vai “encher-se” de razão.  :wink:

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semprefrio
« Responder #25 em: 2005-10-21 11:16:37 »

2. EURUSD, longo, 1.20161, 0.370 (alavanca).

Intervenções: Contraditor e Big Mom.

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Ming
« Responder #26 em: 2005-10-21 11:33:17 »

Penso que o Cem usava uma abordagem parecida...
Mas ouví dizer que reformou toda a matilha de conselheiros, há uns tempos...

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semprefrio
« Responder #27 em: 2005-10-21 13:29:19 »

Penso que o Cem continua a utilizar conselheiros com grande sucesso.
Penso que os dele são mais objectivos, mais definitivos e, possivelmente, com mais provas dadas no passado.

Quanto aos meus, tirando a incontornável Big Mom, aqueles em que eu creio mais são precisamente os mais subjectivos: o Leonardo e o Contraditor.

Espero que a minha heurística acabe por apresentar resultados. :wink:

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semprefrio
« Responder #122 em: 2005-12-09 11:28:27 »

Citação de: "semprefrio"
6. USDCHF longo 1.3106 0.985(alavanca)

Fechado, 1.3038.

Tenho impressão que está a preparar uma aceleração ... para baixo.

Citação de: "semprefrio"
5. EURJPY longo 140.518 0.466(alavanca)

Continua aberto e é reforçado, agora que o muro parece ter caído:

7. EURJPY longo 142.135 4,453(alavanca)

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Incognitus
« Responder #123 em: 2005-12-09 11:31:21 »

A alavancagem é que parece um pouco agressiva.

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semprefrio
« Responder #124 em: 2005-12-09 14:20:57 »

Citação de: "semprefrio"
7. EURJPY longo 142.135 4,453(alavanca)

hehehehe
Tens razão Incognitus. Já lá vão os tempos. :wink:

O correcto é:

7. EURJPY longo 142.135 0,453(alavanca)

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semprefrio
« Responder #125 em: 2005-12-15 14:06:34 »

5. e 7. fechados com EURJPY a 139,331 - 100% fora.

Isto é que tem sido levar nas orelhas. Desde o início deste tópico acumulo uma perda líquida, em forex, de cerca de 4,8%, já incluindo juros.

Cada vez estou mais perto de abandonar definitivamente este tipo de negociação.

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Incognitus
« Responder #126 em: 2005-12-15 14:25:25 »

Citar
Cada vez estou mais perto de abandonar definitivamente este tipo de negociação.

Eu acho que fazes bem, porque o forex dá ainda menos oportunidades claras do que os restantes mercados.

Passar de acções, commodities, etc, para futuros sobre índices, forex, etc, para mim é um passo negativo para a evolução do trader/investidor. O trader/investidor deve tentar sempre transaccionar onde possa ter maiores vantagens competitivas, e deixar esses mercados mais "neutros" apenas para ocasiões especiais (é o que eu faço) de sobrcompra/sobrevenda contra fundamentais (ou seja para pontos em que os fundamentais apontam no sentido contrário da sobrecompra/sobrevenda produzindo trades relativamente fáceis).

Digo que alguns mercados são mais "neutros" porque se torna neles mais difícil de algum dos players ter vantagens competitivas. Isso verifica-se quando se transacciona um índice inteiro ou forex.

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semprefrio
« Responder #127 em: 2005-12-15 19:59:47 »

Obrigado, Incognitus.

De tudo, prefiro cada vez mais o investimento em empresas.

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Incognitus
« Responder #128 em: 2005-12-15 20:30:14 »

Não quer dizer que não existam alturas para fazer forex ou futuros sobre índices. Apenas quer dizer que essas alturas são raras, e portanto é má política fazer disso o "core" do trading.

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César
« Responder #129 em: 2005-12-15 21:42:45 »

Citação de: "Incognitus"
porque o forex dá ainda menos oportunidades claras do que os restantes mercados.

:?:  :?:  :?:

Citação de: "Incognitus"
Passar de acções... para....  forex, para mim é um passo negativo para a evolução do trader/investidor.

Pois bem...eu dei um passo positivo! Tongue
Um abraço! :wink:

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Incognitus
« Responder #130 em: 2005-12-15 21:44:03 »

César, o facto de ser um passo negativo em geral, não é necessariamente um passo negativo no particular.

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César
« Responder #131 em: 2005-12-15 21:47:04 »

Certo! :wink:

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maisum
« Responder #132 em: 2005-12-19 12:25:04 »

Vou hoje estrear-me aqui neste tópico do FOREX criado pelo semprefrio.

No gráfico de LP encontrei uma relação simétrica das LT´s da subida dos anos 2001 a 2005 com as LT´s que acompanham as quedas. Nada que não se tenha verificado já noutros activos mas, como o Forex é relativamente novo para mim, fica assim registada a curiosidade de que tudo isto nas moedas é também muito técnico...

De referir ainda que o volume de transações nos futuros do Forex subiu neste último ano muito consideravelmente...

Ainda no LP fiz um estudo dum tal de CARRY TRADE e não é que parece que o “gajo” tem mesmo funcionado muito bem...

Neste momento quem paga melhor são os americanos pelo que por aí o USD ainda terá campo para valorizar mais face ao Euro mas (há sempre um mas) essa história do mega défice dos “cowbóis” baralha tudo...

http://www.federalreserve.gov/fomc/fundsrate.htm
http://www.ecb.int/stats/monetary/rates/html/index.en.html

Abraço

051216EURUSD-LP
051216EURUSD LP (visto 2489 vezes)

051216EURUSD-Carry-Trade
051216EURUSD CARRY TRADE (visto 2488 vezes)

Especulação Forex
semprefrio
« Responder #133 em: 2005-12-19 14:33:48 »

Excelente trabalho, maisum. Smiley

Citação de: "maisum"
como o Forex é relativamente novo para mim, fica assim registada a curiosidade de que tudo isto nas moedas é também muito técnico...

Lembro-me perfeitamente que o que me atraiu primeiro no forex foi a a sensação de se tratar de um mercado extremamente técnico, conjuntamente com as excelentes análises semanais do DJO no Caldeirão. Acho que já lá vão uns dois anos ou mais.

No longo prazo, no eursud cheguei à conclusão que os triângulos são de manter debaixo de olho.

Citação de: "maisum"
Ainda no LP fiz um estudo dum tal de CARRY TRADE e não é que parece que o “gajo” tem mesmo funcionado muito bem...

Não sei se é assim tão linear, no entanto o teu estudo parece ser uma base de trabalho muito interessante.

Agora, pela minha experiência, em termos psicológicos e para quem trabalha em médio ou longo prazo é sempre bom saber que determinado trade está a pagar juros, em vez da situação contrária. Quanto mais não seja por isso, talvez seja um filtro a usar.

Citação de: "maisum"
Neste momento quem paga melhor são os americanos pelo que por aí o USD ainda terá campo para valorizar mais face ao Euro mas (há sempre um mas) essa história do mega défice dos “cowbóis” baralha tudo...

Se tivermos em atenção que o FED está a dar sinais de que a subida das taxas de juro não vai continuar no mesmo ritmo, enquanto o BCE sinaliza o início da sua subida, encontramos - a acrescer ao que referes - potencial para uma redução do actual diferencial.

Especulação Forex
maisum
« Responder #134 em: 2005-12-20 00:17:20 »

Citação de: "semprefrio"
Se tivermos em atenção que o FED está a dar sinais de que a subida das taxas de juro não vai continuar no mesmo ritmo, enquanto o BCE sinaliza o início da sua subida, encontramos - a acrescer ao que referes - potencial para uma redução do actual diferencial.

Sim, por hipótese nesse cenário, pode dar-se uma situação análoga á verificada em final de 2000/ princípio de 2001 quando o diferencial das taxas era tb de aprox 2% e em que se seguiu uma certa lateralização. Mas as amplitudes dos moves são enormes para quem se quiser posicionar no meio e a volatilidade normalmente queima os stops dos aventureiros...

Abraço

Especulação Forex
zel
« Responder #135 em: 2005-12-20 00:49:31 »

ao contrario do q nos querem fazer querer o forex e dos mercados mais dificeis q ha. pq nao comecar pela bolsa onde ha uma vantagem a partida de 10% ao ano ?

Especulação Forex
semprefrio
« Responder #136 em: 2005-12-20 17:21:48 »

Citação de: "zel"
ao contrario do q nos querem fazer querer

O pessoal tem que fazer pela vida! :lol:

Citação de: "zel"
o forex e dos mercados mais dificeis q ha.

É um mercado óptimo para um auto-conhecimento mais real. Condição necessária à evolução. Estou de acordo contigo.

Citação de: "zel"
pq nao comecar pela bolsa onde ha uma vantagem a partida de 10% ao ano ?

Referes-te ao lado longo?

Especulação Forex
zel
« Responder #137 em: 2005-12-20 17:54:25 »

sim, ao lado longo. um principiante deve evitar shorts. na realidade eu praticamente nao os faco e ja ando nisto ha algum tempo.

Especulação Forex
semprefrio
« Responder #138 em: 2005-12-21 00:42:15 »

Estou de acordo para principiantes ou não principiantes.
Basicamente, as acções têm um lado natural.

Especulação Forex
maisum
« Responder #139 em: 2006-01-23 10:25:53 »

Este texto já tem mais de 3 anos, mas só agora lhe cheguei.
Se ainda agora me parece uma "bomba" imagino o que terá sido naquela altura (2002).

A forma sem substância (o US dólar)
e os seus derivados (moedas de outros países)

por Hugo Salinas Price

Todas as moedas do mundo são simples 'derivados do dólar americano. Talvez eu devesse modificar esta afirmação, com uma excepção. Possivelmente, o euro da União Europeia não seja um derivado do dólar, pois o Banco Central Europeu que emite o euro mantém uma reserva – muito modesta – de ouro.

O que é um 'derivado'? Um 'derivado' – palavra em uso corrente nos círculos financeiros de hoje – é um instrumento financeiro que deriva seu valor de outro instrumento financeiro, ao qual está ligado por um contrato.

O peso mexicano, o peso argentino, o real brasileiro, o bolívar venezuelano, o dólar canadense, o dólar australiano, o dólar da Nova Zelândia, etc, todas estas moedas não são moedas reais próprias dos países onde circulam. São simples derivados do dólar americano. O peso mexicano, por exemplo, assim como todas as outras moedas mencionadas, e aquelas do resto do mundo, com a possível excepção do euro, não têm uma existência real, mas derivam seu valor do dólar americano, através das reservas de dólares que o Banco do México possui. Os pesos mexicanos são substitutos de dólares.

A prova está em que o valor do peso mexicano flutua de acordo com as reservas do Banco do México. Enquanto a relação contratual parecer estável, quanto às perspectivas de resgate em relação ao dólar, teremos estabilidade na paridade peso/dólar.

O que dá credibilidade ao peso é a confiança em sua presente e futura redimibilidade em dólares americanos. O peso não vale por si mesmo, mas pela possibilidade de resgatá-lo em dólares a uma taxa que não varie. Está claro que o peso não é mais do que um derivado do dólar, situação que impera sem excepção em relação a todas as moedas da América Latina.

Ou seja, na América Latina, concretamente, só há uma moeda: o dólar. Aquilo que conhecemos por moedas da América Latina não são mais do que substitutos, mais ou menos confiáveis, do dólar.

Todos os países da América Latina carecem de uma moeda própria que valha por si mesma.

Toda ideia de “soberania nacional” deve, neste caso, ser descartada. Não pode haver, de forma alguma, soberania nacional quando se usa a moeda de outro país como moeda própria. É especialmente grave que de facto usemos o dólar como moeda, como estou afirmando, quando o próprio dólar não é uma moeda real, mas uma unidade artificial, carente de valor real. O dólar não é mais do que um número. Não é resgatável em nada tangível.

O dólar: forma sem substância

Aristóteles afirmou que toda coisa real incorpora matéria e forma. O dólar, desde que deixou de redimir-se por ouro à razão de $35 dólares por onça em Agosto de 1971, é uma abstracção que só mantém a forma, sem matéria. Portanto, é nada.

Sobre estas unidades de nada — os dólares — levanta-se o edifício financeiro de toda a América Latina. Nossos pesos mexicanos são derivados de ...nada.

Será possível acreditar que podemos confiar num futuro económico fundamentado sobre pesos mexicanos que são derivados do dólar, que por sua vez é nada? A história do século XX, se alguma vez se chegasse a escrever correctamente, teria que destacar, como uma de suas características mais importantes, a progressiva eliminação do factor “substância” do dinheiro em todo o mundo.

Enquanto a moeda incorporava matéria, enquanto a moeda era ouro ou prata, e as notas eram resgatáveis em dita moeda em quantidades estritamente fixas, o mundo estava ancorado à realidade económica por meio de uma moeda que também incorporava uma realidade. A realidade das moedas do século XIX era sua matéria, ouro ou prata, ligada à estreita obrigação daqueles que emitiam notas, de resgatá-las em tal matéria.

Ao começar a Primeira Guerra Mundial, em 1914, alguns observadores pensaram que essa guerra não poderia durar muito, porque logo se esgotariam as reservas de ouro e seria impossível que ela continuasse por falta de dinheiro. Poucas destas pessoas podiam imaginar que os governos seguiriam em frente sem ouro, simplesmente imprimindo – falsificando – as notas exigidas pelas necessidades bélicas.

Assim, em 1914, foi dado o primeiro passo decisivo na degeneração monetária que se verificou desde então.

Até 14 de Agosto de 1971, ainda existia no mundo uma conexão ténue com a realidade económica: os Estados Unidos tinham a obrigação de resgatar os dólares, em poder de outras nações, à razão de uma onça de ouro por cada $35 dólares. Mas a partir de 15 de Agosto de 1971 cortou-se toda a relação com a realidade em assuntos monetários mundiais. Os EUA deixaram de redimir dólares e, pela primeira vez na história, o mundo inteiro ficou sem uma única moeda verdadeira.

A partir desta data, a história do mundo tem sido a história do abuso da criação deste dinheiro artificial que utilizamos. Já não existe limite algum para os EUA quanto à criação de dólares.

Os Estados Unidos exportam inflação

O abuso que cometem os EUA na criação da sua moeda não é coisa que produza resultados nefastos somente nos EUA. Como o dólar é a nossa moeda, porque nosso dinheiro não é mais do que um derivado do dólar, os abusos monetários e creditícios dos EUA têm grande impacto na América Latina. Já demonstramos, em artigos que se encontram nas páginas do sítio web www.plata.com.mx , como a expansão do crédito (dívida) nos EUA resulta em exportação de inflação monetária para nossos países, e obriga à desvalorização de nossas moedas-derivadas, à destruição da poupança interna ligada a elas, à destruição dos sistemas financeiros com altas taxas de juros, e à quebra de nossos sistemas produtivos.

Em um artigo de David Morgan, que se encontra em www.plata.com.mx , recorda-se que o dólar é criado pela dívida. Quando alguém incorre em uma dívida com um banco, seja particular ou companhia de investimento, o banco cria dinheiro. A criação enlouquecida de dinheiro corresponde à criação enlouquecida de crédito, e o crédito é concedido quando o endividamento é assumido.

As dívidas dos EUA têm crescido de forma espectacular desde Agosto de 1971, e progressivamente nos últimos anos. Tomaram um rumo verdadeiramente enlouquecido. Chegará o momento em que não se poderá continuar a incrementar essa dívida. No momento em que deixar de crescer, haverá uma explosão, e toda a dívida, em mãos de credores, procurará liquidação, ou seja, a sua conversão em saldos líquidos de dólares. Será pouca a dívida que poderá ser liquidada, ser convertida em dólares efectivos. A maior parte não se poderá pagar, ou será paga só parcialmente.

A receita do FMI: mais dívida em dólares

Os países da América Latina sentem que não souberam manejar os seus assuntos correctamente, e que por isso têm sofrido tantos traumas económicos. Os argentinos foram os que sofreram o colapso económico mais recente.

A verdade é que verificou-se ser fatal cimentar as economias das nações da América Latina sobre moedas que não passam de derivados do dólar, substitutos momentâneos do dólar, moedas sem valor próprio, moedas que derivam seu valor de outra moeda que por sua vez não é nada, e que é emitida por um país, os EUA, que agora enfrenta severíssimos problemas em consequência do abuso na criação de sua própria moeda. Cimentar desta forma as nossas economias, afirmamos, garante o fracasso de qualquer aspiração a uma melhor forma de vida. Não podia ser de outra forma.

O Fundo Monetário Internacional deixou de servir alguma débil finalidade com a quebra dos Estados Unidos em Agosto de 1971. Pois não pagar o acordado constitui quebra.

O Fundo Monetário Internacional, tal como opera hoje, é totalmente obsoleto e não tem feito senão danos em cima de danos, com a sua terapia única: receitar ao paciente mais dívida em dólares. Em 8 de Agosto de 2002 anunciou-se um crédito (mais dívida) para o Brasil, num montante total de US$30 mil milhões de dólares.

O FMI não serve. Precisamos relembrar os factos, precisamos ver a verdade: nossas moedas não são mais do que sucata derivada de outra sucata, o dólar.

Não se pode construir prosperidade sobre moeda sucata, assim como não se pode construir um arranha-céu com adobe.

O imperativo

Assinalámos que é necessário introduzir moeda real na circulação, de forma gradual, em paralelo com a moeda sucata, para que, com o tempo, se reconstruam nossas economias sobre bases sustentáveis. Não encontrámos uma resposta favorável da parte dos responsáveis pelo bem-estar da Pátria. O problema mais importante é que não se entende o que se passa, e teme-se o que não se entende. Naturalmente, os enormes interesses criados querem nos manter no caminho actual, embora este nos leve ao abismo. A influência política dos Estados Unidos é enorme, e o império deseja impor-nos sua moeda, para vantagem sua, naturalmente. Como sugeriu Larry Summers, em 1992, o qual foi depois secretário do Tesouro dos EUA e é agora presidente da Universidade de Harvard: “A longo prazo, deve ser uma prioridade internacional encontrar formas de subornar (sic) as pessoas para que se dolarizem, ou pelo menos devolver o dinheiro extra que se ganha quando a dolarização ocorre. Para o mundo em geral, a vantagem da dolarização parece-me evidente...” [1]

Diz um provérbio chinês: mais vale acender uma vela do que maldizer a escuridão.

Insistimos sobre a absoluta necessidade de contar com uma moeda real. Propomo-nos conquistar consciências, uma por uma. Lembremo-nos de José Ortega y Gasset, que em seu livro “Revolución de las Masas” dizia do homem, que “pensar, o que é pensar, [o homem] não pensa até que se sinta perdido”. Pouco a pouco, as ideias que expressamos ir-se-ão infiltrando, insensivelmente, entre os que podem tomar decisões, e um belo dia um deles dirá, “Chega de perder tempo! Nós vamos à prata”. Isto terá que acontecer, porque não é sustentável o caminho que seguimos: o sistema actual virá abaixo.

_____________________

[1] (1992 “Rules, Real Exchange Rates, and Monetary Discipline. In Nissan Liviatan, editor, Proceedings of a Conference on Currency Boards and Currency Substitution, pp.32-3). Esta sugestão de Larry Summers foi citada à cabeça do relatório intitulado “Encouraging Official Dollarization in Emerging Markets” e preparado por Kurt Schuler, economista chefe, para o Senador Connie Mack em Abril de 1999 e encarregado de preparar o “Joint Economic Committee Staff Report, Office of the Chairman, Senator Connie Mack”.

26/Ago/2002
O original deste artigo encontra-se em
 http://www.plata.com.mx/plata/plata/comHSP37.htm

novo link .en
http://www.plata.com.mx/mplata/articulos/articlesFilt.asp?fiidarticulo=144

link .pt
http://resistir.info/eua/dolares_falsos.html





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CICLO ECONÓMICO

Nota: Este assunto veio à baila nos fóruns de bolsa pelo more (eu) corria o ano de 2000... Inicialmente no fórum do César Borja, Pedro Miranda e Francisco Monjardino...(? Clube Invest se bem me lembro) e penso que tb no 1º Caldeirão e depois mais tarde em 2005 pelo maisum (eu tb) no Think Finance moderado pelo Incógnitus e pelo Ming e no Caldeirão de Bolsa moderado pelo Ulisses Pereira, pelo Marco António e ainda pela Pata-Hari entre outros...

Em Dez /2012 consegui recuperar o tema nos links aqui abaixo:


Think Finance
<< em: 13/5/2005 11:48:46 >>
Autor: maisum
http://forum.economico.pt/index.php?topic=1375.0


Caldeirão de Bolsa
Colocada: 13/5/2005 12:47
Autor: maisum
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=40229


CICLO ECONÓMICO
« em: 2005-05-13 11:48:46 »
Autor: maisum
maisum

No ano 2000 abri um pouco mais os olhos para a realidade do mundo dos mercados financeiros ao descobrir na net um excelente manual em espanhol denominado ANALISES CICLICO que traduzi resumidamente e postei nos fóruns. Como já está meio perdido aqui vai novamente.

Segundo o manual um CICLO ECONÓMICO é decomposto em 3 fases:

Fase I - O boom económico
Fase II - As medidas restritivas
Fase III - As medidas de relançamento

Estas fases tem cada qual o seu comportamento económico a que corresponde também um comportamento bolsista. Resumidamente serão assim caracterizados esses comportamentos:

Fase I – O BOOM ECONÓMICO

Comportamento económico
- Há um excelente andamento dos negócios e do emprego
- Em consequência produz-se inflação e défice

Comportamento bolsista
- Produz-se o fenómeno da distribuição
- Fazem-se aumentos de capital
- Entrada de novos títulos em bolsa
- Alguns bancos vendem as suas próprias acções

Fase II – AS MEDIDAS RESTRITIVAS

Comportamento económico
- É a fase mais difícil e a mais importante do ciclo económico pois que as medidas restritivas levam a economia a entrar em recessão
- Calcula-se que possa durar 2 anos. O 1º é calmo. O 2º é terrível. Produz-se o fenómeno do descontentamento social. Desemprego, congelação de salários, etc...
- Ao fim de 2 anos considera-se que a inflação e o défice estão controlados e ... desacelera-se.

Comportamento bolsista
- Antes que ocorra o acima referido a bolsa já começou a baixar. É o momento em que o banco central sobe taxas. A bolsa estará condenada a baixar 2 anos.
- O que faz o pequeno investidor. Compra c/ a euforia e continua a comprar quando cai porque acredita que compra saldos. Compra fazendo médias. Quando no final da fase II começam as suspensões de pagamentos, etc., venderá por medo ao ver o panorama que se lhe apresenta. Tudo isto é o que não devemos fazer.
- O que devemos fazer. Devemos vender na euforia ou o mais tardar quando surgir a 1ª subida de taxas. Nesse momento então vender tudo.
- Depois de vender fazer como os grandes, metendo o $ em renda fixa, etc...
- Quando entraremos de novo em bolsa. Quando a bolsa estiver num momento fatal. Neste instante produz-se o fenómeno da acumulação. Os grandes voltam ás compras. Assim calculamos 2 anos de medidas restritivas. Confirmamos a existência de pessimismo económico verificando se os pequenos foram provocados a vender após as medidas restritivas terem provocado os devidos efeitos. Tem de haver pessimismo bolsista e divulgação nos média e nos meios populares, tem de estar tudo barato, rebaixas de preços, restaurantes vazios, não se vendem carros, etc... Quanto maior for a tragédia mais seguros estaremos de que se produzirá o fenómeno da acumulação.

Fase III – AS MEDIDAS DE RELANÇAMENTO

Comportamento económico
- Ocorrem fortes baixas de juros.
- Aumenta a oferta monetária.
- Baixam os impostos.
- Incremento das obras públicas.

Comportamento bolsista
- As características são que a bolsa já não cai porque as más notícias já estão descontadas.
- Quanto piores são as notícias mais sobe a bolsa
- Para que os grandes entrem tem que haver uma saída massiva de investidores, exista a sensação que tudo baixará ilimitadamente, que não se compre por medo, que os bancos recomendem títulos de renda fixa...
- Nesta fase há 3 grandes subidas. Alta líquida, alta fundamental e alta especulativa.



1) ALTA LÍQUIDA
- Sobe a bolsa porque foram aplicadas as medidas de relançamento
- As rentabilidades são enormes e ocorrem nos momentos mais negros da economia, quando o desemprego está no topo, etc.
- Neste período sobe toda a bolsa
- O final da alta líquida produz-se quando as medidas de relançamento estão descontadas
- Então a bolsa refreia a sua subida

2) ALTA FUNDAMENTAL
- É adiantar-se á fase fundamental da economia, ou seja, á recuperação económica. A passagem da fase líquida á fase fundamental é a mais difícil. Nesta altura as bolsas estão confusas e não se sabe porque não sobem. As notícias boas conjugam-se com as más notícias.
- Quando saberemos que vai arrancar. A recuperação deve dar-se nas pequenas e médias empresas. O cidadão deverá sentir no seu bolso que existe recuperação. Os bancos facilitam novamente e começam a ceder crédito.
- O final da alta fundamental dá-se quando a recuperação é forte e está á vista de todos. Começa então o fenómeno da distribuição. Os grandes começam a venda de títulos.

3) ALTA ESPECULATIVA
- É especulação pura e dura.
- A bolsa está na moda e há uma entrada massiva de investidores.
- Dura talvez meses c/ subidas impressionantes.

Original em:
http://www.megabolsa.com/biblioteca/ciclico.php
http://www.megabolsa.com/biblioteca/ciclico.htm
http://www.megabolsa.com/biblioteca/manuales.htm

050512SPX-50anos
050512SPX 50 anos (visto 992 vezes.)

Nota: O gráfico acima é retirado do meu metastock... Em 2000 ouvi pela 1ª vez nos fóruns alguém (Patoconcio) dizer que provávelmente os índices nos próximos anos/ décadas iriam lateralizar a exemplo do que se passou dos anos 60's a finais dos 70's... Passados que são 5 anos neste gráfico (12 anos na actualidade em que escrevo esta nota e conforme se pode verificar no gráfico lá  acima no topo que copiei na net) ninguém pode dizer por agora que ele estava enganado... Eu pessoalmente vi a análize com muita lógica e passei essa informação para os meus gráficos de longo prazo... Em 2003 não liguei para a figura do duplo fundo e acreditei até cerca de Outubro que o afundanço seria um bocado mais violento mas estive do lado errado...


CICLO ECONÓMICO
« Responder #1 em: 2005-05-13 13:03:42 »
maisum

Ming, ainda em relação ao desafio que colocaste de estar short ou long no momento.

Olhando para um gráfico de LP nota-se logo á 1ª vista porque é que shortar um índice de acções num trade tipo position não é uma tarefa fácil. É preciso acreditar muito nesse trade. Eu já acreditei em shorts em devido tempo e tirei deles bom proveito e digo-te que quando comecei depois a meter longos lá em baixo e por vezes me encontrei a perder sentia-me relativamente confortável pois sabia que abaixo de zero um índice não ía. Já um short é mais difícil de aguentar a perder pois o limite para cima é o céu... E todos sabemos quanto difícil é sair de uma posição por stop e depois ver que afinal estávamos certos... o que me aconteceu algumas vezes na 2ª metade de 2003 / princípios de 2004.

A explicação para o facto de eu acreditar que uma queda das acções pode estar eminente face ao ciclo de subida de taxas que o FED começou já há uns tempos, e no entanto não abrir posições short baseia-se basicamente no que disse atrás e no outro post do Fogueiro.

Abraço

CICLO ECONÓMICO
« Responder #2 em: 2005-05-13 13:12:24 »
Ming
Global Moderator

maisum:

Podes não abrir posições curtas, mas acreditar que vai haver descida.

Eu, por mim, concordo que de uma forma geral as posições curtas são perigosas, e devem ser evitadas em quase todos os casos.

Mas neste caso concreto, já abri uma (muito pequena) posição curta no QQQQ.
Eu acho que os indices vão mesmo descer, e se a posição for suficientemente pequena não terei que a fechar se entretanto houver alguma subida de curto prazo (e pode perfeitamente haver, nem tento prever esse tipo de coisa...).

CICLO ECONÓMICO
« Responder #3 em: 2005-05-16 19:37:31 »
maisum

Eu tenho muitas dúvidas face ao momento actual do ciclo económico e a minha opinião vai-se adaptando á medida da minha aprendizagem e do desenvolvimento de vários factores condicionantes... não me posso esquecer que vivemos na bolsa ainda no período pós bolha de 2000 e que se houve dúvidas na altura por parte da maioria dos investidores da existência de tal bolha hoje é praticamente aceite por todos como resultado das enormes correcções sofridas durante 3 anos... e assim sendo e considerando a existência dos ciclos longos identificados por Kondratiev torna-se difícil imaginar que não iremos passar por momentos de muita indefinição e dificuldades económicas nos próximos anos mas... esperamos todos que as entidades responsáveis tenham a sorte necessária e o saber para levar o barco a bom porto...

A situação na bolsa no momento actual conforme já referido por muitos é de incertezas e de empata (não ata nem desata) embora nos últimos tempos com ligeiro pendor negativo aparentemente em resposta ás preocupações com a inflação nos USA e á subida de taxas de juro por parte do FED que já subiu a taxa de 1 para 3% desde 30 junho do ano passado em 8 decisões de +0.25% e os analistas esperam ver ainda as taxas crescer até aprox. aos 4 a 5%. De referir que o FED manteve sempre nos seus discursos durante este período que a inflação estava controlada e só na 7ª decisão de subida de taxas recentemente em 22 de Março a inflação passa a ser um problema ..... Segundo o discurso que o FED manteve durante bastante tempo tivemos “crescimento da economia, inflação controlada, subida medida (measured) de taxa de juros, melhora do mercado de trabalho, riscos equilibrados para crescimento e controle de preços”... parecia uma cassete gravada...

Entretanto, a subida da inflação leva normalmente á subida das taxas de juro e esta é uma das medidas restritivas mencionadas acima na Fase II do Ciclo Económico... e com ela pressupõe-se que a bolsa deva cair...

Mas... há já muita gente a desconfiar e a queixar-se de manipulação de dados por parte das entidades responsáveis... Para além dos dados relacionados com a inflação desconfia-se já de outros indicadores entre os quais os relativos ao emprego ... ou seja, com base nesse pressuposto, hoje em dia poucas pessoas podem estar certas em tempo adequado da real situação económica para fazer as devidas previsões ...

Com a vinda a público das preocupações do Fed no que respeita á inflação temos aí outros problemas como é o caso do mercado de renda fixa... Recentemente em 2 de Março Greenspan disse não compreender porque é que sobem as Bonds... Se ele tem dúvidas que poderemos pensar nós... Diria eu que se sobem contra o entendimento do presidente do FED só vejo 2 hipóteses: uma é que possivelmente os intervenientes estarão a apostar em qualquer cenário contra o que diz Greenspan; a outra é que se trata mesmo de mais um exagero e então temos uma bolha nas Bonds...Que venha o diabo e escolha...

Relativamente ainda á conjuntura económica temos hoje como certezas algumas situações muito complexas nos USA com relevo para o duplo défice de que a FED já vem fazendo menção há bastante tempo e do qual diz que... “é insustentável”... Também aqui não nos podemos esquecer que para a economia, hoje globalizada, o consumidor americano tem sido indispensável para o andamento da carroça... Assim sendo, se abranda o consumo prejudica o crescimento da economia, se continua a consumir a este nível aumenta o défice... Complicado...

Realce também para a bolha do sector imobiliário com origem sobretudo nas historicamente baixas taxas de juro no após bolha da bolsa e da qual o FED vem há bastante tempo a fazer vista grossa... Só recentemente o FED se preocupou com problemas relacionados nomeadamente com a Fannie Mae e a Freddie Mac... Note-se entretanto que o poder de compra do consumidor americano, bastante endividado, hoje em dia depende muito do alto valor da hipoteca da sua habitação e dos baixos valores das taxas...

Outra bolha estará aí no desenfreado crescimento do mercado de fundos de alto risco (hedge funds)... Levantam-se questões nomeadamente com as posições alavancadas em derivados (parece que existe aí uma bomba relógio pronta a explodir) mas... quando é a própria FED que vem fazer os avisos de perigo eu fico desconfiado... Não é que não acredite no fundamento desses avisos mas sim do timing...

Relativamente a tempos desajustados de “avisos” da FED lembro-me neste momento daqueles mais escandalosos:

Na 2ª metade da década de 90 Greenspan diz que a bolsa segue em exuberância irracional (ou seja que a bolsa estava excessivamente cara) e no entanto seguiram-se anos de maior irracionalidade com subidas de bolsa espectaculares...

Em 2001 fartaram-se de negar a possibilidade da economia seguir em recessão que estava tudo sobre controle, blá, blá, blá.... Entretanto a bolsa depois de um período de clara “distribuição” caiu que se fartou para desgosto de muito pequeno investidor...Só então finalmente no final do ano 2001 veio a FED confirmar a recessão para o período em questão e entretanto já os mercados haviam recuperado relativamente... deu-se tempo então para mais um período de forte “distribuição” para voltarem depois a uma queda ainda mais violenta que rebentou com os últimos “moicanos”...

Eu, como disse já noutras alturas, acredito que teremos correcções (as denominadas saudáveis) e não catástrofes. Digamos que para uma catástrofe atribuo uma percentagem inferior a 10%, talvez até abaixo de 5%...Acredito que uma correcção mais violenta quando muito levaria os índices até valores próximos de Março/2003.

Para os tempos que correm penso que os topos e fundos poderão ser definidos por valores médios dos fundamentais tais como Market Yield, Price/Dividend ratio e Price/Earnings ratio que conjugados são um dos indicadores mais fiáveis para o efeito.

Qualquer coisa similar ao que se passou nas décadas de 60 e 70 embora hoje com muitos mais riscos do que naqueles anos. Por diversas razões não excluo nenhuma das hipóteses por mais impossíveis que se apresentem... hoje infelizmente nem por valores da micro economia podemos pôr a mão no fogo... o PER do mercado deve andar bastante adulterado com a influência da contabilidade moderna por muitos já denominada de “criativa”...

Segundo dados que recolhi na net o Market Yield geralmente move-se entre os 3% (mercado sobre valorizado) e os 6% (mercado sub valorizado). O P/D ratio abaixo de 18 indica que as acções estão baratas e acima de 30 que estão caras. O P/E ratio como regra geral é aceitável na média de 14, a 10 ou abaixo indica um mercado sub valorizado, entre 17 e 19 é aconselhada precaução e a 20 ou acima indica que o mercado está sobre valorizado.

Valores actuais para o S&P 500
Market Yield .................aprox. 1,85%
P/D ratio.........................aprox. 60
Per ................................ aprox.18,8 % (Huh?)

Estes valores, a estarem correctos, mostram que a situação actual não está nada, nada fácil... e se os mercados atingirem no curto /médio prazo valores mais altos maior será a irracionalidade...

http://bigcharts.marketwatch.com/quickchart/quickchart.asp?symb=SPX&sid=0&o_symb=SPX&freq=2&time=20&x=36&y=18
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=%22S%26P%22+and+%22price%2Fdividend+ratio%22+and+%222005%22&meta=

Ainda uma última achega para o facto de que analisar no longo prazo um índice é muito diferente da análise que se pode fazer ás empresas individualmente pois com o passar dos anos as empresas que “fraquejam” são substituídas e os índices reflectem apenas as acções que e quando estão no seu melhor... por isso quando olhamos para um índice muitas vezes pensamos que na bolsa no longo prazo é sempre para cima mas não é... alguns exemplos são os lançamentos em bolsa de acções sobre valorizadas que logo entram para os índices e passados alguns anos são opadas e retiradas de bolsa por valores bastante inferiores... Ainda as empresas de sectores que saem de moda ou deixam de ser lucrativas com o passar dos anos... Alguém se lembra das empresas portuguesas cotadas em bolsa no ano de 1987... Alguns investidores ainda forram paredes com esse papel e no entanto o PSI está muito acima de valores relativos a essa época de apogeu... Veja-se também o caso de empresas como a GM e a Ford, á partida de grandeza incontestável e intocáveis, e agora a incerteza do futuro de quem nelas meteu o seu dinheiro...

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050516SPX medio prazo (visto 931 vezes.)


CICLO ECONÓMICO
« Responder #4 em: 2005-05-16 21:06:47 »
GR

Concordo com a tua análise

Parece-me que a  ameaça imediata é a questão dos hedgs funds. Muitos terão sido cilindrados com a subida do dólar e a descida do petróleo. As ondas de choque só aparecem quando se começar a ouvir dizer que o A,B,c....levaram um grande entalão.

Mas tenho a convicção de que muita coisa foi forjada pelo FED para as quedas que se deram e que foram favoráveis à politica económica que o FED pretende. A especulação no petróleo, embora em parte justificada, não deixa de ser especulação. É verdade que o FED quer o petróleo caro, mas já estava a prejudicar a economia o mesmo se passa com o dólar muito barato.

 Para termos uma ideia como as coisas se fazem, basta ter em conta a maneira como a GM e a Ford foram deitadas ao tapete: na mesma altura a S&P passa as obrigações para junks. Sabiam perfeitamente os efeitos que isso teria no sistema económico e esse foi o detonador que arranjaram para entalar os especuladores de moeda e petróleo. Acho muita coincidência para que as coisas não tenham sido amadurecidas nos gabinetes

CICLO ECONÓMICO
« Responder #5 em: 2005-05-17 12:48:07 »
Mystery

Lá estão vocês com os hedge funds... a história é sempre a mesma quando não se percebe bem a mecânica de funcionamento de um instrumento de mercado toca a associar riscos enormíssimos ao mesmo.  Program trading, derivados, hedge funds, credit default swaps... Como é óbvio em qualquer classe de activos existe sempre uma ovelha negra. Não é só no mercado accionista que existen Enrons, Worldcoms e Parmalats... Psicologicamente também deve ser dificil lidar com o assunto: ver traders com mais de 20 anos de experiencia completamente estarrecidos por nao fazerem a mínima ideia como funciona um CDS, quanto mais o público que só tem acesso ao que lê nos jornais. E basta olhar para as rentabilidades dos HF nos ultimos 20 anos para perceber que a classe como um todo tem um desempenho substancialmente superior ao dos mercados accionistas/obrigacionistas em termos de return/risk, mesmo contando com o colapso do LTCM.

CICLO ECONÓMICO
« Responder #6 em: 2005-05-17 13:44:05 »
maisum

Bem, eu estou sempre pronto para aprender... Sobre fundos de alto risco só sei aquilo que vou lendo na net, vou recolhendo daqui e dali e depois faço o meu juízo que logicamente pode estar errado por falta de dados ou por dedução defeituosa. No entanto se alguém vem dizer que estou errado era mais simpático se disse-se mais alguma coisa para eu não ficar toda a vida na ignorância ou para quem me lê não ficar com uma ideia distorcida da realidade...

Eu como disse tenho lido alguma coisa sobre o assunto e não são só os analistas e jornalistas sem nome que vão alertando para os perigos que podem estar por detrás do desmesurado crescimento desses fundos e das armas de que se servem (especulação com somas avultadissimas e hedg através de derivados já de si bem alavancados). Quando se der uma situação por qualquer motivo inesperada, daquelas valentes, a porta de saída vai ser estreita demais... O próprio W. Buffett já se pronunciou desfavoravelmente. Mais recentemente Alan Greenspan focalizou um seu discurso no assunto e não foi nada simpático... Que mais se pode dizer???

Citação de Alan Greenspan

The Growing Role of Hedge Funds in Derivatives Markets and the Financial System Generally

Of course, much of the unease about credit risk transfer outside the banking system reflects the growing role that hedge funds play in those markets and in the financial system generally. Although comprehensive data on the size of the hedge fund sector do not exist, total assets under management are estimated to be around $1 trillion. Inflows to hedge funds have been especially heavy since 2001, as investors have sought alternatives to long-only investment strategies in the wake of the bursting of the equity bubble. By some estimates, the size of the hedge fund sector doubled between 2001 and 2004. A substantial portion of the inflows to hedge funds in recent years reportedly has come from pension funds, endowments, and other institutional investors rather than from wealthy individuals.

Hedge funds have become increasingly valuable in our financial markets. They actively pursue arbitrage opportunities across markets and in the process often reduce or eliminate mispricing of financial assets. Their willingness to take short positions can act as an antidote to the sometimes-excessive enthusiasm of long-only investors. Perhaps most important, they often provide valuable liquidity to financial markets, both in normal market conditions and especially during periods of stress. They can ordinarily perform these functions more effectively than other types of financial intermediaries because their investors often have a greater appetite for risk and because they are largely free from regulatory constraints on investment strategies.

But some legitimate concerns have been expressed about the possible adverse effect of hedge funds' activities on market liquidity in some circumstances. One such concern is the potential for rapid outflows from the sector in the event that returns prove disappointing. Disappointments seem highly likely given the number of recent investors in this sector, all seeking arbitrage opportunities that of necessity will diminish as more capital is directed to exploiting them. Furthermore, some (perhaps many) hedge fund managers are likely to prove incapable of delivering the returns that investors apparently expect. Indeed, investors have already forced many hedge funds to fold after producing disappointing returns. Provided that investors do not force exiting funds to suddenly liquidate their assets, such exits contribute to the efficiency of the financial system and do not adversely affect market liquidity. Historically, investors have not been able to force the sudden liquidation of a hedge fund because investments have been subject to lengthy redemption or "lock up" requirements. However, there are reports that institutional investors have been able to negotiate much shorter redemption periods. If institutional money proves to be "hot money," hedge funds could become subject to funding pressures that would impair their ability to supply liquidity to markets and might cause them to add to demands on market liquidity.
 
Another circumstance in which hedge funds could negatively affect market liquidity is if they became so leveraged that adverse market movements could lead to their failure and force their counterparties to close out their positions and liquidate their collateral. For example, the fear of the market effects of closeout and liquidation of LTCM's very large net positions motivated its counterparties to recapitalize the hedge fund in 1998. LTCM was able to become so large and so highly leveraged because its derivatives and repo market counterparties, perhaps awed by the reputations of its principals, failed to effectively manage their credit risk to LTCM.

In the wake of the LTCM episode, the large banks and securities firms that were counterparties to hedge funds strengthened their management of hedge fund risk very significantly. Those improvements were motivated by their self-interest, which was reinforced by recommendations from their prudential supervisors and from the Counterparty Risk Management Policy Group (CRMPG), a group of twelve banks and securities firms that were among the most significant counterparties to hedge funds.4 However, recently there have been reports that competitive pressures have resulted in some weakening of risk-management practices.

In light of these reports and of the rapid growth of the hedge fund industry, the Federal Reserve recently reviewed banks' management of hedge fund credit risk in relation to the recommendations that supervisors and the CRMPG made in 1999. The review indicated that, despite some recent slippage, banks have made considerable progress in implementing many of those recommendations and thereby in strengthening their risk-management practices. In particular, banks can now capture their aggregate credit exposures to individual funds, and their measures of the credit exposures now incorporate the risk-mitigating effects of collateral requirements. Furthermore, most banks now stress test the potential effects of volatile or illiquid markets on their exposures. Banks' due diligence procedures and hedge funds' disclosures have improved sufficiently that banks now can qualitatively assess the risk-management capabilities and overall risk profiles of the funds.

Nonetheless, the review noted some remaining weaknesses. First, because many fund managers are reluctant to provide banks with complete information about their portfolios or with forward-looking measures of the risks that the funds are assuming, the banks often cannot fully evaluate a fund's risk profile. Banks sometimes tighten collateral requirements and other credit terms to compensate for this lack of transparency, but most banks' policies could be improved by the establishment of clearer and firmer links between credit terms and transparency. Second, banks do not always aggregate stress test results across hedge fund counterparties to assess concentrations of exposures in volatile and illiquid markets. Third, and perhaps of greatest concern, in certain highly liquid markets, especially OTC interest rate swaps and repos, there are signs that competitive pressures may be eroding the protection that banks achieve through collateral requirements by reducing the initial margins that they obtain from hedge funds.

Thus, the review suggests that banks and their supervisors need to be alert to the possibility that further slippage of credit terms could result in material increases in credit risk to banks, a material loss of market discipline on hedge funds, and a material increase in the potential for hedge fund leverage to adversely affect market dynamics. Perhaps the recent widening of credit spreads will engender increased caution by managers of credit risk.

Moreover, as in 1999, cooperative private-sector efforts to identify and implement sound risk-management practices have the potential to reinforce the efforts of individual firms and their prudential supervisors. In this regard, a very encouraging development is the recent formation, by leading banks, securities firms, insurance companies, asset managers, and hedge funds, of a new group (CRMPG II) to assess improvements in risk management since 1999 and to update the CRMPG recommendations to reflect subsequent changes in risk-management practices and in the financial, regulatory, and legal environment.

Ensuring sound credit-risk management by hedge funds' counterparties remains the most promising approach to addressing concerns about hedge fund leverage. Some may believe that government regulation of hedge fund leverage would be more effective. But it would be very difficult to design a set of capital requirements for hedge funds that is appropriately sensitive to the diversity and flexibility of investment strategies that different funds employ and to the lack of diversification in the portfolios of individual funds. A regulatory capital regime that was not extraordinarily risk-sensitive would be ineffective at constraining hedge funds' risk-taking. At the same time, it would impair their capacity to pursue strategies that enhance the efficiency and liquidity of our financial markets and thereby to contribute to the productivity and resilience of our economy.

Conclusion
The rapid proliferation of derivatives products inevitably means that some will not have been adequately tested by market stress. Even with sound credit-risk management, a sudden widening of credit spreads could result in unanticipated losses to investors in some of the newer, more complex structured credit products, and those investors could include some leveraged hedge funds. Risk management involves judgment as well as science, and the science is based on the past behavior of markets, which is not an infallible guide to the future. Yet the history of the development of these products encourages confidence that many of the newer products will be successfully embraced by the markets. To be sure, for that favorable record to be extended, both market participants and policymakers must be aware of the risk-management challenges associated with the use of derivatives to transfer risk, both within the banking system and outside the banking system. And they must take steps to ensure that those challenges are addressed.
http://www.federalreserve.gov/boarddocs/speeches/2005/20050505/



CICLO ECONÓMICO
« Responder #7 em: 2005-05-18 12:52:33 »
Mystery

Repare-se na tradução para português da palavra “hedge fund” (HF): “fundo de alto risco”. Expliquem-me lá como é que um instrumento ou activo que gera a longo prazo rentabilidades acima do mercado accionista, com níveis de risco substancialmente mais reduzidos, e oferece diversificação quando mais se necessita dela (quando o mercado cai) pode ser chamado de “alto risco”???

Infelizmente para a maior parte das pessoas os HF não vão passar de bodes expiatórios para o que der e vier à semelhança do que aconteceu em 97 com o program trading. O problema aqui  não é propriamente a alavancagem mas sim o carry trade, e aqui os maiores players não são apenas os HF mas também as mesas de prop desk dos grandes bancos de investimento e os próprios governos (a economia americana não passa de um HF gigantesco...). Em ultima analise o carry trade resume-se a apostar na probabilidade muito baixa de se verificar um determinado evento, no caso do crédito recorrendo a derivados que mitiguem a perda de capital no caso de falência da empresa em questão. O problema é que uma probabilidade muito baixa de acontecer um determinado evento não é a mesma coisa que afirmar que esse evento nunca vai acontecer, e é aqui que as pessoas se perguntam se não haverá um elo da corrente que tem de estourar...

Depois também não percebo como é que se pode falar em HF como um todo, quando na verdade eles não formam uma classe de activos homogénea. As suas estratégias de investimento são do mais díspar que pode haver.. Recomendo a quem queira saber mais sobre HF que procure na Amazon pelo autor Alexander Ineichen, que tem realizado alguns trabalhos sérios sobre o assunto. Poderão constatar que há HF que são bons e há outros que são menos bons, é tudo uma questão de due dilligence. É que há muita gente a vender gato por lebre e a vender um produto chamado HF quando na verdade é apenas um normalíssimo fundo de investimento. Outros não devem saber muito bem o que andam a fazer... Há muitos hedge funds que vão estourar, isso é mais que certo. Mas quando a Enron e a Worldcom estouraram os investidores não deixaram de investir em acções...

Desculpem lá o tom mas é que não posso “comer e calar” relativamente a certas coisas que se dizem. Nunca foi do meu hábito aceitar certas coisas que leio como verdades absolutas, independentemente de ser o Zé da Esquina a divulgá-las, ou de ser uma qualquer suposta autoridade como o Sr Warren Buffett ou a Reserva Federal norte-americana. Naturalmente é caso para dizer que deviam fazer o mesmo relativamente às minhas palavras. E tenho dito.

CICLO ECONÓMICO
« Responder #8 em: 2005-05-18 13:05:15 »
Incognitus

Concordo contigo, Mystery.

Mas penso que o Warren Buffett é mal interpretado também. A sua crítica aos Hedge Funds prende-se mais com existir uma quantidade muito grande de dinheiro a ser gerida por vezes com base em ópticas de muito curto prazo, e dinheiro esse que pode em algum momento também tentar eliminar essas posições muito grandes num prazo também ele curto.

O problema do LTCM não tinha, por exemplo, a ver com uma deficiência da estratégia seguida quanto ao seu resultado final, mas sim com uma falência técnica "temporária" provocada por um evento de curto prazo.

Episódios de forced liquidation são a coisa mais incrível que existe nos mercados, e é esse tipo de episódios que o Warren Buffett considera que os hedge funds propiciam.

Quanto aos derivados, a maior crítica do Warren Buffett tem a ver com a avaliação dos ditos, muitas vezes marked-to-model de forma a que os contrapartes do negócio apresentam ambos (ou todos) lucros no mesmo negócio, o ´que é ilusório. Além disso, existe a questão se numa crise e tendo em conta o valor do underlying dos derivados "open", se não se dará uma catástrofe com consequências sistêmicas por causa de rebentarem umas quantas contrapartes.

CICLO ECONÓMICO
« Responder #9 em: 2005-05-18 13:14:53 »
****
Global Moderator

Mas mystery,

O que se tem falado nos últimos dias é exactamente disso: Prop trading e HF.

O rumor que as posições off-balance da Goldman Sachs são um barril de pólvora tem alimentado muitas recomendações de venda curta do título.

Deixo uma análise do Saxo Bank.

Are We Headed for a Global Financial Market Meltdown - an "LTCM II"?
Widening credit spreads may trigger a panic if hedge funds and prop trading desks are forced to liquidate their positions.

By John Hardy Market Strategist

Two recent developments have acted like a rogue wave on the P&L statements of an entire class of hedge fund trading strategies and therefore pose a significant risk to global financial markets:

- Interest rate spreads between the riskier flavors of corporate debt and US government paper, which had been falling more or less steadily since October 2002, have widened dramatically since late February and are, by at least one measure, back at the same levels they were at the end of 2003. Taking only two months to reverse the tightening that had taken 15 months. The widening in spreads has in turn caused chaos in other instruments, including the increasingly popular "structured products" and other exotic baskets of debt instrument that can and do contain everything under the sun. Another potential bomb due to the widening credit spreads is the ballooning market for "credit default swaps" which transfers credit-related risk to third parties. All these add up to one colossal, interlocking mess that has not only already caused losses at hedge funds and prop trading desks, it has also undoubtedly wreaked complete havoc on funds' and banks' risk management systems - as shocks to the system make the calculation of risk nearly impossible.

- General Motor's corporate debt has been on a slippery slope of late and is now at junk status. Due to GM's size in the corporate bond market, this grew the entire junk bond market by a significant percentage. Billionaire Kirk "Remember the Roaring 80´s" Kerkorian's announcement of the tender for 9% of GM's equity destroyed a convertible arbitrage trade many funds and traders were playing over the last 15+ months in which they were acquiring convertible GM debt while selling the stock short. On top of this - those looking to play "irrationally priced" GM credit default swaps have been blown out of the water as the cost of insuring GM's credit continues to skyrocket. The Kerkorian tender offer caused a huge drop in the price of the underlying bonds, a huge increase in the cost of credit insurance while the stock violently reversed higher: quickly giving many hedge funds and prop trading desks a three-strike count as they were betting on the opposite to happen in all three cases.

The fall-out from these developments has been a sharp decline in results this year - particularly in March and April - for those hedge funds that run interest rate spread- and credit-related strategies as the "normal market order" no longer exists and new market developments and the sudden reversal of trends persistently goes against their trades. The risk is that there are enough funds and prop trading desks at major financial institutions out there following these strategies to cause a "run on the banks" as investors quickly withdraw capital from these funds. This would force the funds' traders to liquidate their positions at any level. The combined outstanding positions are likely far too large to absorb the onslaught of liquidation and this could cause the kind of liquidity crunch that we saw in the summer and early fall of 1998 in the LTCM debacle.
The LTCM event unfolded when Russia defaulted on its debt in 1998. In the ensuing flight to safe instruments like US and European long Treasuries, LTCM, which had bet the farm on a narrowing of spreads between riskier and less risky debt instruments rather than the opposite, saw its positions marked at bigger and bigger losses day after day as the spreads kept yawning wider and wider. LTCM was forced to liquidate large holdings to meet margin calls. But their positions were simply too large for the market to absorb. Finally, Greenspan and the biggest Wall Street banks were forced to come to the rescue and bail LTCM out to avoid an unprecedented crisis.
This time around, no specific default event (or "trigger event") has occurred save for the Kerkorian/GM debt and credit situation. The question is whether this event and the widening losses in hedge funds are enough to trigger a crisis. There are two factors to consider here: practical and behavioural. Practically speaking, with the hedge fund space increasingly crowded, the profit margins have been narrowing on the kinds of strategies employed in this field - and this means that funds have likely been forced to leverage up to eke out a decent return. Here, the danger is the need to liquidate positions due to margin calls and investor redemptions. On the behavioural side, many of the big banks with absurdly complex books may want to "just get out", since their risk models - particularly those related to the burgeoning CDS market - may have been broken by the latest developments.
Many pooh-pooh the notion that things can get out of control this time around because of the sophisticated risk measures in effect. But risk measures are created by quants who can only base their models on events past - and the past has shown us time and time again that inconceivable events can and do occur. A rush for the exits is a behavioural problem called a "panic" - not a mathematical one.
Nothing is certain, of course, as there is the chance that the market can dodge this very large bullet somehow - but the ongoing strength of late in US and European long fixed income instruments is a symptom of a very real flight to quality. Add to this the plummeting stocks of some of the biggest publicly traded players in this field as some out there smell blood. Here are some trades to make if this phenomenon is to suddenly blow onto the scene in full force in the coming days and weeks:

Short the banks with the "out of control" risk books: for example, Goldman Sachs (GS.N), JPMorgan Chase (JPM.N) and BNPParibas (BNPP.PA)

Short EUR/CHF - this is the "go-to" pair any time one sees a global move to risk aversion

Long safe government paper - a flight from risk always benefits EuroBunds and US T-Bonds

Long Gold - if something really hits the fan.



CICLO ECONÓMICO
« Responder #10 em: 2005-05-18 13:59:32 »
maisum

Mistery, obrigado pela sua explicação, gostei de ler o seu ponto de vista sobre os denominados fundos de alto risco e é evidente que percebe do que fala e acrescentou valor ao assunto em questão...

Entretanto o Incognitus, com o seu também enorme poder de argumentação, não está a dizer nada que não seja verdade... São muitos “ses” e a possibilidade de “consequências sistêmicas” parece muito mais preocupante que os efeitos de qualquer Enron ou Worldcom... Pela tinta que este assunto já fez correr (**** thanks pela análise) será caso para dizer que não há fumo sem fogo...

CICLO ECONÓMICO
« Responder #11 em: 2005-05-18 18:18:36 »
Mystery

maisum:

Em vez de "ses" podemos lidar com nºs concretos e probabilidades: construindo uma medida de "stress" no sector financeiro baseada em indicadores macroeconomicos e dados de mercado (indicador proprietario pelo que não vou detalhar) estamos em condições de risco relativamente elevadas nos EUA.

Ainda não está aos níveis que despoletaram o colapso do Nasdaq em 2000 ou os escândalos corporativos em Wall Street em meados de 2003 mas de qualquer forma já assinala a existência de stress no sistema financeiro.

É mais que certo que serei um entre muitos a olharem para métricas deste tipo por isso é natural que se questione de onde podem surgir as falhas do sistema: liquidity crunches tipo LTCM, colapso do imobiliário ou do consumo, introdução de medidas proteccionistas no comercio internacional, falha de uma empresa (GM? Ford?) ou de um país (Itália?, Portugal?), Ásia deixa de comprar dívida americana? Etc...

De uma coisa estou certo:
- Geralmente são coisas que não se esperam
- procura-se sempre um bode expiatório
Logo é muito provavel que para a opinião publica os culpados de uma eventual situação de stress financeiro sejam os HF...

Este indicador de stress deverá continuar a agravar-se enquanto a Fed continuar a carregar no travão...

CICLO ECONÓMICO
« Responder #12 em: 2005-05-18 18:21:02 »
Incognitus

Mystery, o que disse esse indicador em 2002? Na prática, em 2002 vimos um liquidity crunch/credit squeeze que pareceu bastante pior do que o ocorrido em 1998 com o LTCM, mas raramente é referenciado como tal. O indicador disse alguma coisa?

Como viste tu 2002?

CICLO ECONÓMICO
« Responder #13 em: 2005-05-18 18:31:19 »
Mystery

O indicador começou a assinalar stress em meados de 2002 e até 2003, altura em que atingiu o ponto máximo, com o climax dos escandalos em Wall Street. Bastam variações fortes no mesmo para assinalar a existencia de stress no sistema financeiro (como agora), que pode culminar - ou não - em problemas reais. Quando o indicador sobe tendo a minimizar a exposição a activos com risco como as acções.

CICLO ECONÓMICO
« Responder #14 em: 2006-01-17 11:34:55 »
maisum

Estava aí a procurar um tópico já com uns meses em que se discutia a hipótese dos USA atacarem o Irão (assunto mais uma vez muito quente) e acabei por passar os olhos por outro tópico que continua a dar que falar... Estará aí a irracionalidade no mercado accionista?... Estará já o mercado suficientemente maduro?... Ou será que os 1500 no S&P500 estão aí á porta para este ano de 2006?... (ver gráfico acima)

E como estará a evoluir o indicador do Mystery? Eu tenho cá a ideia de que qualquer indicador só vai dar “tilt” acima dos 1500 atrás referidos mas o mais certo é estar enganado, ou talvez não, eheh

Abraço

CICLO ECONÓMICO
« Responder #15 em: 2006-01-17 11:37:25 »
Incognitus

A euforia accionista parece estar essencialmente fora dos EUA. Talvez porque o mercado se apercebe de que nos EUA existem problemas estruturais cuja solução implica uma crise mais tarde ou mais cedo.










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Notícias demais em tempo de menos...

Notícias demais em tempo de menos…
Fogueiro
Fogueiro
Autor « em: 2005-05-11 23:39:17 »

Inventários de combustíveis altos – notícia boa
Hedge Funds entalados com as Junks da GM – boato mau
Cisco com lucros acima do esperado – notícia boa
A China vai valorizar o Yuan, crescimento cai – boato mau
Balança Comercial americana melhora – notícia boa
O crude não baixará dos $50 até ao fim do ano – boato mau
Orçamento Federal positivo em $57,7 mil milhões em Abril – notícia boa
(podem acrescentar a lista… é quase interminável)

Ou seja: as notícias reais são quase todas boas. As “notícias” fabricadas, opiniões “à maneira”, vulgo boatos, são quase todas más.

Será que os poderosos (que dizem coisas que a Bloomberg e a Reuters logo repetem para todo o Mundo) querem assustar as mãos fracas?

Qualquer coisa grande parece estar em preparação, cheira-me que será para cima…
Digo eu, mas apenas por instinto; os meus indicadores de médio e longo prazo continuam negativos.

Nota: nós também temos uma notícia positiva: o Lisboa – Dakar. Obrigado, João Lagos!

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maisum
« Responder #1 em: 2005-05-12 00:53:32 »

Gostei do raciocínio smiley
Abraço

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Incognitus
« Responder #2 em: 2005-05-12 07:15:48 »

Realmente visto dessa forma é algo estranho o que se está a passar.

E ainda acrescentaria a avioneta na zona de exclusão ontem, apesar de terem feito uma evacuação (relativamente rara), a entrada de avionetas naquele espaço é bastante comum, aparentemente já aconteceu centenas de vezes desde o 11 de Setembro (por outro lado, aquele tipo de reacção aconteceu poucas, aparentemente teve a ver com a trajectória da avioneta).

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Ming
« Responder #3 em: 2005-05-12 09:05:47 »

Já notei que eu e o Fogueiro temos opiniões opostas sobre o comportamento futuro dos mercados: Eu acho que vão descer, e bem, e o Fogueiro tende a achar que vão subir.

Então lembrei-me do seguinte: Que tal fazer-mos um mini-inquérito, em que cada um apresentasse a sua opinião sobre o andamento geral dos mercados?
Seria algo do tipo:
1. Previsão para os mercados dos USA dentro de 2 anos: Subida/Descida.
2. Previsão para os mercado europeus dentro de 2 anos: Subida/Descida.

A ideia seria pensar em termos médios para os principais indices dos USA (Dow, NASDAQ, etc.) e para as principais bolsas europeias (Londres, Frankfurt, Paris, etc.)...

A minha resposta ao inquérito acima fica já dada e é:

1. Previsão para os mercados dos USA dentro de 2 anos: Descida.
2. Previsão para os mercado europeus dentro de 2 anos: Descida.

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Incognitus
« Responder #4 em: 2005-05-12 09:14:26 »

Ming, parece-me que este comentário do Fogueiro se aplica apenas ao curto prazo.

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maisum
« Responder #5 em: 2005-05-12 09:16:12 »

Ming, eu acho que é mais provável uma queda para os próximos tempos o que não impede que antes de cair 1º rebente com quem acredita já nessa queda... aliás tu sabes muito bem que normalmente estas coisas são feitas em Zig Zag e pelo meio tem cada zzaaaggg (vê o caso do petróleo)... eu acredito num esquema tipo o que se passou no DJI nas décadas de 60 e 70 mas estou aberto para outros cenários.

Previsão
Lark
« Responder #6 em: 2005-05-12 09:57:23 »

1. Previsão para os mercados dos USA dentro de 2 anos: Subida.
2. Previsão para os mercado europeus dentro de 2 anos: Subida.

E parece-me que a subida começou em Abril.

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Ming
« Responder #7 em: 2005-05-12 10:08:10 »

maisum:
Oscilações são sempre inevitáveis.
A questão é que realizando uma previsão correcta é possível benefeciar sempre com ela.
O problema de entretanto rebentar pode ser resolvido com um money management prudente.


Incognitus:
Realmente é possível que seja essa a opinião do Fogueiro.
(Pode ser que ele participe neste pequeno inquérito, e ficamos então com um registo da sua opinião para o tal "médio prazo" de 2 anos...)

E não queres tambem tu dar uma resposta?

Acho que teria piada recolher, digamos, uma dezena de participações, para se poder dizer que "a maioria prevê subida", ou que "a maioria prevê descida"...

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****
« Responder #8 em: 2005-05-12 10:09:53 »

Citar
A China vai valorizar o Yuan, crescimento cai – boato mau

A estupidez desta situação é que a notícia já tinha saído na Bloomberg, pelo menos, há 40 minutos.

De repente voltou a passar com barra vermelha e foi o arranque que se viu.

Um abraço

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Incognitus
« Responder #9 em: 2005-05-12 10:22:16 »

Sou algo agnóstico em relação ao rumo do mercado como um todo a um prazo de 2 anos. Vejo muita coisa negativa (baby boomers americanos, consumo e dívida, peak oil), mas também algumas positivas como o desenvolvimento da China, economias relativamente estáveis, valorizações em muitas large caps relativamente razoáveis (baratas até nas telecoms). Não sei para que lado penderá a balança.

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Gracindo
« Responder #10 em: 2005-05-12 14:11:18 »

Fogueiro
acrescenta mais duas

-vendas do Comércio a retalho subiram 1,4%-------------------boa noticia

-Vendas da Wal_Mart abaixo do previsto, cai mais de 3,5%-----má noticia

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Fogueiro
« Responder #11 em: 2005-05-12 16:42:03 »

Os grandes movimentadores dos Mercados são os Hedge Funds e o horizonte destes mede-se por semanas. Por isso as minhas tentativas de previsão estão em conformidade.
Mas embora me divirta praticar estas bruxarias, na prática sigo a disciplina daqueles indicadores de médio e longo prazo, de que tenho falado. E a disciplina proíbe adivinhações. Como diria o Senhor de la Palisse, prever é muito difícil, sobretudo se se tratar do futuro…

Todavia prever a energia e os minérios que a zona RIC vai consumir nos próximos anos, e a pressão que vai haver sobre os preços, não é adivinhar, é fazer contas sobre os dados macroeconómicos disponíveis. Por vezes é difícil estabelecer a fronteira entre adivinhar (+ intuição) e prever (+ informação); pessoalmente gosto de associar as duas.

Mas se tivesse de palpitar para 2 anos, teria de ser sempre positivo, porque é a tendência das bolsas desde que existem, salvo guerras. O longo período que se seguiu à 6ª feira negra foi numa altura em que não havia mecanismos de cobertura, regulação e fiscalização como hoje. Nem segurança social. Não é repetível no Sec XXI.

Um abraço para todos os que comentaram este tópico.

conflito-2
conflito-2 (visto 1437 vezes.)


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Bzz
« Responder #12 em: 2005-05-12 18:11:39 »

É uma imagem muito curiosa ...  :wink:

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Incognitus
« Responder #13 em: 2005-05-12 19:55:49 »

Bem, agora os rumores "maus" são de que a Goldman Sachs "meteu os pés" em obrigações ...

E realmente, todos os dias parece sair um rumor mau para contrariar um facto bom (como a queda do petróleo hoje).

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maisum
« Responder #14 em: 2005-05-12 23:21:30 »

Citação de: "maisum"
Ming, eu acho que é mais provável uma queda para os próximos tempos o que não impede que antes de cair 1º rebente com quem acredita já nessa queda...  eu acredito num esquema tipo o que se passou no DJI nas décadas de 60 e 70 mas estou aberto para outros cenários.

Citação de: "Ming"
maisum:
Oscilações são sempre inevitáveis.
A questão é que realizando uma previsão correcta é possível benefeciar sempre com ela.
O problema de entretanto rebentar pode ser resolvido com um money management prudente.

Neste momento temos o Dow abaixo dos 10.400. Supondo o cenário acima referido o topo do range andaria por volta dos 12.000... Se o Dow fize-se agora um rali de aprox 1.500 pontos, o NDX poderia subir acima do nível actual uns 300 pontos (+/- 100 Huh?) o que nos futuros representa muito dinheiro. Mas os 12.000 até poderiam ser ultrapassados... Eu prefiro esperar por eles lá em cima ou então lá em baixo. Entretanto o daytrade possibilita-me noites sem stress...

050512DJI-100anos
050512DJI 100 anos (visto 1377 vezes.)


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maisum
« Responder #15 em: 2005-05-12 23:45:22 »

O range no S&P500 está relativamente mais alargado

050512SPX-50anos
050512SPX 50 anos (visto 1367 vezes.)


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maisum
« Responder #16 em: 2005-05-13 00:01:56 »

No Nasdaq a queda assemelhou-se mais com o crash de 1929 e assim é quase impensável atingir novamente o topo nos próximos anos

050512IXIC-25anos
050512IXIC 25 anos (visto 1357 vezes.)


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Fogueiro
« Responder #17 em: 2005-05-13 01:59:48 »

Nestes gráficos de LP há que ter em consideração que as empresas que os compõe não são as mesmas, portanto a evolução é mais académica que outra coisa.
Com alguma frequência, as empresas piores são retiradas e outras acrescentadas, de forma a optimizar a performance dos índices.
Não sei quantas empresas do actual Nasdaq Composite lá estão desde que foi criado, mas certamente muito poucas.
Há tempos vi um estudo comparando um cabaz das 100 acções que compunham o Nasdaq100 num determinado ano com o índice, num intervalo de 10 anos.
O Nasdaq100 tinha subido mais de 40% (já não me recordo ao certo) mas o cabaz estava negativo!
Cuidado com as ilusões!

conflito-1
conflito-1 (visto 1346 vezes.)


Notícias demais em tempo de menos…
maisum
« Responder #18 em: 2005-05-13 07:58:58 »

Citação de: "Fogueiro"
Cuidado com as ilusões!

Está muito giro, ou seja, gira mesmo Smiley

Fogueiro, obrigado pelo seu comentário. Eu já não trabalho com acções há uns anos por motivos de segurança. A partir do momento que comecei a trabalhar com os futuros optei por negociar só os índices pois estou relativamente mais seguro nomeadamente no que se refere a falências, opas e outros movimentos anómalos. Eu percebi o que quis transmitir na sua chamada de atenção, mas julgo que a evolução de um índice (quantos mais anos de histórico melhor) já desconta tudo isso no gráfico... Quanto ao Nasdaq 100 não o estou a ver a ir novamente ao topo nos próximos anos mesmo com a maior rotatividade comparativa aos outros índices... aquela loucura de Per’s na casa das centenas e nalguns casos de milhares não se vai repetir tão cedo e as novas empresas que vierem para substituir as anteriores por mais que se esforcem não vão ter compradores para alimentar nova loucura...

Abraço

Notícias demais em tempo de menos…
Incognitus
« Responder #19 em: 2005-05-17 19:50:16 »

Parece que se confirmou a suspeita do post original do Fogueiro.

Notícias demais em tempo de menos…
Anonymous
« Responder #20 em: 2005-05-17 20:31:19 »

Fogueiro, o cabaz original que compunha o indice no passado pode-se ter alterado mas quando eu compro um tracker do indice, compro com as alterações que lhe venham a ser feitas, ou seja, é-me indiferente se a composição for alterada a meio e se o cabaz original desvalorizou.  Eu comprei o indice e não um cabaz original.

Notícias demais em tempo de menos…
Fogueiro
« Responder #21 em: 2005-05-17 20:48:54 »

Exactamente.
A minha mensagem destinava-se àqueles que olham para os gráficos de LP dos índices e pensam que o respectivo Mercado teve aquele comportamento, esquecendo-se que um índice é uma selecção dinâmica e ínfima dele.




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Impacto do "não" francês

Impacto do "não" francês
Mystery
Mystery
Autor « em: 2005-04-26 17:00:07 »

A França vota a 29 de Maio a constituição europeia.  A perspectiva de um não (que é a decisão racional a tomar uma vez que a dita tem mais de 800 páginas e não se devem passar cheques em branco :mrgreen:) tem deixado os investidores nervosos, mas pergunto-me se não será então uma boa oportunidade de "sell the rumour, buy the news" (face ao USD)?

Impacto do "não" francês
Gracindo
« Responder #1 em: 2005-04-26 17:06:39 »

Mystery

Este caso não se enquadra bem nesse tipo de análise.Até ao dia 29 só existem desconfianças e não certezas sobre o Não ou Sim. Precisa-se estar vigilante. Aqui não há inside trade mas há apenas tendências

Impacto do "não" francês
Incognitus
« Responder #2 em: 2005-04-26 17:43:50 »

Eu penso que o facto de existir um referendo vai ser positivo para o USD até cerca de uma semana antes do dito referendo. Se o USD valorizar alguma coisa que se veja, depois quando for o referendo o USD desvaloriza (embora se for um "não" tenha primeiro um spike).

Impacto do "não" francês
maisum
« Responder #3 em: 2005-04-29 10:49:54 »

Grande bronca. Parece que o "não" francês vai ser a resposta á constituição europeia. Se aprovada, qualquer empresa, por exemplo francesa, poderia contratar um técnico de um país de menores salários com salário equivalente ao seu país de origem... tão a ver os franceses a votar o "sim"... claro que "não"...

Citar
ENTRA FRANKENSTEIN

Por sorte, exactamente quando a campanha do pré-referendo estava a iniciar-se, a atenção pública foi atraída por um rascunho de Directiva sobre liberalização de serviços que ilustrou perfeitamente as implicações do "mercado interno onde a competição é livre e não distorcida" (Artigo I-3). Conhecido pelo nome do seu autor, o Comissário da UE Frits Bolkestein, antigo chefe da Shell Oil e líder político da extrema direita holandesa, ganhou logo a alcunha de "Directiva Frankenstein". A principal característica desta legislação proposta é o "princípio da origem". Serviços vendidos no exterior submeter-se-iam às regras do seu país de origem. Isto significa que companhias em França ou na Alemanha, por exemplo, poderiam contratar serviços da Polónia ou da Eslováquia com o salário mais baixo e desembaraçar-se dos padrões profissionais do "país de origem".

A "Europa social" prometida pelos políticos durante anos significaria harmonizar padrões sociais em sentido ascendente, acabando por alinhar todos os Estados membros com aqueles que tivessem os níveis mais elevados de protecção ao trabalhador, de salários e de benefícios. O Reino Unido — quer com os Trabalhistas como com o Conservadores — bloqueou teimosamente todas as tentativas nesse sentido. Agora, a directiva Bolkestein torna bastante claro que o impulso é no sentido de reduzir os padrões, trazendo-os para os níveis mais baixos.

Isto eliminaria os ganhos sociais de mais de um século em países como a França, a Alemanha e a Bélgica. Isto também poria em perigo os serviços públicos da França, forçando-os a competir com ofertas mais baratas de países mais pobres, externas às regulamentações francesas.

Da mesma forma, líderes conservadores e socialistas em França despenharam-se na condenação desta directiva. A questão é que quando ela foi introduzida no ano passado estes mesmos líderes endossaram-na calorosamente. Esta mudança de opinião puramente oportunista não podia enganar ninguém.

Para aumentar o embaraço da facção do "sim", havia o próprio sr. Bolkestein, uma caricatura quase perfeita do reaccionário arrogante. Ele, que foi o primeiro líder político holandês a queixar-se abertamente da imigração muçulmana no seu país e que opôs-se ferozmente à entrada da Turquia na UE, insultou os franceses como "nacionalistas" por distorcerem o seu nome para "Frankenstein". Para ilustrar os méritos da sua directiva, Bolkenstein disse a uma audiência francesa que seria delicioso importar um electricista polaco, uma vez que era difícil descobrir um no sítio em que tem uma casa de campo no norte da França.

O presidente da municipalidade da cidade mais próxima escreveu a Bolkdestein a simpatizar com o seu problema, e a indicar que os franceses haviam inventado um remédio para os seus males: as páginas amarelas da lista telefónica, nas quais ele poderia encontrar pelo menos 13 electricistas. Os membros locais daquele ramo demonstraram a seguir a sua presença cortando a corrente de Bolkenstein. Isto é a espécie de acção directa que os franceses tendem a apreciar.

O aparecimento de Bolkestein foi tão contraproducente que ajudou a compensar o blackout dos media quanto a argumentos sérios para o "não". Ainda assim, alguns inquéritos indicam que a maior parte dos jornalistas não estão de acordo com os seus editores e empresas e pretendem votar "não".

http://www.resistir.info/europa/revolt_or_revolution_port.html
http://www.counterpunch.org/johnstone04262005.html



Impacto do "não" francês
Incognitus
« Responder #4 em: 2005-04-29 11:05:32 »

Quem cortou a electricidade ao homem devido às suas opiniões, deveria ir para a cadeia por uns bons anos, para reflectir.

Quanto aos restantes, que se opõem a este tipo de concorrência, gostava de saber qual seria a sua opinião, se fossem eles a prestar o serviço mais barato, e inventassem regras que os impedissem de concorrer com quem prestasse um serviço mais caro.

Impacto do "não" francês
maisum
« Responder #5 em: 2005-04-29 11:25:22 »

Claro que uma economia mais liberal e mais parecida com a dos EUA funciona melhor e a longo prazo trás vantagens para todos mas as coisas (sim á constituição europeia) vistas do prisma do trabalhador francês para o curto prazo significa apenas ter o emprego em risco. Fala-se muito da colocar a economia europeia mais competitiva mas desde Lisboa 2000, e apesar das boas intenções, a europa cada vez está mais longe dos nºs que os USA conseguem e parece que assim vai continuar...

Impacto do "não" francês
Anonymous
« Responder #6 em: 2005-04-29 22:24:51 »

Estão à vista as contradições da europa e ainda a crise vai no adro!

Impacto do "não" francês
Ming
« Responder #7 em: 2005-04-30 21:09:46 »

Citar
Isto eliminaria os ganhos sociais de mais de um século em países como a França, a Alemanha e a Bélgica. Isto também poria em perigo os serviços públicos da França, forçando-os a competir com ofertas mais baratas de países mais pobres, externas às regulamentações francesas.

Os "ganhos sociais de mais de um século" na velha europa não perdem pela demora... Aliás não terão de esperar muito... :lol:

Impacto do "não" francês
maisum
« Responder #8 em: 2005-05-02 01:01:03 »

Citação de: "Ming"
Os "ganhos sociais de mais de um século" na velha europa não perdem pela demora... Aliás não terão de esperar muito... :lol:

Ming, por vezes fico na dúvida se devo ou não postar o que penso ou me vai na alma pois no fim acabo quase sempre por ficar com a sensação de não ter conseguido dizer tudo de modo a que fique perceptível a ideia e então não arrisco escrever nada o que é péssimo... Por vezes ganha-se coragem e então lá vai...

Sobre os direitos adquiridos eu também penso que isso é possível mas não sabemos como as coisas vão evoluir. Não podemos fazer futurologia mas apenas previsões com base em determinados dados. Se realmente os ciclos longos são uma realidade não podemos colocar de lado a hipótese de que o pior ainda está para vir e de que o esvaziar da bolha ainda agora começou.

Uma das questão que me vem ao pensamento diversas vezes é realmente quando vejo as pessoas a falar em direitos adquiridos... Normalmente as pessoas tem tendência para ver as coisas por um único prisma... o que lhes é mais vantajoso por alguma razão. Por vezes os direitos adquiridos chegam a tocar o exagero ... No conjunto acabam até por ter a sua quota parte de responsabilidade na bolha que se vai formando e portanto é natural que se os exageros tiverem de ser corrigidos um dia então também chegará o seu dia e simplesmente não haverá mais condições para os manter na forma e ao nível que os conhecemos... Contudo como o ser humano quer sempre mais e melhor vamos continuar a assistir á luta do trabalhador por melhores regalias...haverá tempos de recuo e haverá tempos de avanço. Digamos que é como os movimentos de bolsa. Possivelmente os próximos tempos serão de recuo. Entretanto temos que reconhecer que a evolução que os direitos sofreram nas últimas décadas, por exemplo na Europa, levaram a que nos últimos anos tem sido muito mais confortável para um cidadão ser empregado do que empregador....

Normalmente o empregado não vê o patrão com bons olhos, ou seja, o patrão raramente é visto como um bem para a sociedade por ser um criador de emprego mas sim como um malandro que só pensa em sacar o máximo ao empregado. No entanto a esse empregado não lhe passa sequer pela cabeça que o nível de vida dele próprio só é possível graças ao conjunto de todos os patrões, ou seja, de todos aqueles empreendedores que tiveram a ambição e ousadia que ele próprio não teve e que acabam assim por criar a sua oportunidade de emprego... Para muita gente é complicado entender isso...

 Ser patrão é um risco que muitos não querem correr... Vejamos, qualquer cidadão, europeu por exemplo, tem a liberdade de ser patrão. Uma das condições para o efeito, repetindo-me, é que tem de ter essa ambição. Depois entre outras condições deverá ser um empreendedor e terá de ter um certo grau de persistência... Normalmente são pessoas mais predispostas para o sacrifício e mais poupadas no que se refere a gastos. Mas ainda assim muitos com essas condições nem sequer o tentam ou por medo das incertezas, ou por outras mais diversas razões ou em último caso por comodismo... Também há bastantes que o tentam e não são bem sucedidos, ou por falta de sorte, ou por falta de “visão”, etc., etc. A maioria das pessoas contudo simplesmente não tem algumas das condições necessárias para ser bem sucedido... e acaba por pedir emprego a outros   ... e não me venham dizer que é por falta de $, ou porque não herdaram de um pai rico ou outra desculpa qualquer... talvez uma única excepção para o factor sorte... Alguns, poucos, poderão ter essa desculpa mas menos ainda terão direito a ela...

Para aqueles que falam mal do “patrão” há algumas coisas ainda a dizer:  o patrão pode ser uma boa pessoa ou pode ser um grande sacana;. pode ser um empresário muito inteligente ou pode ser um indivíduo com certas limitações; pode ter sorte na vida ou pode ter um azar do caraças; pode estar rodeado dos melhores colaboradores ou pode ter uma equipa de incompetentes, etc., etc... Quero eu dizer que um patrão para além de tudo mais é também um ser humano e está portanto sujeito a todas as condicionantes boas e más que são possíveis imaginar num empregado...


Por outro lado uma empresa (patrão) não tem, nem deve, ser uma instituição de caridade. Deve sim visar o lucro para entre outras coisas poder evoluir e reinvestir e assim não ser “ultrapassado/a” pela concorrência e lei do mercado. Deve visar o lucro também para compensar o empreendedor pelo seu esforço e risco... Deve ainda respeitar certas normas pois naturalmente de outra forma o patrão cairia normalmente em certos exageros...  

Uma situação caricata, e que é até muito comum, é ver-se um antigo empregado que se fartava de apontar “defeitos” ao seu patrão, um dia tornar-se ele próprio um patrão e por diversas razões acabar por adquirir todos esses “defeitos” e ainda mais alguns por acréscimo...

Impacto do "não" francês
Fogueiro
« Responder #9 em: 2005-05-02 02:18:32 »

"Não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu"  ditado popular

Impacto do "não" francês
Incognitus
« Responder #10 em: 2005-05-02 08:24:54 »

Gostei, maisum.

Impacto do "não" francês
Mystery
« Responder #11 em: 2005-05-02 09:00:17 »

Já temos o 1º de Maio, mas na sequência do comentário do maisum proponho que se institucionalize definitivamente o "Dia do Patrão". :mrgreen:

Talvez não tenmha percebido bem mas fiquei com a ideia que a Constituição Europeia representa um passo na liberalização da economia europeia? É que bastava 1 página e não 800...




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I am not a believer in conspiracy theories. But...

MorganStanley
Global
Original Sin
Apr 25, 2005
Stephen Roach (Tokyo)


I am not a beliver...
maisum
maisum:

I am not a believer in conspiracy theories.  But the Fed’s behavior since the late 1990s is starting to change my mind.  It all began with Alan Greenspan’s worries over “irrational exuberance” on December 5, 1996, when a surging Dow Jones Industrial Average closed at 6437.  The subsequent Fed tightening in March 1997 was aimed not only at the asset bubble itself, but at the impacts such excessive appreciation in equity markets were having on the real economy -- consumers and businesses alike.  It was a classic example of the Fed playing the role of the tough guy -- the central bank that, to paraphrase the words of former Chairman William McChesney Martin, “takes away the punchbowl just when the party is getting good.”  Unfortunately, the tough guys weren’t so tough after all.  Predictably, there was a huge outcry on Capitol Hill as the Fed took aim on the US stock market.  But rather than stay the course as an independent central bank should, the Fed ran for cover in the face of political criticism.  Not only were its initial bubble-containment efforts put aside, but Alan Greenspan went on to champion the notion of a sea-change in the macro climate -- a once-in-a-century productivity miracle that would justify the stock market’s exuberance as rational.  That was the Original Sin that has since been compounded in the years that have followed....

Original em:
http://www.morganstanley.com/views/gef/archive/2005/20050425-Mon.html

Eu também não acredito em bruxas...
http://forum.economico.pt/index.php?topic=1253.0;wap2


I am not a beliver...
Ming:

Muito interessante, o artigo.
E um pouco preocupante, tambem.

Do meu ponto de vista é óbvio que o S.R. tem pelo menos alguma razão.

Entre outras coisas, foi obvio que o FED adiou o inicio da subida das taxas para não prejudicar um dos candidatos às últimas eleições presidenciais... :wink:

I am not a beliver...
Ming:

Bom, relí o artigo, e embora isto continue a ser verdade:
Citar

Do meu ponto de vista é óbvio que o S.R. tem pelo menos alguma razão.

Acrescento que acho que tem mesmo bastante razão...

I am not a beliver...
maisum:

Ming,  é realmente preocupante toda essa "fuga para a frente" e são montes de pessoas que o dizem incluindo especialistas em economia por todo o mundo, mas eu fico realmente preocupado é com certos "ses"... Bem sei que temos de dar algum desconto a algumas opiniões que circulam por aí mas face ao que temos assistido ultimamente eu só consigo dizer que "Eu não acredito em bruxas mas ..."

"Assim como a economia não consegue sobreviver com grandes aumentos nos preços do petróleo, também os défices causados pelo esbanjamento de Bush ameaçam a situação do dólar enquanto divisa de reserva mundial. Isto é muito mais grave do que um simples declínio no valor do dólar. Se os principais produtores de petróleo mudarem do dólar para o euro, a economia americana afundar-se-á dum dia para o outro. Se o petróleo passar a ser comercializado em euros, os bancos centrais em todo o mundo ver-se-ão obrigados a acompanhar e a América será confrontada com a liquidação da sua enorme dívida de US$8 milhões de milhões de dólares. Isso, evidentemente, será o dia do juízo final para a economia americana. Mas uma informação recente indica que dois terços dos 65 bancos centrais mundiais já "começaram a trocar dólares por euros". O plano de Bush para salvar o dólar foi telegrafado para todo o mundo e, como diz o New York Times, "o papel moeda não tem para onde ir, a não ser descer". Só há uma coisa que a administração pode fazer para garantir que os negociantes de energia continuem a comercializar em dólares, é controlar o fluxo do petróleo. Isto significa que é quase certo um ataque ao Irão...

http://www.resistir.info/eua/economic_tsunami_port.html

"... mas que as há, lá isso há."

I am not a beliver...
Gracindo:

Não admira este artigo. O N.Y.Times foi um dos jornais a declarar apoio ao candidato democrático.Por mim ,estou à espera que o dólar vá a 1,20 no espaço de 1 mês. Não acredito numa invasão do Irão enquanto o dólar estiver baixo e o petróleo acima dos 50 dólares.Os sinais de catástrofe existirão devido ao preço do petróleo mas ainda estamos para ver quem vai ser mais afectado.

I am not a beliver...
Ming:

Sim, esse segundo artigo é pouco credível.
Entre outros motivos apontaria:
1.
Não vejo como é que "preçar" o petróleo em euros destruiria a utilização mundial do USD (não é por isso que o USD é a moeda mais usada em transacções internacionais). E mesmo que isso fosse realidade, não vejo porque é que levaria a um desinvestimento massiço em obrigações dos USA...
2.
Um ataque ao Irão, em especial com ocupação, está fora de causa.
(A simples destruição dos reactores nucleares não está, mas até ver tambem não me parece provável...)

I am not a beliver...
Incognitus:

Eu retirei o meu hedge no dólar até próximo do referendo francês, se o dólar valorizar deve faze-lo até cerca de uma semana antes do dito referendo.

I am not a beliver...
maisum:

Pessoal, se o euro destronasse o dólar como moeda de referência é lógico que seria péssimo para o dólar porque os diversos intervenientes deixariam de ter tantos dólares acumulados como os que actualmente possuem... No inicio de 2003 quando fazia uma pesquisa na net sobre Stephen Roach fui parar a um site onde encontrei alguns artigos de fundo sobre o tema que me interessa e que é o da macro economia e os seus ciclos... Entre outros encontrei um intitulado “O Petróleo, a moeda divisa e a guerra ao Iraque” guerra que aconteceu pouco tempo depois como vinha sendo “prometida” pelos USA...
Mas o que era duvidoso antes do acontecimento, começou então a tomar contornos de evidência após a realidade da invasão do Iraque sem a aprovação das Nações Unidas. Na altura também fiquei de pé atrás mas a verdade é que nem apareceram armas de destruição maciça nem o diabo que as carregue...e mais uma vez se provou que “não poderia haver tanto fumo (rumores de puro interesse americano no petróleo) sem fogo (guerra sem aprovação NU)”. Quando as coisas começam a tomar certas proporções como é agora o caso actual com tanto fumo por aí... o tempo o dirá.

O petróleo, a moeda divisa e a guerra ao Iraque
"Há no entanto um grande obstáculo para que isto aconteça: petróleo. O petróleo não é apenas de longe a mais importante mercadoria (commodity) comerciada internacionalmente, é o sangue de todas as modernas economias industrializadas. Quando não se tem petróleo, há que comprá-lo. Até recentemente todos os países da OPEP concordavam em vender o seu petróleo apenas por dólares. Enquanto isto assim aconteceu, era improvável que o euro se tornasse a principal divisa de reserva: não há interesse em acumular euros se todas as vezes em que for preciso comprar petróleo for preciso trocá-los por dólares. Esta disposição também significava que os EUA efectivamente controlavam todo o mercado mundial do petróleo: só se pode comprar petróleo se se tiver dólares, e só um país tem o direito de imprimir dólares — os EUA. "
http://www.resistir.info/energia/dolar_petroleo_guerra.html


Passados já dois anos este artigo ainda dá que pensar
Stephen Roach
A globalização do duplo mergulho
http://www.resistir.info/eua/double_dip.html

I am not a beliver...
Anonymous:

....eu venho alertando há anos para o perigo da SUPER-hyper BOLHA secular de mercados e bens nos EUA.   Fazendo dos EUA nos últimos anos  o pior sítio para se alocar activos financeiros, a seguir ao japão....

    Basta ver que qd os mercados cairam foi um ai jesus, qd subiram o dólar desfez-se!!!   pelo que um europeu que tenha investido há 2 anos nos states está muito mal comparando com quem apostou + na recuperação europeia!  perdoem-me até a comparação, pois nem faz sentido comparar.  Mas como há quem veja mal.


    É uma bomba relógio que niguém conseguirá parar. as falências irão tomar propoções tão grandes que a enron e worldcom nem vao estar nas 20 amiores falencias....


   ....mas se calhar estou a exagerar um bocadinho.

  
      Julgue cada um por si, os cegos que nao querem ver é que é mais preocupante. E estes são infelizmente a maioria!

      Mas tb há outros que já vão abrindo a pestana...nem que seja á força, por via das violentas quedas desde o início do ano  no actual benchmark mais seguido em todo o mundo---NASDAQ.  Que via o nasdaq 100 acima de 1700 como uma certeza...deve nesta altura estar a fazer muitas contas...e é bom que as faça!

I am not a beliver...
Mystery:

Penso que ainda é muito cedo para se falar no fim do "debt-supercycle" (penso que é a isso que o Scubawarrior se refere).

A chave para esta tendência secular está no dólar e no défice americano. E não consigo antever nos proximos tempos um colapso do dólar, até porque a moeda americana é a "menos má" num cabaz de maçãs podres. O euro certamente não é alternativa, devido aos problemas estruturais que a UE tem de resolver a longo prazo (e os recentes desenvolvimentos politicos não auguram nada de positivo).

Quanto ao défice, é tudo uma questão de pontos de vista. Se por um lado um aumento do défice é aparentemente negativo para a economia americana (estamos a passar a batata quente às gerações futuras), por outro lado representa um acréscimo de liquidez na economia mundial (pq os EUA são quer queiramos quer não, o motor do crescimento económico via Consumo, enquanto o bloco asiático é o motor do crescimento via Poupança).  Nesta perspectiva é fácil perceber que:

1)  uma redução do défice representa menor liquidez no sistema económico, o que não é certamente o que os EUA querem nesta fase, sob o risco de comprometer o consumo e o mercado imobiliario.

2) O aumento do preço do petróleo e das restantes mercadorias também se traduz numa redução da liquidez, porque são todos cotadas em USD (escassez de dolares no mercado). Mas estes são factores exógenos...

3) para haver défice americano, tem de haver quem compre a dívida. Neste caso ou são investidores americanos ( o que
é muito dificil dado a reduzida taxa de poupança) ou são os "amigos" asiáticos. E estes vão continuar a comprar enquanto tiverem a inflação controlada, porque neste momento continuamos numa tendência secular de DEFLAÇÃO mundial, e não de inflação...

è muito fácil olhar para os indicadores americanos e dizer que vai haver inflação. Mas olhamos para o resto do mundo e vemos problemas de excesso de poupança (ásia) que colocam um tecto sobre o custo do capital: enquanto o custo do capital físico aumenta, o custo do capital humano diminui...

I am not a beliver...
Anonymous:

....mystery man.


       São pontos de vista, fundamentados.  Uns concordo outros não....mas respeito todos os pontos.

     cumps Mystery man e bom trabalho

I am not a beliver...
maisum:

Não vale a pena andar a dizer “eu avisei” pois a questão aqui é dizer “quando” e aí ninguém pode acrescentar nada ... A coisa já dura há uns anos e pode durar muitos mais ou não ou pode nunca acontecer, ninguém sabe. Ninguém excepto talvez “eles”. É mais que evidente que “eles” sabem no que estão metidos e sabem de todos os perigos que de um momento para o outro podem daí advir... Também é certo que por “eles” saberem e por “eles” quererem evitar uma crise maior (ou por outros interesses) é que se calhar poderemos cair numa situação pior ainda se é que já não caímos. Nós (cidadão comum) não temos certezas. Falamos, falamos mas não podemos concretizar nada. Sabemos é que a economia agora "globalizada” segue sobre uns carris super desequilibrados (bolhas aos magotes + défices USA + desentendimento nos interesses nacionalistas - USA, Rússia, China, Japão, Europa, Israel, Mundo Árabe, América Latina, Coreia do Norte... cada um a puxar a brasa para a sua sardinha...) em que a minha dúvida é se é inevitável o descarrilamento do combóio ou se eles o vão conseguir levar a 10 á hora até ao destino...  o que significaria alguns anos de altos e baixos sem descarrilar e portanto sem nenhuma catástrofe pelo meio... mas há coisas que nenhum humano pode controlar daí as incertezas e assim lá volta tudo ao principio e a questão é “quando” ...

I am not a beliver...
Gracindo:

Scuba..

Penso  que uma situação como a que descreves era uma situação fora do normal.Nesse caso, com o mundo agarrado ao dólar seria um desastre mundial e não apenas dos USA.

Nessa altura a nova ordem e moeda só poderia vir de algum país com estaleca para tal. Essa nova ordem e nova moeda teria que ter por trás um país económica e militarmente forte. Porque digo militarmente forte?À primeira vista parece que o militar não liga com o económico:pura ilusão, se a américa não tivesse o poder militar que tem o dólar não seria a moeda de reserva mundial.Mal do país com aspirações que se desenvolva económicamente e descure o militar. Foi o maior contributo de Reagan para a américa foi não descurar a vertente militar


Seria a Europa a potência emergente económica e militarmente? A minha resposta é não. A Europa ainda é um projecto com todas as implicações que isso tem e vamos ter oportunidade de ver.

Será a China a curto prazo a futura potência a comandar o mundo?
Não, a China ainda terá que resolver a contradição entre comunismo e capitalismo.Que países acreditariam nos chineses para fazerem da sua moeda uma moeda de reserva nestas condições? Aliás, eu penso que a China vai ser palco a curto prazo dessas contradições internas e não me admira nada que os grandes grupos chineses não aproveitem enquanto é tempo safar uns dolares cá pra fora. Portanto a HOMOGENEIDADE e ESTABILIDADE politica é um grande trufo dos USA para a sua moeda.

Será o Japão? Também não vejo o Japão como potência capaz de agregar a hegemonia mundial . Basta ver que quando os USA se sentiram incomodados pelo desenvolvimento económico Japonês puseram travão à carruagem.Sendo uma potência periférica não pode aspirar a muito

Em caso de confusão mundial os dólares regressam à américa porque se sentem mais seguros. Os petrodólares regressarão ao local de origem e acompanhados por todos os Sheikes-logo mais consumidores- e mais compras de casas em terra do Tio Sam Héhé!

I am not a beliver...
Anonymous:

...e o agora compreende de há 3 anos atrás até final de 2006 !


   E eu nao avisei....eu ando a avisar em todas as minhas intervenções sobre ese tema ou proximo, e em todos os fóruns reunioes e almoços e em todo o lado e com toda a gente que me vou cruzando nos últimos 3 anos.

   Tenho feito isto e continuarei dada a proximidade do rebentamento do sistema financeiro mundial como o conhecemos até agora.

  Penso que o "mais um" reconhcerá que digo verdade.


   Gracindo a transformação vai ser de tal forma grande que para ter todas as respostas só mesmo esperando e vendo. De qq forma algo que neste momento nao tem tanto.

I am not a beliver...
maisum:

Scuba eu sei já há uns anos qual é a tua opinião. Leio os teus posts desde que assinas com este nick e tens sido coerente com o teu passado. Eu, como tu e muitos mais que se interessam pela razão das coisas, e que assistimos á loucura do final dos anos 90 soubemos desde logo que algo de anormal se passava. Só mesmo quem não quis é que não leu na net os mais diversos especialistas, economistas,  académicos, etc.,  que se debruçaram sobre o assunto e foram alertando para o que se passava. Agora como vai acabar não sei pois, como tu também concordarás, já houve entidades que interferiram no rumo das coisas (nomeadamente no mercado accionista) e que nada indica irão deixar de intervir. As suspeitas de alguns de que a “Mão de Deus” interferia nos mercados acabou por se confirmar e agora olhando para trás até é engraçado ver como se acha uma coisa normal precisamente por aqueles que antes maldiziam quem acreditava em tal sacrilégio... Portanto, e por enquanto, as coisas continuam na “Mão de Deus” que, mesmo sendo humano, tem bastante poder...

Do que eu só tomei consciência mais tarde (2002/2003), nomeadamente através de alertas de W. Buffett, foi do enorme perigo, da tal bomba relógio que são os mercados de derivados para a economia mundial

Citação de parte de um artigo da revista Monthly Review
“...Tal como discutido acima, o sector de serviços da economia foi uma das principais áreas para o investimento e o emprego. A outra saída foi a especulação — na realidade, apenas uma outra palavra para jogatina. O sector financeiro da economia capitalista já não está confinado às necessidades da produção, emprego e investimento. Principiando na década de 1980, tornou-se uma forma cada vez mais autónoma de fazer dinheiro, particularmente evidente no crescimento dos mercados de derivados (derivatives) . Um derivado é um instrumento financeiro que "deriva" o seu valor de um outro instrumento financeiro. Um futuro financeiro (financial future) , por exemplo, é um acordo para comprar algum outro instrumento financeiro, digamos uma acção ou um título, em algum dado ponto no futuro.

Os derivados tendem a exagerar ganhos e perdas. Se uma taxa de juros ou o preço de uma acção no qual um derivado se baseia sobe, os ganhos obtidos através de um derivado podem subir como um foguete. Por outro lado, se os activos subjacentes declinam, o valor de um derivado afunda. A velocidade da ascenção e queda dos valores financeiros acresce o risco dos apostadores individuais. Tal como numa corrida de cavalo, alguns apostadores perdem, outros ganham. O risco aqui é para o sector financeiro como um todo ou para uma parte importante do mesmo, e portanto um risco para a economia como um todo. Motivo: estas especulações são altamente alavancadas. Exemplo: o comprador de um derivado pode aplicar 5 por cento, enquanto um empréstimo bancário proporciona o resto.

O fiasco da Enron sublinhou, recentemente, quão grandes se tornaram os mercados de derivados. Em depoimento perante o United States Senate Committee on Governmental Affairs, a 24/Janeiro/2002, Frank Partnoy, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de San Diego, explicou: "A Enron era, no seu núcleo, uma firma de comercialização de derivados. Nada pode tornar isto mais claro que o projecto do extravagante novo edifício da Enron — ainda não terminado actualmente, mas ocupado na sua maior parte — onde os gabinetes dos executivos de topo no sétimo piso foram concebidos de forma a dar uma vista panorâmica à jóia da coroa do império Enron: uma cavernosa arena (pit) para a comercialização de derivados localizada no sexto piso.

A explicação de Partnoy acerca da natureza e da extensão do mercado de derivados no contexto do seu depoimento sobre o colapso da Enron proporciona um visão pormenorizada do crescimento do mercado de derivados, os quais agora permeiam os negócios dos EUA.


Os derivados são instrumentos financeiros complexos cujo valor é baseado sobre uma ou mais variáveis subjacentes, tais como o preço de uma acção ou o custo do gás natural. Os derivados podem ser comercializados de duas formas: em transações regulamentadas ou em mercados não regulamentados over-the-counter (OTC) ...

A dimensão dos mercados de derivados é medida tipicamente em termos do valor imaginário (notional) dos contratos. Estimativas recentes da dimensão do mercado de derivados de comercialização de câmbios, os quais incluem todos os contratos comercializados sobre os câmbios das principais opções e futuros, vão de US$ 13 a US$ 14 triliões (milhão de milhões) em valores imaginários. Em contraste, a quantia imaginária estimada dos derivados OTC não pagos no fim de 2000 era de US$ 95,2 triliões (milhão de milhões). E esta estimativa está provavelmente subestimada.

Por outras palavras, os mercados de derivados OTC, os quais na maior parte não existiam 20 anos atrás (ou, em alguns casos, há dez anos), agora abrangem cerca de 90 por cento do mercado de derivados agregados, com triliões de dólares em risco todos os dias... A Enron pode ter sido apenas uma empresa de energia quando foi criada em 1985, mas no fim tornou-se uma firma comercializadora de derivados OTC em plena explosão. Os seus activos e passivos relacionados com derivados OTC aumentaram mais de cinco vezes só durante o ano 2000.



A enorme expansão da dívida das corporações dos EUA, inclusive das instituições financeiras, está claramente limitada por esta extensiva e crescente actividade especulativa. A Enron foi simplesmente um exemplo exagerado disto. O resultado é uma estrutura financeira que é cada vez mais instável, mais propensa ao desastre se a economia subjacente enfraquece e se novas formas de instrumentos financeiros, concebidos para adiar o dia do ajuste de contas, não forem constantemente introduzidos...”

http://resistir.info/mreview/mreview_53_port_jf.html

I am not a beliver...
zel:

a unica verdade e q ninguem sabe do q esta a falar e as opinioes aqui divulgadas sao adivinhas baseadas em pouco melhor do q a leitura dos astros. ou conseguem provar estatisticamente o q afirmam? se conseguirem mudo de opiniao

I am not a beliver...
Anonymous:

Eu cá acho que quem investiu esses triliões é porque tinha triliões a mais e que se os perder, é bem feito.
Esse dinheiro em nada contribuiu para a economia real, portanto, se for à vida, esta continua a crescer, com os seus ciclos, como sempre cresceu mesmo antes de ser  inventada a palavra.

I am not a beliver...
Incognitus:

Citar

Eu cá acho que quem investiu esses triliões é porque tinha triliões a mais e que se os perder, é bem feito.
Esse dinheiro em nada contribuiu para a economia real, portanto, se for à vida, esta continua a crescer, com os seus ciclos, como sempre cresceu mesmo antes de ser inventada a palavra.


Eu penso que todos acreditam que a longo prazo a economia continuará a crescer.

O problema está mesmo nos ciclos, e no potencial que parece existir para o próximo ser particularmente profundo (devido à acumulação de dívida).

I am not a beliver...
maisum:

Ai vai mais uma adivinha baseada na leitura dos astros

March 3, 2003
Buffett on stocks, junk, 'time bombs'
In this year's letter, to be found exclusively at Fortune.com, Buffett says he's nervous about derivatives -- he calls them "time bombs" -- and says he hasn't invested much money in stocks over the past year. He also talks about where his Omaha, Neb.-based holding company is putting its money now.
Specifically, Buffett discusses the difficulties of leaving the derivatives business after his 1998 purchase of General Re, the insurer. And he says the explosion in derivatives contracts may have created serious risks for the nation's financial system.
http://money.cnn.com/2003/03/03/pf/investing/buffett/index.htm


WHAT WORRIES WARREN
Avoiding a 'Mega-Catastrophe'
Derivatives are financial weapons of mass destruction. The dangers are now latent--but they could be lethal.

FORTUNE
Monday, March 3, 2003
By Warren Buffett

Warren Buffett has been writing annual letters to Berkshire Hathaway shareholders since 1965. In the early years he followed a conventional format, but after serving on the SEC Advisory Board for Corporate Disclosure in 1976, he decided--as he puts it--to "get serious" about communicating with his shareholders.

He made another important decision in 1977: to recruit FORTUNE's Carol Loomis, a friend and long-term Berkshire shareholder, to be his editor. Buffett says she has been invaluable--"very friendly, very helpful, and very tough."

In this year's letter to shareholders Buffett tells of the difficulties of exiting the derivatives business he inherited in his 1998 purchase of General Re. He also concludes that the explosion in derivatives contracts may have created serious systemic risks. Loomis suggested to Buffett that he publish his section on derivatives in FORTUNE, and what follows is excerpted from the 2002 Berkshire Hathaway annual report, which will appear at berkshirehathaway.com on March 8.

Charlie [Munger, Buffett's partner in managing Berkshire Hathaway] and I are of one mind in how we feel about derivatives and the trading activities that go with them: We view them as time bombs, both for the parties that deal in them and the economic system.

Having delivered that thought, which I'll get back to, let me retreat to explaining derivatives, though the explanation must be general because the word covers an extraordinarily wide range of financial contracts. Essentially, these instruments call for money to change hands at some future date, with the amount to be determined by one or more reference items, such as interest rates, stock prices, or currency values. If, for example, you are either long or short an S&P 500 futures contract, you are a party to a very simple derivatives transaction--with your gain or loss derived from movements in the index. Derivatives contracts are of varying duration (running sometimes to 20 or more years), and their value is often tied to several variables.

Unless derivatives contracts are collateralized or guaranteed, their ultimate value also depends on the creditworthiness of the counterparties to them. In the meantime, though, before a contract is settled, the counterparties record profits and losses--often huge in amount--in their current earnings statements without so much as a penny changing hands.

The range of derivatives contracts is limited only by the imagination of man (or sometimes, so it seems, madmen). At Enron, for example, newsprint and broadband derivatives, due to be settled many years in the future, were put on the books. Or say you want to write a contract speculating on the number of twins to be born in Nebraska in 2020. No problem--at a price, you will easily find an obliging counterparty.

When we purchased Gen Re, it came with General Re Securities, a derivatives dealer that Charlie and I didn't want, judging it to be dangerous. We failed in our attempts to sell the operation, however, and are now terminating it.

But closing down a derivatives business is easier said than done. It will be a great many years before we are totally out of this operation (though we reduce our exposure daily). In fact, the reinsurance and derivatives businesses are similar: Like Hell, both are easy to enter and almost impossible to exit. In either industry, once you write a contract--which may require a large payment decades later--you are usually stuck with it. True, there are methods by which the risk can be laid off with others. But most strategies of that kind leave you with residual liability.

Another commonality of reinsurance and derivatives is that both generate reported earnings that are often wildly overstated. That's true because today's earnings are in a significant way based on estimates whose inaccuracy may not be exposed for many years.

Errors will usually be honest, reflecting only the human tendency to take an optimistic view of one's commitments. But the parties to derivatives also have enormous incentives to cheat in accounting for them. Those who trade derivatives are usually paid (in whole or part) on "earnings" calculated by mark-to-market accounting. But often there is no real market (think about our contract involving twins) and "mark-to-model" is utilized. This substitution can bring on large-scale mischief. As a general rule, contracts involving multiple reference items and distant settlement dates increase the opportunities for counterparties to use fanciful assumptions. In the twins scenario, for example, the two parties to the contract might well use differing models allowing both to show substantial profits for many years. In extreme cases, mark-to-model degenerates into what I would call mark-to-myth.

Of course, both internal and outside auditors review the numbers, but that's no easy job. For example, General Re Securities at year-end (after ten months of winding down its operation) had 14,384 contracts outstanding, involving 672 counterparties around the world. Each contract had a plus or minus value derived from one or more reference items, including some of mind-boggling complexity. Valuing a portfolio like that, expert auditors could easily and honestly have widely varying opinions.

The valuation problem is far from academic: In recent years some huge-scale frauds and near-frauds have been facilitated by derivatives trades. In the energy and electric utility sectors, for example, companies used derivatives and trading activities to report great "earnings"--until the roof fell in when they actually tried to convert the derivatives-related receivables on their balance sheets into cash. "Mark-to-market" then turned out to be truly "mark-to-myth."

I can assure you that the marking errors in the derivatives business have not been symmetrical. Almost invariably, they have favored either the trader who was eyeing a multimillion-dollar bonus or the CEO who wanted to report impressive "earnings" (or both). The bonuses were paid, and the CEO profited from his options. Only much later did shareholders learn that the reported earnings were a sham.

http://www.fortune.com/fortune/information/Magarchive/0,16011,magarchive-03-17-03,00.html

I am not a beliver...
Mystery:

Qualquer coisa difícil de avaliar tem sempre tendência a ser associada a "risco elevado" ou "incerteza" quando na verdade somos nós subconscientemente que não nos sentimos à vontade... No limite resume-se tudo a uma questão psicológica...

O crescimento exponencial do mercado de derivados é um reflexo da alavancagem existente na economia, não uma razão para os supostos desequilíbrios. Aliás, "os" derivados não são um risco (mais de 90% das transacções são utilizadas para cobertura de risco, logo se dizemos que são um risco estamos na presença de um paradoxo?). O risco pode estar cingido a uma parte desse mercado de derivados, sobre o crédito (credit default swaps), que acabam por ser pouco mais do que um ponzi scheme, onde toda a gente aposta na baixa probabilidade de um evento (neste caso a não falência de uma empresa). Crescimento exponencial + liquidez reduzida = receita volátil...

Zel: A quantitifação dos desequilibrios existentes na economia é praticamente impossível (no meu caso), porque estamos a falar de tendências seculares, e o nº de amostras é demasiado pequeno. No entanto é possivel demonstrar estatísticamente que há uma probabilidade elevada de verificarmos um aumento de volatilidade com base em métricas de valuation e liquidez (em termos seculares, i.e. muuuito longo prazo).

I am not a beliver...
Anonymous:

...é falsa!


     E acrescento que hoje em dia se negoceia mais dinheiro em derivados nos mercados americanos do que no mercado á vista!!!

   O problema dos derivados é uma especie de dinamite que qd as coisas começarem a estalar  e ao contrário de outros tempos onde se tinha longos periodos na historia de corrécção dos excessos do desenvolvimento. Agora não só o periodo de expansão e os seus excessos foi mt mais exagerado como o cair nao vai ser meigo mas em jeito de explosão de granada defensiva e tudo por via dos mercados de derivados!

   A fed chegou mesmo já a fazer vários avisos ás posições alanvancadas em derivados de algumas das maiores instituições de credito americanas como a fannie mae e a freddy mac!

I am not a beliver...
maisum:

Citação de: "Scubawarrior"

  A fed chegou mesmo já a fazer vários avisos ás posições alanvancadas em derivados de algumas das maiores instituições de credito americanas como a fannie mae e a freddy mac!


Esse aviso em público é bem recente e é mais uma evidência para o cidadão comum do barril de pólvora que a FED sabe sobre o qual acenta todo o sistema mas... eu desconfio bastante destes avisos públicos por parte de entidades como a FED, sobretudo para o curto prazo...

I am not a beliver...
Anonymous:

...esses avisos a meu ver são a normal desculpa "15 dias" antes das coisas estourarem!

     Para depois dizerem tão a ver nós avisamos, fizemos o nosso papel.



    É a hipocrisia clássica nestas coisas! Sobretudo depois de durante anos a fio terem fechado os olhos.

I am not a beliver...
maisum:

Scuba, eu hoje acredito que teremos correcções (as denominadas saudáveis) e não catástrofes. Uma correcção mais violenta quando muito levaria os índices até valores  próximos de Março/2003. Os topos e fundos serão definidos ainda por valores médios dos fundamentais tais como Market Yield, Price/Dividend ratio e Price/Earnings ratio que conjugados são um dos indicadores mais fiáveis para o efeito. Qualquer coisa similar ao que se passou nas décadas de 60 e 70 embora hoje com muitos mais riscos do que naqueles anos. Mas não excluo nenhuma das hipóteses. Digamos que para uma catástrofe atribuo uma percentagem inferior a 10%, talvez até abaixo de 5%...

Gostava que o pessoal se pronuncia-se sobre o assunto e sobre os nºs actuais nomeadamente o Incognitus e o Ming que são especialistas na matéria (mais logo pois daqui a pouco vão sair os inventários do crude, eheh).

I am not a beliver...
Mystery:

O meu 1º objectivo como investidor é não perder dinheiro. Logo para mim os produtos derivados são instrumentos essenciais. E não me estou a referir a simples contratos de futuros.

Por outro lado basta ver que os contratos mais negociados são quase todos sobre renda fixa, para perceber que o funcionamento dos mercados se alterou substancialmente desde 2000. Já lá vai o tempo em que o SP e o ND eram os contratos mais negociados!

I am not a beliver...
maisum:

Bem, o PER do mercado hoje deve estar um pouco adulterado com a influência da contabilidade moderna denominada “criativa” como explica o W. Buffett

“I can assure you that the marking errors in the derivatives business have not been symmetrical. Almost invariably, they have favored either the trader who was eyeing a multimillion-dollar bonus or the CEO who wanted to report impressive "earnings" (or both). The bonuses were paid, and the CEO profited from his options. Only much later did shareholders learn that the reported earnings were a sham.”

I am not a beliver...
Anonymous:

.... diga me uma coisa que me intrigou?

    O seu 1º objectivo é não perder???  não deveria ser ganhar.


    Se retirar a palavra investidor, e mudar por especulador. E mudar o perder para ganhar como objectivo nº 1 ....faço minhas as suas palavras no sentido do uso dos derivados.

     Mais é o meu principal veículo para especular, seja sobre índices, títulos, taxas de juro ou  matérias primas !

     Mas o facto de as considerar fundamentais nas minhas estratégias , não me cega sobre a realidade do uso desse instrumento em larga escala por gigantescas instituições pelo mundo fora, mas sobretudo nos eua e japao.


    abraço ao mais um e mystery por me porpocionarem mais um momento de descontração e lazer aqui convosco neste fórum.  Bons negócios a todos!




nota:      Agora estas discussões em nada teem, nem deixa de ter haver nem com posições minhas de mercado nem com os mercados no imediato. A médio prazo vejo todos os mínimos batidos em todos os mercados financeiros do mundo sem excepção. No dia de hoje os mínimos podem estar feitos....haver vamos. heheh

I am not a beliver...
Ming:

Bom, na minha opinião não há grande condições para um crash bolsista ou para uma catastrofe económica rápida.

O que há é condições para uma descida dos indices consistente que os leve a valores bem inferiores aos mínimos atingidos no pós-bolha das TMT.

E a razão para essa descida é a subida das taxas.
A subida de taxas faz com que uma acção antes considerada correctamente "preçada" pelo mercado comece a parecer cara, e força a um reajuste geral (em baixa) dos PERs aceitáveis.

Se (pela primeira vez em já muitos anos) começar a haver inflação a sério nos USA, e as taxas de juro tiverem de atingir valores de, digamos, 6 ou 7%, iremos ver os mercados a perder uma fração significativa das valorizações actuais.

E depois, há dois problemas adicionais, mas que nunca justificam um "rebentamento" económico súbito:
1.
A bolha de crédito, que quando começar a esvaziar vai provocar um menor crescimento ou mesmo uma retracção económica (cuja intensidade dependerá de o FED conseguir esvaziar essa bolha de uma forma suave ou de permitir um esvaziamento mais rápido).
2.
O Peak Oil, que irá inevitavelmente provocar uma forte depressão, mas que ainda não está a dar mais do que uns vagos sinais percursores.

Em qualquer caso uma coisa me parece segura:
Quaisquer problemas que os USA tenham, a velha europa terá tambem, e em pior escala.
(Basta imaginar o que aconteceria às economias socialistas super-debilitadas da Alemanha ou da França se de repente os USA fossem forçados a ter um deficit comercial nulo... :roll: )

I am not a beliver...
Bzz:

É preocupante ...  :(
 
I am not a beliver...
Anonymous:

...eu acho uma queda lenta bem mais prejudicial. Qt a crashes não são previsíveis...mas são bons para limparem os excessos,  é essa a lição da historia.  Infelizmente estou inclinado a concordar com o ming qt a nao haver crash.

    A sua opinião dos novos mínimos como prováveis peca apenas por tardia, visto que se sabia há muito que os juros teriam que subir....pelo menos no curto prazo.


     Na europa pode ser pior, a questão é até onde se desvalorizará o $, isso será determinante em minha opinião. As alavancagens na europa por parte das empresas é menor pelo que o risco de falencia na europa é menor. Sendo a economia americana mais eficiente anula este último argumento.  O melhor é estar atento mesmo, quer se invista nos eua ou na europa e tentar investir pelo valor , á imagem do que o Ming e penso o incognitus faz. The buffet way!


     abraço Ming e bom final de semana

I am not a beliver...
Incognitus:

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As alavancagens na europa por parte das empresas é menor


Não tenho aqui dados, mas parece-me que em média a alavancagem das empresas nos EUA é menor do que na Europa, a dos consumidores é que é maior. Na europa é raríssimo existirem empresas com net cash, nos EUA é relativamente comum.

I am not a beliver...
Anonymous:

...a informação que tenho é genérica, pelo que aceito quem falar com certeza dos factos. Mas tinha ideia contrária, provavelmente errada...


       Pelo que admito que estejas correcto incognitus (A minha área é mais técnica, embora de vez em quando ainda me debruce sobre o estudo fundamental de um ou outro activo, mas já vai sendo raro).


   Bom trabalho aos value investors...veem aí saldos!!

I am not a beliver...
Ming:

Citar

A sua opinião dos novos mínimos como prováveis peca apenas por tardia, visto que se sabia há muito que os juros teriam que subir....pelo menos no curto prazo.

Bom, duvido que peque por tardia: há anos que venho a defender isto...

Quanto aos dados sobre a alavancagem das empresas nos USA e na Europa: esses dados aparecem no meu artigo final sobre porquê investir nos USA...
(E já agora: Essa série de artigos continua a espelhar a 100% o que eu penso sobre o assunto...)

I am not a beliver...
Incognitus:

Citar

Aliás, esta diferença é compensada pela taxa de endividamento das empresas, que é 67.5% do PIB nos USA e de 78.9% na Zona Euro.



Do artigo em questão. Era o que eu suspeitava mas não possuía aqui números, embora empiricamente se veja que as americanas parecem de facto menos endividadas (com raras excepções "monstruosas" do outro lado, claro).

I am not a beliver...
maisum:

Citação de: "maisum"

Scuba, eu hoje acredito que teremos correcções (as denominadas saudáveis) e não catástrofes. Uma correcção mais violenta quando muito levaria os índices até valores  próximos de Março/2003. Os topos e fundos serão definidos ainda por valores médios dos fundamentais tais como Market Yield, Price/Dividend ratio e Price/Earnings ratio que conjugados são um dos indicadores mais fiáveis para o efeito. Qualquer coisa similar ao que se passou nas décadas de 60 e 70 embora hoje com muitos mais riscos do que naqueles anos. Mas não excluo nenhuma das hipóteses. Digamos que para uma catástrofe atribuo uma percentagem inferior a 10%, talvez até abaixo de 5%...

Gostava que o pessoal se pronuncia-se sobre o assunto e sobre os nºs actuais nomeadamente o Incognitus e o Ming que são especialistas na matéria (mais logo pois daqui a pouco vão sair os inventários do crude, eheh).


If Dividends Don't Lie, What Are They Saying Now?
Three Important Conclusions

What do dividends imply for the stock market outlook? To be sure, dividend yields themselves are hardly much more attractive than they were. Yields still remain far below the averages of the past 50, 20 and even 10 years.

But as outlined, what's more noteworthy is that dividend payments remain unsustainably high relative to national income. That has negative implications for future profit potential.

Recent dividend trends also counsel one additional insight. A corporate earnings downturn is likely before the end of 2006. That reality is still not fully reflected in current stock market levels. While it may take some time for markets to recognize this - after all, current earnings reports are still seen as robust - it argues for a cautious stance on equity market allocation in our managed portfolios.

Don't blame us. We didn't say it. "Dividends don't lie."

http://www.safehaven.com/article-2998.htm

I am not a beliver...
Ming:

Bom, e a subida das taxas de juro deve levar os investidores a exigirem uma melhor remuneração dos investimentos em acções (ou seja do dividend yield) para se manterem satisfeitos.
(E como não conseguem garantir a subida do DY através de resultados mais elevados das empresas, tem que a conseguir através de só comprarem/manterem acções que estejam a preços mais baixos...)

I am not a beliver...
Incognitus:

Não tenho aqui dados concretos, mas muitas empresas Europeias surpreendem pelo outro lado ... por terem DY relativamente elevados.

I am not a beliver...
Ming:

Citar

Não tenho aqui dados concretos, mas muitas empresas Europeias surpreendem pelo outro lado ... por terem DY relativamente elevados.

Mas isso devem ser os dividendos de 2004, baseados nos resultados de um ano que foi bastante bom para muitas das maiores empresas.

Será que neste primeiro trimentre estão a ter resultados tão bons?
Em Portugal as dificuldades gerais da economia estão a provocar uma redução dos lucros das maiores, não?
(Ou pelo menos a limitar volumes de negócios, etc., como no caso da Brisa.)

I am not a beliver...
Incognitus:

As que me espantam mais estão em sectores "estáveis", como utilities ou telecoms, pelo que os DY são tamb+em estáveis ou mesmo com possibilidades de crescimento.

I am not a beliver...
Mystery:

Mais uma acha para a fogueira relativamente à alavangem dos consumidores americanos... O peso da habitação no património das famílias nos EUA é do mais baixo do mundo, cerca de 30%. Para se ter uma ideia, na Austrália representa 60%, no Reino Unido 44%... Por isso a alavacagem do consumidor tem um efeito maior via taxa de poupaça do que do consumo.Comum a todos estes países é o facto da redução de liquidez provocada pelas quedas dos mercados accionistas nos ultimos anos ter sido compensada pela valorização do mercado imobiliário...

I am not a beliver...
maisum:

Recupero este tópico sobre o assunto derivados que me parece cada vez mais importante no futuro desfecho da conjuntura económica mundial mais globalizada do que nunca e com bolhas a crescer por todo o lado... e acrescento o artigo que se segue do qual destaco a citação abaixo

http://wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=1054&language=portuguese&specialId=
Citar

Embora a situação da Delphi coloque à prova a resistência do mercado de derivativos de crédito, Rosen argumenta que o sistema, na verdade, tornou-se mais vigoroso nos últimos anos. Não há alavancagem excessiva como na época do colapso da Enron; além disso, os negociantes possuem sistemas mais bem elaborados para monitorar o valor da garantia sobre a qual se baseiam os preços dos derivativos de crédito.
 
Herring, porém, ressalta que se trata de um mercado muito opaco, uma vez que os derivativos de crédito não são negociados em um mercado centralizado, como as ações. Ninguém sabe ao certo, portanto, em que ponto o empreendimento se torna arriscado
 
Sob alguns aspectos, os derivativos se parecem com uma partida equilibrada: não se produz e nem se elimina o risco; ele passa simplesmente de um agente para o outro. Contudo, embora o nível geral de risco permaneça o mesmo, os derivativos permitem que ele se concentre nas mãos de participantes dispostos a trabalhar com vários deles na esperança de obter lucros em grande escala. É por esse motivo que os derivativos de crédito tornaram-se tão populares no segmento de fundos de hedge.
 
Esses investidores arriscam-se explicitamente, e ninguém se importa muito com os prejuízos de alguns deles. Contudo, o efeito cascata acaba levando de roldão os inocentes também. Essa era a grande preocupação no momento em que as apostas no Long-Term Capital Management foram por água abaixo.
 
De acordo com Ramaswamy, é pouco provável que as dificuldades associadas a uma única empresa, como é o caso da Delphi, transbordem para mercados maiores; contudo, seria preocupante se muitas empresas começassem a ter problemas mais sérios. Rosen observou que há muito material inflamável no chão seco da floresta — isto é, há uma enorme emissão de títulos de dívida de risco alto e de rating baixo. “Ninguém deve se surpreender se as  taxas de inadimplência começarem a disparar nos próximos 18 meses”, disse.
 
Se isso de fato acontecer, poderemos avaliar mais facilmente se os derivativos de créditos estão tornando o mundo um lugar melhor — ou mais perigoso.




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Pedido de ajuda - pergunta ...

Pedido de ajuda - pergunta ...
Anonymous
Autor « em: 2005-04-05 11:27:44 »

Alguém conhece algum ETF (ou outra coisa cotada desde que não sejam futuros ou opções) que siga de perto os preços de commodities como o trigo, milho, etc?

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Viana
« Responder #1 em: 2005-04-05 15:48:22 »

Symbol   Name   Trend   Signal   RS vs
            IYY
DGT   streetTRACKS Dow Jones Global Titans   Pos 12/18/2003   Buy   None X
DIA   Diamonds Trust Series I   Pos 05/02/2003   Buy   Buy X
DSG   streetTRACKS U.S. Small Cap Growth   Pos 06/06/2003   Buy   Sell X
DSV   streetTRACKS U.S. Small Cap Value   Pos 05/12/2003   Buy   Buy X
.
(ver + no post original)

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Viana
« Responder #2 em: 2005-04-05 15:53:01 »

ETF Sector Manager Agresive

Sector   ETF   Price   Yield   DJ Total Market Index Weight   DWA Suggested Weight   Advisor Weight
iShares S&P Smallcap 600 Index   IJR   159.08   0.92   0.000   10.00   
iShares Dow Jones Transportation   IYT   66.48   0.55   0.000   0.00   
US Dow Jones Basic Materials   IYM   50.80   1.44   3.070   6.00   
.
(ver + no post original)

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Viana
« Responder #3 em: 2005-04-05 15:57:24 »

Tendencia do Sector

BPAERO   Aerospace Airline   Bear Alert 60-
BPAUTO   Autos & Parts   Bull Correction 50-
BPBANK   Banks   Bull Confirmed 70-
BPBIOM   Biomedics/Genetics   Bear Confirmed 30-
.
(ver + no post original)

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Viana
« Responder #4 em: 2005-04-05 15:59:13 »

Historicamente a Bell Curve sempre bateu o mercado.

050405Bell-curve
Bell curve (visto 1988 vezes)

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Ming
« Responder #5 em: 2005-04-05 16:17:53 »

Viana:

Isso é uma lista dos ETFs, não?
Mas não responde à pergunta, acho eu...

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Viana
« Responder #6 em: 2005-04-05 16:22:20 »

Sao todos os ETFs considerados mais importantes. Nao existe nenhum do Milho ou trigo, so mesmo em futuros ou opcoes.

Pedido de ajuda - pergunta ...
Mystery
« Responder #7 em: 2005-04-05 17:15:50 »

Existe uma série de fundos que procuram replicar os preços das commodities, os mais interessantes talvez sejam o Roger's Commodity Fund (originalmente criado pelo famoso Jim Rogers) ou o fundo da Pimco dedicado ao sector (www.pimco.com).

Em termos de ETF's o mais proximo que existe é um cabaz de acções ligadas ao sector de recursos básicos, mas a correlação do mesmo com o mercado accionista é bastante elevada. Neste caso deve evitar produtos com ligações aos mercados accionistas.

Se for um investidor com algum capital para investir (>250.000) contacte-me para indicação de algumas alternativas interessantes em termos de produtos derivados OTC, sobre commodities específicas ou cabazes.

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maisum
« Responder #8 em: 2005-04-05 17:50:28 »

Citação de: "Mystery"
Se for um investidor com algum capital para investir (>250.000) contacte-me para indicação de algumas alternativas interessantes em termos de produtos derivados OTC, sobre commodities específicas ou cabazes.

Que coisa mais "ridícula" oh Mystery. Então um indivíduo com + de 250.000 para investir iria procurar num ilustre misterioso desconhecido a solução para o seu $.

Já agora, quando puderes dá uma resposta há questão que ficou em aberto lá para trás.

Abraço

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Incognitus
« Responder #9 em: 2005-04-05 18:30:57 »

Citar
Que coisa mais "ridícula" oh Mystery. Então um indivíduo com + de 250.000 para investir iria procurar num ilustre misterioso desconhecido a solução para o seu $.

Já agora, quando puderes dá uma resposta há questão que ficou em aberto lá para trás.

Obviamente, maisum, ele trabalha no ramo (de gestão de carteiras/fundos) tal como eu, de resto, daí a frase. Todos são ilustres misteriosos/desconhecidos até se darem a conhecer (bem como a instituição que representam).

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maisum
« Responder #10 em: 2005-04-05 18:48:29 »

Sim eu até imaginei isso e não é por aí que a coisa está mal. O que se passa é que eu acho ofensivo o termo "rídiculo" e era escusado o Mistery lá porque entende que sabe mais que os outros ...

Agora eu acho é que ninguém gosta do termo mesmo quando não é dirigido á sua pessoa quanto mais se o for. Por certo ele tb não terá gostado...

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Anonymous
« Responder #11 em: 2005-04-05 19:06:14 »

Mystery:
Agradeço as informações.
Vou tentar saber mais sobre esses dois fundos.
Neste momento ainda não tenho $250 k para investir nestas coisas.
(Talvez dentro de uns tempos, com sorte... :wink: )

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Incognitus
« Responder #12 em: 2005-04-05 19:18:59 »

Compreendo, maisum. Também concordo que são palavras despropositadas, e devíamos tanto quanto possível tratar-mo-nos todos bem uns aos outros, como amigos, mesmo que por vezes o stress do mercado nos afecte um pouco.

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Mystery
« Responder #13 em: 2005-04-06 11:07:47 »

Sem querer entrar em discussões pessoais, mantenho todas as palavras que disse. São-me indiferentes os comentários, até porque provavelmente muito do que digo pode não fazer sentido, uma vez que neste fórum há muitas pessoas com curvas de aprendizagem diferentes - acima ou abaixo da minha. Esta é a minha forma de comentar as coisas, e se não gostam têm duas opções: 1) não leêm 2) pedem ao administrador do fórum para mudar a mensagem para off-topic.

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maisum
« Responder #14 em: 2005-04-06 12:26:46 »

Citar
Quanto ao petróleo, acho a afirmação que faz simplesmente ridicula.

http://www.thinkfn.com/forum/viewtopic.php?p=9590#9590

Bem, então parece que quando o senhor entende que a sua curva de aprendizagem está a um nível superior pode-se dar ao direito de ridicularizar os outros. Sim senhor, muito bem. Contudo a verdade para mim é que o Mystery meteu o pé em ramo verde e parece que realmente não percebe do assunto pois nem resposta teve após uma confrontação com toda a sua sabedoria. Enfim, ainda vai a tempo de dar a resposta pedida e explicar o movimento do Open Interest nos futuros do crude para onde, muito provavelmente, não tinha pensado que os outros pudessem olhar.

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Mystery
« Responder #15 em: 2005-04-06 13:31:02 »

maisum: “A 3ª bolha estará aí no desenfreado crescimento do mercado de fundos de alto risco (hedge funds) os tais que, entre outras habilidades, aceleraram / puseram o petróleo na casa dos 50/ 60 dólares (digo eu mas posso estar enganado).”

A melhor forma de responder à afirmação que faz é perguntar-lhe como consegue deduzir a partir dos nºs do open interest que foram os hedge funds a puxar pelo preço do petróleo? A % de hedge funds que investe em commodities é extremamente baixa (e o incognitus corrigiu – e bem que esse valor deve cifrar-se BEM ABAIXO dos 5%), e estamos claramente numa situação de especulação semelhante à vivida com os títulos de internet em meados de 2000. Volto a frisar que até em Portugal há turbo-warrants sobre o petróleo! Hedge funds, prop traders, investidores particulares, estão lá todos... Dizer que são os hedge funds faz-me lembrar aqueles jornalistas que para cada movimento do mercado têm de encontrar uma razão fundamental (em Portugal gosto especialmente daquela que fala em institucionais a entrarem ou a saírem do mercado...)

Por outro lado não vejo qual é o aspecto negativo do “crescimento desenfreado dos hedge funds”. Estes são tudo menos uma classe homogénea de “activos” pois debaixo desta marca está uma panóplia de estratégias de investimento tão exóticas e tão dispares que é possível construir carteiras praticamente sem risco de mercado... Será que estratégias de investimento que procurem preservar o capital e obter retornos absolutos recorrendo a níveis mínimos de risco podem ser comparadas com especulação pura, euforias com o preço do petróleo, internet stocks e bolbos de túlipas?

Se alguém sente que está a ser ridicularizado é favor de pedir ao administrador do forum para passar esta msg para off-topic.

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Incognitus
« Responder #16 em: 2005-04-06 13:46:01 »

É apenas um desentendimento. Não vale a pena chatearem-se. Até eu, quando me refiro a "hedge funds" falo de especuladores com dimensão, e não necessariamente da classe de "hedge funds" extremamente heterogenea, com estratégias que vão da arbitragem pura à especulação mais maluca e alavancada.

O crescimento do complexo de hedge funds naturalmente tb implica o crescimento do dinheiro especulativo que acaba nas mãos dos hedges especulativos a que praticamente toda a gente se refere quando diz "hedge funds" (esquecendo que muitos, a maioria, são relativamente pouco especulativos).

No meio disto tudo o que importa é que uma parte substancial do movimento do petróleo está, no curto prazo, a ser ditado por dinheiro especulativo que era alheio a este mercado até há pouco tempo atrás (1-2 anos).

De resto, como em praticamente todas as especulações, existe uma razão de fundo, fundamental, que leva à especulação.

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maisum
« Responder #17 em: 2005-04-06 13:57:43 »

Mystery nem sei que lhe diga. Então eu não posso supor que os hedge funds (grandes especuladores) estão muito envolvidos nos actuais preços do crude mas Sua Exa. pode afirmar o contrário. Sim Sr.

Olhe, a minha leitura do mercado é anterior a esta opinião da Goldman Sachs que passo a citar

Citar
First, its analysis suggests that hedge funds have had nothing to do with rising oil prices, only contributing 'day-to-day trading noise.' Oil is up, and will stay up, Goldman said, because of often-cited geopolitical turmoil.

http://www.safehaven.com/article-2835.htm

Ora, quando esses indivíduos vêm dizer uma coisa dessas quer dizer que a minha opinião não tem nada de "ridículo" e muito possivelmente está até correcta. E fiquei a saber que realmente nem ainda agora percebeu o que se passa no Open Interest dos futuros do crude. E digo-lhe mais, os anos que eu já levo de negociação em mercados de futuros devem ser mais do que os que o Sr. passou depois que deixou a casa de seus pais, se é que já deixou, e não vou perder mais tempo com esta conversa. Passe como quiser e se possível bem ao largo.

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Mystery
« Responder #18 em: 2005-04-06 14:32:54 »

Como em tudo na vida, duas pessoas podem ter opinioes totalmente opostas olhando exactamente para a mesma coisa (deve ser por isso que há sempre um comprador e um vendedor em cada negócio de bolsa :mrgreen: ):

a) maisum: "fundos de alto risco (hedge funds) os tais que, entre outras habilidades, aceleraram / puseram o petróleo na casa dos 50/ 60 dólares"

b) Goldman Sachs: "its analysis suggests that hedge funds have had nothing to do with rising oil prices"

Ponderando a) + b) o maisum conclui/reforça que sua opinião não tem nada de "ridículo" e muito possivelmente está até correcta. Sem mais comentários...

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Incognitus
« Responder #19 em: 2005-04-06 14:44:55 »

Citar
Ponderando a) + b) o maisum conclui/reforça que sua opinião não tem nada de "ridículo" e muito possivelmente está até correcta. Sem mais comentários...

A GS é porventura o MAIOR especulador no mercado do petróleo. Por "hedge funds" penso que todos querem dizer "especuladores com dimensão", e nesse caso a GS classificar-se-ia como um (apesar de não ser um "hedge fund").

Nenhum grande especulador quereria, alguma vez, concluir que o petróleo se inflacionou devido a especulação, ainda que os números do COT (commitment of traders) mostrem isso mesmo. Logo, seria de esperar precisamente o que a GS disse, mesmo que a realidade fosse o contrário.

Em todo o caso, existe um motivo válido para a especulação, esta apenas leva as coisas longe demais, ainda que na direcção correcta.

Tentem deixar-se de picardias. Entendam-se. Estamos aqui para colaborar, não para arranjar inimigos.

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maisum
« Responder #20 em: 2005-04-06 15:38:32 »

Eu, após me ter sentido insultado pedi explicações que não recebi (costuma dizer-se que quem não se sente...) e assim após apresentar suficientes argumentos em minha defesa dou por encerrado o caso. E pela parte que me toca no assunto, peço desculpa a todos e muito especialmente aos administradores do fórum pelo tempo que já se perdeu com este “barulho” que eu não desejo alimentar mais.

Abraço a todos





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Bolha mundial de liquidez

Bolha mundial de liquidez
Ming
Ming
Autor « em: 2005-03-24 11:40:15 »

Citar
Bubbles Abound In a World of Ready Cash

By Steven Pearlstein
Wednesday, March 23, 2005; Page E01

Welcome to the Bubble Economy, 2005.

There's the housing bubble and the commercial office space bubble. There's the bond-market bubble and its two progeny, the junk-market bubble and the emerging-market-debt bubble. That $2.50-a-gallon price you see at the pump has all the markings of an oil bubble. And the premiums being paid for all those corporate mergers and acquisitions is a pretty good indication of a stock-market bubble.

In fact, nearly every asset market you can think of is showing signs of bubblelike behavior. The reason is pretty clear: The global economy is awash in free cash.

"There is an excess of liquidity around, and it is proving very hard to get rid of it," said John Makin of the American Enterprise Institute, using the term preferred by economists.

"The possibility of a liquidity bubble around the world concerns me," Citigroup Chairman Charles Prince told the Financial Times last week.

To some degree, this excess liquidity is what you'd expect as a giant baby boom generation reaches its peak earnings years and begins to save more for retirement.

And surely a good part of the story is the stimulative monetary policies of central banks around the world for most of the period since the Asian financial crisis in 1998. The Bank of Japan has been pumping out cheap money for years in an effort to revive the Japanese economy and slay the deflation dragon. In the United States, the short-term interest rates that the Federal Reserve controls have been below the inflation rate for more than three years.

The biggest culprit of all, however, may by the central bank of China, which, to prevent the appreciation of the Chinese currency, has had its printing presses working overtime to churn out the yuans needed to buy all those dollars earned through exports.

Fed Maestro Alan Greenspan has argued that nobody can really identify a financial bubble until after it has popped, which was one reason the Fed did little to try to prick the stock market bubble in the late 1990s. That sophistry was exposed last month when transcripts of Fed meetings from 1999 were released showing that Fed officials, including Greenspan, were quite aware that they were dealing with a bubble of immense proportions. And it is now belied, as it was then, by any number of objective indicators of the widening gap between the economic and market value of various assets.

Ray Torto, an old friend and real estate guru, has a report out showing how the gap between the monthly out-of-pocket cost of buying a home vs. renting it has been widening at an accelerating pace. Nationally, the gap is now 8 percent, while in hot markets like San Diego and San Francisco it is more than 50 percent. In Washington, it's 41 percent more expensive to own than to rent.

The house market is so hot, there is even the equivalent of day traders. Makin reports that during his drive in from the Key West airport recently, all the driver would talk about was the million-dollar condos that were flipped several times before construction was even completed. Five years ago, the talk was all about Nasdaq.

David Berson, the chief economist at Fannie Mae, takes note of the sharp increase in the number of homes being purchased solely for investment purposes -- up to 30 percent in some markets, by his reckoning. One study by the National Association of Realtors estimated that 23 percent of homes in 2004 were purchased primarily for investment.

The downtown office-building market is also red hot, despite the fact that, nationally, there has been little increase in net rents. Torto said most of the price escalation can be explained only by an expectation that price appreciation will continue at its current pace.

Phil Verleger, the energy expert, brings a similar analysis to the recent run-up in oil prices, which he said is being driven less by fundamentals (supply, demand and the cost of replacing reserves) than it is by the upward pull of futures markets. He said OPEC and its silent partners, the major oil companies, know that they earn the highest profit when oil inventories are lean, and the best way to keep them lean is to keep spot prices higher than futures prices. Now that every hedge fund and college endowment is in the futures market placing bets on higher prices over the next year, spot prices are following suit.

The current bond-market bubble was attested to by no less an authority than Greenspan, when he admitted he was puzzled by long-term interest rates that have failed to respond to the 1.75-percentage-point increase in short rates engineered by the Fed. Greenspan called it a "conundrum." I call it a speculative market driven by irrational exuberance and herd behavior.

A similar story is told by narrowing "spreads" on riskier bonds -- the interest-rate premium that borrowers have to pay over "risk-free" U.S. Treasury bonds. On the junk-bond market, spreads are near historic lows, with many new issues oversubscribed. In the market for emerging-market bonds, spreads that peaked at more than 10 percentage points at the time of the Argentine debt crisis in late 2001 fell to a low of 3.3 percentage points earlier this month.

It is more of a stretch to argue that stock prices have again entered bubble territory. Certainly as a multiple of earnings, today's prices are only slightly above historic averages. But there is a strong sense of deja vu in seeing banks and Wall Street investment houses tripping over one another to provide gobs of money on easy terms to companies and private equity funds engaged in bidding wars for telecom and software firms. And I assign some significance to the fact that Warren Buffett, who correctly identified the last bubble, now has $43 billion sitting in the bank, unable to find acquisitions to make at reasonable prices.

The tendency among economists has been to assume that bubbles happen only when there is too much cheap money around and that responsibility for controlling the money supply and containing bubbles rests with the Fed and other central banks. Adam Posen of the Institute of International Economics did a nice job of knocking down such outdated monetarism in a short, pithy article in a German newspaper last week.

But Posen -- like the Greenspan Fed -- also makes a mistake in concluding from that observation that policymakers need not worry about asset bubbles, largely because they have little long-run impact on what economists call "the real economy." That may once have been true. But this is a world in which billions of dollars earned by Chinese exporters can be recycled into Fannie Mae bonds, lowering U.S. mortgage rates enough to give a couple in Rockville the wherewithal to spend an extra $50,000 for their dream house. It's also a world in which billions of extra petrodollars now quickly make their way into hedge funds and real estate investment trusts that are bidding up the prices of satellite companies, Manhattan real estate and Treasury bonds. In such a world, the old distinctions between financial markets and the "real economy" quickly blur.

I don't know whether this means the Fed was right or wrong this week in not raising interest rates more than a quarter of a point and in sticking to its promise of "measured" increases in the future. What I do know, however, is that it is silly for the Fed to continue to ignore the condition of asset and currency markets when making such decisions and explaining them to the public.

Steve Pearlstein will lead an online discussion at 11 a.m. tomorrow at washingtonpost.com. Pearlstein can be reached at pearlsteins@washpost.com.


Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #1 em: 2005-03-24 11:42:38 »

Sem dúvida, aliás, quando falaste dele no tópico do petróleo já eu, por coincidência, o estava a ler.

É um artigo muito bom mesmo.

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #2 em: 2005-03-24 11:44:45 »

Mas como irá o sistema eliminar a liquidez?

Uma desvalorização mundial do papel-moeda, via inflacção, é algo assustador para quem detem muito papel-moeda no curso dos seus investimentos. Por outro lado, as "bolhas" são isso mesmo - desvalorização do papel moeda face a determinados activos. Resta saber se se vai alargar a tudo.

O facto de até já as linhas aéreas estarem a conseguir subir os preços (3X nas últimas 3-4 semanas nos EUA), é capaz de ser significativo.

Bolha mundial de liquidez
Ming
« Responder #3 em: 2005-03-24 11:54:28 »

Sim, provavelmente um surto importante de inflação será inevitável...

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #4 em: 2005-03-24 11:59:22 »

Agora, já com medo da inflação, estou a ler o Stephen Roach, e estou a ficar com medo de um colapso ou do dólar, ou do consumo norte-americano ... eheh

http://www.morganstanley.com/GEFdata/digests/20050318-fri.html#anchor0

Bolha mundial de liquidez
Gracindo
« Responder #5 em: 2005-03-24 13:13:04 »

É importante saber em que mãos está o excesso de liquidez. Pelo que tenho lido, as familias ,estão extremamente endividadas e com falta de liquidez
Se existe esse excesso ele está nas mãos dos bancos e das empresas. As empresas tenderão a aplicá-lo em novos investimentos e os bancos em novos empréstimos.

Não vejo que possa vir daí graves complemas em termos de descontrolo.

Não sei se estou a ver bem as coisas. Agradecia algum comentário se fosse possível

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #6 em: 2005-03-24 13:16:35 »

Muito do excesso de liquidez está nas mãos de familías ... fora dos EUA. As taxas de poupança por esse mundo fora são, regra geral, elevadas.

As empresas nos EUA tb estão bastante bem.

Bolha mundial de liquidez
Ming
« Responder #7 em: 2005-03-24 13:26:03 »

Gracindo:
O excesso de liquidez gera inflação.
Todos os bancos contrais analisam as quantidades de liquidez das economias segundo diferentes critérios (por exemplo, o BCE dá muita atenção aos "agregados" Mx) para tomarem decisões de variação das taxas de juro.
A leitura completa do artigo acima já dá uma boa ajuda para compreender os problemas associados ao excesso de liquidez...

Bolha mundial de liquidez
Gracindo
« Responder #8 em: 2005-03-24 13:36:34 »

Sendo assim isto só pode resultar num bum, ou nas bolsas ou no imobiliário.

Como o imobiliário, dizem os entendidos, ainda está em bolha

Só podem ser as bolsas a absorver esse excesso.Poderemos assistir a um enorme movimento de concentração de empresas com compras por todos os lados!

A Oracle já deu o pontapé de saida e está muito compradora. A Microsoft também dizem que está em vias de grandes investimentos.

Em relação às familias que dispôem de liquidez fora da América vão realizar o grande sonho do FED: trazer os capitais para a América.Todos os movimentos do dólar vão nesse sentido.

 Esta politica americana não é obra do acaso, faz parte de um grande plano que foi estudado por muita gente e já há bastante tempo. A sua execução começou há dois anos e vai continuar até os fluxos de capitais serem canalizados para os USA e tudo entrará em forte alta aproveitando os mercados globalizados.As bolsas e o dólar irão subir fortemente. É claro que isto é o plano e há sempre contras. Vamos ver  o que se vai seguir mas tenho como certo que não é o petróleo a 50 dólares que o vai inviabilizar, aliás, ele faz parte do plano

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #9 em: 2005-03-24 13:38:35 »

Eu não teria tanta certeza. A correcção dos desequilíbrios que existem neste momento só parece ter uma solução duradoura no diminuir do consumo dos norte-americanos.

Bolha mundial de liquidez
Fogueiro
« Responder #10 em: 2005-03-24 14:46:21 »

Sim, e Mr Green sabe isso.

Mas afinal, o que disse o FED?

Citar
2 de Fevereiro: The committee perceives the upside and downside risks to the attainment of both sustainable growth and price stability for the next few quarters to be roughly equal.
22 de Março: The committee perceives that, with appropriate monetary policy action, the upside and downside risks to the attainment of both sustainable growth and price stability should be keep roughly equal.

Em Fev o FED disse que os riscos de inflação eram, por natureza, baixos. Anteontem disse que têm de ser mantidos baixos = ao FED tomar medidas.

Citar
2 de Fevereiro: With underlying inflation expected to be relatively low, the committee believes that policy accommodation can be removed at a pace that is likely to be measured.
22 de Março: With underlying inflation expected to be contained, the committee believes that policy accommodation can be removed at a pace that is likely to be measured.

Relativamente baixa não é contida. O FED já não considera a inflação baixa: o que nos diz é que é necessário tomar medidas para manter a inflação contida (ou controlada, como diria o FED se fosse português).

Parece clara a mensagem: os juros vão ter de subir mais do que nós pensávamos há mês e meio.

Bolha mundial de liquidez
Gracindo
« Responder #11 em: 2005-03-24 14:52:23 »

Caro Ming

Sem recorrer a termos técnico/ económicos que não domino mas apenas ao sentimento comum, considero como adquirido que o excesso de liquidez gera inflação.

No entanto com os mercados globalizados, essa inflação pode ser sentida em países que nada têm a ver com isso.

vejamos

Os Americanos já há anos que estão a emitir papel moeda em demasia e não foi por aí que a inflação subiu lá. Segundo dizem é o preço do petróleo que,como é natural, está a provocar a inflação.

 No meu entender o excesso de moeda não provocou inflação porque foi absorvido por outros países. Teria sido o contrário se não houvesse terceiros a comprar o papel. O problema pode residir se outros países cairem na tentação de fazer o mesmo que os americanos ;emitirem papel para desvalorizar as suas moedas para garantirem melhores preços de exportação. Está neste caso o Japão. Nesta situação, muitos países serão afectados por uma espiral inflacionista, embora uns mais do que outros o que pode originar um desiquilibrio que afectará todo o sistema globalizado.

Mas aí, se o excesso de papel tem em vista o aumento das exportações, em especial para a américa, significa que esta está a crescer e o seu consumo absorve as exportações.

Incógnitus

Se o consumo Americano cair fortemente , acaba o bum dos mercados e a redução do déficit americano foi pior que a emenda. Penso que esta é que é a situação perigosa. À custa do mercado americano vivem muitos países e os USA sabem disso, por isso desenvolveram esta politica económica

Bolha mundial de liquidez
Gracindo
« Responder #12 em: 2005-03-24 17:12:07 »

Vendas de casas novas nos USA sobem 9,4% em fevereiro. O maior aumento em mais de 4 anos!

É sempre a abrir!

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #13 em: 2005-03-24 17:35:14 »

Citação de: "Gracindo"
Vendas de casas novas nos USA sobem 9,4% em fevereiro. O maior aumento em mais de 4 anos!

É sempre a abrir!

O Gracindo quer mesmo dizer que vai ser sempre a abrir :?: Não acredita que mais tarde ou mais cedo todas as bolhas acabam da mesma maneira :?:  Eu quando cheguei a este meio dos mercados já muitos cá andavam antes e para dizer a verdade sou um aprendiz de feiticeiro, por isso ainda haverá muita coisa que me deixará de boca aberta, mas uma bolha é uma bolha. Não concorda?

Abraço

Bolha mundial de liquidez
Gracindo
« Responder #14 em: 2005-03-24 19:39:51 »

Caro maisum

Concordo e não concordo!

Explicando melhor, a bolha do imobiliário não é igual ás bolhas que estamos acostumados a falar nas bolsas. Ninguém desata a vender as casas ou terrenos ao mesmo tempo e no mesmo dia, como acontece  com alguns activos bolsistas. A subida do imobiliário é continua e só grandes crises o deitam abaixo, porque tem incorporado o factor mão de obra , localização  e materiais  que cada vez estão mais caros. Pode estagnar algum tempo devido a excesso de oferta como acontece neste momento em Portugal mas , só em casos de guerra ou semelhantes caem a valer,por ausência de compradores e pressa de quem quer vender. A grande parte do imobiliário é de particulares mas só quando pagarem aos bancos e ,estes ,em caso de incumprimento, não vão a correr vender ao desbarato e os que estão pagos ,seus donos, querem ganhar.
Repara que para vender um andar é preciso muitas voltas e muitas despesas...escrituras, registos, mais valias...etc.

Se as bolsas cobrassem  pela venda/compra de acções o mesmo que cobram no imobiliário NÃO HAVIA CRASH BOLSISTAS ou eram de reduzida dimensão, porque ninguém queria vender a perder para comprar mais barato. Este é o grande "alimento" dos crashs :vender a perder na esperança de compar mais barato.Ou seja, para haver negócio nos intermediários financeiros arranjaram este sistema "levezinho" que leva o pagode a andar num festival de compras e vendas.

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #15 em: 2005-03-24 20:04:02 »

Caro Gracindo

"Concordo e não concordo" :wink:

Diria então que a correcção de uma bolha imobiliária terá forçosamente um fim o que não quer dizer que terá obrigatoriamente um fim drástico e dramático podendo esse fim ser suavizado por políticas económicas bem delineadas.

Mas (porque raio terá de haver sempre um “mas” intrometido em tudo) e se algum dos vectores fundamentais começar a fugir ao controle dos responsáveis? Na verdade eles não são deuses. Não concorda?

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #16 em: 2005-03-24 20:45:08 »

De facto, nos crashes imobiliários, mais do que a queda repentina dos preços, o que se deve reparar é na queda repentina do número de negócios.

Bolha mundial de liquidez
Gracindo
« Responder #17 em: 2005-03-24 21:00:53 »

Caros Maisum e Incógnitus

Eu ainda só vi em Portugal um crash no imobiliário e já vi vários bolsistas.

O crash que vi no imobiliário foi em 1974 durante a revolução e mesmo esse foi localizado e de pouca duração.

Neste momento o mercado está parado, como disse,por excesso de oferta , o facto é que os preços não descem

É claro que quem tiver um andar em venda e peça um preço que só lhe darão daqui a 2 anos, não está a ganhar nada ,mas isso é normal no imobiliário

Bolha mundial de liquidez
Ming
« Responder #18 em: 2005-03-24 22:49:37 »

Tem havido vários crashs importantes no imobiliário.
O argentino é dos mais radicais e dos mais recentes.
O Japonês foi um dos maiores e mais famosos:
Os bancos acabaram por ficar carregados com activos imobiliários que não valiam o que tinha sido pago anteriormente, e foi o descalabro que se conhece, com falências e fusões no sistema bancário que ainda não limparam a coisa completamente.

Por cá ou nos USA temos uma verdadeira explosão de crédito hipotecário, partindo de taxas baixas.
Isso é que tem evitado um crash: enquanto as taxas estão realmente baixas, as pessoas tem acesso a dinheiro para manter os créditos em dia, e para continuar a aguentar os preços globais do imobiliário.
Um verdadeiro crash dar-se há nas condições do costume:
1.
Subidas das taxas de juro tornam os créditos imcomportáveis para os particulares e empresas.
2.
Crise económica contrai a actividade das empresas, gera desemprego e reduz o rendimento das famílias.
3.
O estado está de tanga: Mais tarde ou mais cedo a continuação do endividamento público (a 4% do PIB por ano!) vai fazer descer o rating da dívida pública, subindo o serviço da dívida e obrigando a uma enorme contracção nos gastos e pagamentos do estado...
4.
De repente conclui-se que não há perspectivas de vender aos preços ideais, nem a prazo de dois anos (  :wink:  ), e então aceita-se finalmente vender a perder.
Depois, isso é uma bola de neve, visto que os preços estão de facto acima do valor justo. (Trata-se de facto de uma bolha, e as bolhas rebentam...)

Em Portugal é inevitável.
Faz sentido é discutir prazos...

Bolha mundial de liquidez
valves
« Responder #19 em: 2005-03-24 22:56:47 »

Boas noites na minha opinião a situação que se vive em Portugal onde o mercado caiu a pique não em preços mas em n.º de negocios apenas teve como consequencia imediata ter parado a construção que  quer se queira quer não é o sangue  o que ainda faz mexer a engrenagem da economia Portuguesa os preços esses não caiem e porque haveriam de cair afinal só quem vive da construção os constructores e os intermediarios é que tem necessidade de venderem casos. Os particulares apenas por motivos de força maior é que se desembaraçam da sua casa não se importando nada de adiar a troca de casa velha por casa nova por mais uns anitos até porque tendo -a comprado já inflaccionada querem tudo menos perder dinheiro que tanto lhes custou para a comprar para alem disso muitas ainda têm um emprestimo num valor bastante superior ao que lhe dariam pela casa em situação de venda ... enfim situações

Cumpts

Vasco

Bolha mundial de liquidez
Ming
« Responder #20 em: 2005-03-24 23:28:00 »

Sobre as bolas do imobiliário, veja-se este artigo fantástico.
Isto rebenta, ou não? :lol:

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #21 em: 2005-03-25 01:02:35 »

Citação de: "Ming"
Sobre as bolas do imobiliário, veja-se este artigo fantástico.
Isto rebenta, ou não? :lol:

Ké dele :?:

Bolha mundial de liquidez
Ming
« Responder #22 em: 2005-03-25 08:19:25 »

Peço desculpa...
Falhou a colocação do link!
Ver primeiro:
http://www.deadlinenews.com/twiceasking.html
E depois a história completa em:
http://realtytimes.com/rtnews/rtcpages/20000221_twice.htm

(Este link tinha sido colocado ontem no forum inglês aqui do Thinkfn, e o artigo já não é muito recente.)

Entretanto foi acrescentado este, tambem muito interessante:
http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2005/03/17/HOMES.TMP

Gracindo...
Anonymous
« Responder #23 em: 2005-03-28 11:23:53 »

....e respondendo apenas á questão do seu comentário sobre o excesso de liquidez e as familias endividadas.

     Ora gracindo é exactamente isso que tambem reflecte e bem o excesso de liquidez. Infelizmente as taxas de poupança  e sem mencionar os EUA(taxa de poupança=o) estão no mundo em níveis preocupantemente baixos.  As familias endividadas são tb o excesso de liquidez, pois ao gastarem o que não teem criou-se moeda de forma simples, aumentando assim a liquidez no sistema, devido ás taxas baixas e há pouca consciencia das pessoas e das instituições .

    Eu há muito que alerto em vários fóruns sobre este problema, e para o problema das várias bolhas que se desenvolveram pelo que a minha opinião é clara qt a virmos a ter uma inflação forte que só será contida pelo rebentar das várias bolhas. Nessa altura passaremos por um periodo de recessão deflacionária que limpará o excesso de liquidez do sistema, criando novas bolsa de poupança e limpando a ineficiencia dos vários mercados através de falências de vária ordem, estados, empresase indíviduos. E isto tudo não vai acontecer em meses....disso podem ter a certeza!

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #24 em: 2005-03-29 10:50:54 »

Even Stephen Roach Has It Wrong

In his latest commentary, Morgan Stanley's Stephen Roach, perhaps the only Wall Street economist who at least partially comprehends the looming economic danger, once again lamented that a "co-dependent global economy can't live without the excess consumption of Americans." This echoes the popular misconception that Americans are some how doing the world a favor by consuming the fruits of their labor...

http://www.safehaven.com/article-2810.htm


Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #25 em: 2005-03-29 11:02:34 »

O problema parece estar em que os americanos já comem muito mais frutos do que os que produzem, pedindo emprestado a diferença...eheh

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #26 em: 2005-03-29 11:20:46 »

Pois. Eles que se ponham mas é a trabalhar para puderem comer tudo o que querem mas á custa deles e não dos outros. Mas a verdade é que não basta querer e as coisas não são assim tão fáceis ...

Bolha mundial de liquidez
Anonymous
« Responder #27 em: 2005-03-29 11:40:03 »

Eles trabalham mais do que quaisquer outros em paises desenvolvidos (por exemplo na Europa), e produzem muito mais, tambem.
O que se passa actualmente é que eles querem consumir ainda mais do que produzem e há quem queira conceder-lhes credito para esse efeito.
É exactamente o que se passa (mas de forma muito mais radical :!: ) em Portugal...

Enquanto continuar a haver quem esteja interessado em consumir mais do que produz e enquanto houver quem quer conceder crédito para isso, é natural que o processo continue como segue neste momento... :roll:

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #28 em: 2005-03-29 11:50:55 »

Sim, concordo que eles sejam produtivos mas a verdade também é que com a globalização eles estão a deslocar grande parte da produção para países de mão de obra mais barata e portanto estão a dar razão ao que se lê no artigo acima ou seja estão os outros a trabalhar ... e os americanos a comer :wink:

Bolha mundial de liquidez
Anonymous
« Responder #29 em: 2005-03-29 12:04:14 »

Bom, isso é o valor de ter capital para investir, e de o investir bem.

Se uma empresa dos USA tem dinheiro para fazer uma fábrica na China, e tem know how para a fazer trabalhar bem, para comercializar os seu produtos com lucro, etc..
E se realmente pega no seu dinheiro e faz isso e tem sucesso glbal, então é natural que tenha lucros, que serão em última análise distribuidos aos seus accionistas.
Se esse accionistas foram americanos (dos USA), porque podem não ser (por exemplo, podem ser Portugueses... :wink: ), então esse americanos estarão a ter rendimentos decorrentes não do trabalhos dos outros (que estão a ser remunerados pelo seu trabalho!) mas do capital e do esforço que investiram!

Isso é a beleza do único sistema económico que até agora provou funcionar no nosso mundo... :wink:

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #30 em: 2005-03-29 12:19:11 »

Sim isso funciona. A globalização a longo prazo tende para equilibrar as regalias e nivel de vida dos cidadãos por esse mundo fora, etc.... Contudo no curto prazo criam-se outros desiquilíbrios, ou seja, o americano comum que não teve voto na matéria no que diz respeito á empresa onda trabalhava ter fechado e ter deslocado as suas instalações para outro país, esse trabalhador vai no curto prazo continuar a consumir e não vai produzir. No médio/longo prazo poderá arranjar outro emprego... mas entretanto vai contribuir para o aumento do défice pois ninguém lhe vai dizer para... não comer :wink:

Bolha mundial de liquidez
Mystery
« Responder #31 em: 2005-03-30 13:29:00 »

Fala-se aqui muito em "excesso de liquidez". Pergunto-me se não estarão confundidos com "excesso de alavancagem". A título de exemplo vejam como estão esticados os spreads de crédito dos mercados emergentes.

Também não consigo perceber como é que se pode falar em excesso de liquidez, se todas as medidas apontam para a sua redução nos últimos meses. Uma redução de liquidez traz em condições normais uma desaceleração da actividade económica, portanto usar o termo excesso como causa de riscos na economia parece-me um raciocinio com pouco fundamento.

Penso que é simples perceber que uma simples desaceleração económica tem um efeito multiplicador nefasto se a economia estiver totalmente alavancada... E bolhas só são bolhas após rebentarem.

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #32 em: 2005-03-30 13:33:28 »

O excesso de liquidez vem de as economias estarem alavancadas. Crédito cria liquidez (moeda).

De resto, é como descreveste, sim, há uma tentativa de controlar a liquidez nos últimos tempos, e em economias alavancadas é perfeitamente possível que a tentativa redunde em exagero (exemplos recentes são o credit squeeze de 1998 e de 2002).

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #33 em: 2005-03-30 13:36:32 »

Esta hipótese ilustra o que Bill Gross tb defendeu num artigo de há alguns meses atrás: que a economia está a percorrer um caminho muito estreito entre inflação descontrolada e deflação descontrolada.

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #34 em: 2005-03-30 14:37:37 »

Ainda acerca do excesso de liquidez. ou alavancagem que é como quem diz “andar com os bois á frente do carro”

O que ajudou á criação desta bolha no imobiliário nos EUA foi a fuga de capitais (alavancados e não só) dos mercados accionistas após o rebentamento da respectiva bolha em 2000 e sobretudo as historicamente muito baixas taxas de juro no combate á subsequente crise económica.


Mas, e como se costuma dizer, um mal nunca vem só e assim de "repente" com a vinda a público das preocupações do Fed no que respeita á inflação temos aí outros exageros como é o caso do mercado de renda fixa, concretamente nas obrigações de alto rendimento e nas de países emergentes.


A 3ª bolha estará aí no desenfreado crescimento do mercado de fundos de alto risco (hedge funds) os tais que, entre outras habilidades, aceleraram / puseram o petróleo na casa dos 50/ 60 dólares (digo eu mas posso estar enganado).


http://www.cincodias.com/articulo.html?d_date=&xref=20050330cdscdimer_4&type=Tes&anchor=cdsmer

Bolha mundial de liquidez
Mystery
« Responder #35 em: 2005-03-30 14:51:53 »

Um estourar de bolha provocada por hedge funds não faz qq sentido, pelo menos não como razão fundamental (claro que podemos sempre falar num "efeito borboleta"  :mrgreen: como aconteceu com o LTCM). Agora que os vão culpar de muita coisa como em 87 culparam o program trading disso não tenho dúvida.

Quanto ao petróleo, acho a afirmação que faz simplesmente ridicula. Mas consigo perceber o efeito psicológico associado se tiver em conta a quantidade de emails que recebi nos ultimos meses para cursos e workshops de energy trading, e os trading desks dedicados que têm aparecido nos bancos. É um mercado "quente", e não há banco que não esteja a apostar nele (em Portugal até já temos turbo warrants do petroleo!!!). Mas não acredite em tudo o que le... A % de dinheiro investido em hedge funds que lidam com commodities deve representar menos de 5% do total dos activos especulativos em circulação.

Bolha mundial de liquidez
maisum
« Responder #36 em: 2005-03-30 14:56:36 »

Bem, não sei onde foi buscar esses nºs mas se consegue explicar o Open Intereste que os contratos de futuros rodam de mês para mês eu fico á espera da sua resposta :wink:

Bolha mundial de liquidez
Incognitus
« Responder #37 em: 2005-03-30 14:58:11 »

Citar
A % de dinheiro investido em hedge funds que lidam com commodities deve representar menos de 5% do total dos activos especulativos em circulação

Se fossem 5%, já era uma brutalidade ...





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PETRÓLEO – Saber mais

PETRÓLEO – Saber mais
maisum
maisum
Autor « em: 2005-03-20 17:21:03 »

Tem inicio aqui este tópico mais didáctico para quem procura iniciar-se ou saber mais sobre assuntos relacionados com o PETRÓLEO ou para quem quiser colaborar postando aqui as suas descobertas e conhecimentos adquiridos

Não sei se há muito mais para acrescentar ao assunto PETRÓLEO mas isso é o que vamos agora tentar descobrir.  Quem quiser colaborar está pois “combidado”  a postar aqui.

PETRÓLEO – Saber mais
maisum
« Responder #1 em: 2005-03-20 17:21:44 »

Entenda as diferenças entre petróleos Brent e WTI

O preço do barril de petróleo voltou a ser a principal preocupação do mercado financeiro. Com o agravamento da crise no Oriente Médio, há o risco de um novo choque, o que faria o preço da gasolina disparar, trazendo mais inflação.

Nas cotações, existem geralmente na imprensa duas referências sobre tipos do barril: WTI e Brent. Há ainda o barril de Dubai, menos conhecido como preço de referência.

Este diferencial de preço reflete basicamente as diferenças de qualidade e de custos de refinação e transporte do petróleo.



WTI

É a sigla de West Texas Intermediate. A região do West Texas concentra a exploração de petróleo nos EUA.

É negociado em Nova York

Serve de referência para os mercados de derivados dos EUA

Tecnicamente, é um petróleo com grau API entre 38º e 40º e teor de enxofre de 0,3%, cuja cotação diária no mercado spot reflete o preço dos barris entregues em Cushing, Oklahoma, nos EUA



Brent

Refere-se ao óleo produzido no mar do Norte (Europa)

É negociado em Londres

Serve de referência para os mercados de derivados da Europa e Ásia

Tecnicamente, é uma mistura de petróleos produzidos no mar do Norte, oriundos dos sistemas petrolíferos Brent e Ninian, com grau API de 39,4º e teor de enxofre de 0,34%.

A cotação Brent é publicada diariamente pela Platt's Crude Oil Marketwire, que reflete o preço de cargas físicas do petróleo Brent embarcadas de 7 a 17 dias após a data de fechamento do negócio, no terminal de Sullom Voe, na Inglaterra.

Brent era o nome de uma antiga plataforma de petróleo (Brent Spar)da Shell no mar do Norte



Glossário

Grau API - é uma escala utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. A escala API varia inversamente com a densidade relativa, isto é, quanto maior a densidade relativa, menor o grau API.

Mercado spot - é a cotação de curto prazo e flutuante, em contraste com as cotações acordadas em contratos de fornecimento de médio e longo prazos.

http://www.dep.fem.unicamp.br/boletim/BE24/abr_03_3.html

PETRÓLEO – Saber mais
Mike
« Responder #2 em: 2005-03-20 23:31:40 »

ola boa noite
tambem vou deixar alguns links

http://www.comciencia.br/reportagens/petroleo/pet17.shtml
http://www.dep.fem.unicamp.br/boletim/BE15/artigo2.htm
http://www.dep.fem.unicamp.br/boletim/BE17/artigo4.htm

No entanto se poderem falar em corretoras, contratos e preços, para ja so conheço a LjCarregosa.

Obrigado
Mike

PETRÓLEO – Saber mais
maisum
« Responder #3 em: 2005-03-20 23:44:35 »

NYMEX Futures
The NYMEX futures price for crude oil, which is reported in almost every major newspaper in the United States, represents (on a per-barrel basis) the market-determined value of a futures contract to either buy or sell 1,000 barrels of WTI or some other light, sweet crude oil at a specified time. Relatively few NYMEX crude oil contracts are actually executed for physical delivery. The NYMEX market, however, provides important price information to buyers and sellers of crude oil in the United States (and around the world), making WTI the benchmark for many different crude oils, especially in the Americas. Typically, the NYMEX futures prices tracks within pennies of the WTI spot price described above, although since the NYMEX futures contract for a given month expires 3 days before WTI spot trading for the same month ceases, there may be a few days in which the difference between the NYMEX futures price and the WTI spot price widens noticeably.

http://tonto.eia.doe.gov/ask/crude_types1.html

Esta história do preço SPOT do crude ainda não consegui entender a 100%. Quais são as variáveis que determinam esse preço? Quem é que pode dar uma ajuda.

PETRÓLEO – Saber mais
maisum
« Responder #4 em: 2005-03-20 23:55:27 »

Citação de um link fornecido pelo Mike

"Uma análise, limitada estritamente ao aspecto da disponibilidade de recursos, indica que as reservas conhecidas e a expectativa de novas descobertas permitem manter o consumo atual por pelo menos outros 50 anos."

Ming poderias confirmar isto? O texto é de Dez 2002.

PETRÓLEO – Saber mais
Incognitus
« Responder #5 em: 2005-03-21 08:41:06 »

maisum, a teoria do "Peak Oil" não vai verdadeiramente contra manter o consumo actual. O problema está em que esse consumo apresenta uma tendência de crescimento, ao passo que supostamente o petróleo apresentará um "plateaux" de produção primeiro, e decrescimento sistemático daí para a frente.

Em todo o caso, tb ficam aqui 3 artigos do petróleo que já estão no thinkfn:

O PIco do Petróleo
http://www.thinkfn.com/artigo.php?id=92


A Origem do Petróleo I (defende origem geológica)
http://www.thinkfn.com/artigo.php?id=57


A Origem do Petróleo II
http://www.thinkfn.com/artigo.php?id=140

PETRÓLEO – Saber mais
maisum
« Responder #6 em: 2005-03-21 09:30:05 »

Mike, os links que colocaste são muito interessantes.

Sobre correctoras eu estou na Interactive Brokers.
http://www.interactivebrokers.co.uk/php/main.php

Os contratos de futuros têm a designação de QM. Podes tb ver na origem.
http://www.nymex.com/jsp/markets/lsco_emi_cso.jsp

Deve aparecer uma página onde podes dizer que concordas (I agree). Se tiveres dúvidas diz.

PETRÓLEO – Saber mais
Ming
« Responder #7 em: 2005-03-21 10:42:30 »

Citação de um link fornecido pelo Mike

"Uma análise, limitada estritamente ao aspecto da disponibilidade de recursos, indica que as reservas conhecidas e a expectativa de novas descobertas permitem manter o consumo atual por pelo menos outros 50 anos."

Ming poderias confirmar isto? O texto é de Dez 2002.

Pois!
Aí há várias questões a discutir.
Para resumir (para saber verdadeiramente mais sugiro uma leitura dos tópicos sobre petróleo aquí do Thinkfn) diria que:
1.
Essa estimativa parece um pouco optimista, no que diz respeito à quantidade total de petróleo recuperável do solo.
Provavelmente terem falado de uns 40 a 45 anos seria mais correcto.
2.
O consumo neste momento já é uns 5% superior ao de 2002, pelo que esse tipo de declaração vale muito pouco.
3.
Como o Incognitus já respondeu, a produção não se vai manter estática ao nível de 2002 (nem crescente, a acompanhar os desejos de consumo da humanidade) até que a última gota de petróleo tenha sido extraida: Vai ter um pico de produção (usualmente chamado de Peak Oil) e depois vai entrar em declínio progressivo.
Basta essa curva de produção para haver uma rotura no mercado a partir do momento do Peak Oil, pois o consumo tenderia a crescer exponencialmente mas a partir do pico de produção vai fatalmente ter de passar a decair ao ritmo dos decaimentos da produção...
Imagina o que isso vai fazer aos preços... :roll:




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A que horas abre a negociação dos futuros do crude

A que horas abre a negociacao dos futuros do crude.
Viana
Autor « em: 2005-03-19 16:00:04 »

Tenho dificuldade em entender. Porque na corretora dizem-me que é a na abertura do mercado americano, na pagina com informacao sobre o assunto diz-me que abre ao Domingo. ALguém sabe concretamente?

A que horas abre a negociacao dos futuros do crude.
maisum
« Responder #1 em: 2005-03-19 16:31:24 »

Olá Viana.com

Os QM (miNY contratos de futuros do Crude Oil) que aqui o pessoal segue são negociados via Globex através de correctora online com o seguinte horário semanal (são 5 horas de diferença de Portugal para NY) já traduzuido para horas de Portugal:

Domingo: Abertura ás 24:00h -  Fecho ás 14:30h (já 2ª feira)


2ª @ 5ª feira: das 15:00h  ás 19:30h
                     das 20:15h  ás 22:30h  (a correctora fecha das 22:00 ás 23:00h)
                     das 23:00h  ás 14:30h


6ª feira:  15:00h  ás 19.30h


O valor para fecho diário é o das 19:30h.

Se o horário tem estas interrupções todas e não é mais contínuo como os futuros do Nasdaq, do S&P ou do Forex deve ter a ver com o facto destes contratos estarem indexados á negociação física do Crude os contratos denominados CL. Se não for assim como eu digo o Incognitus ou o Ming corrigem.

Abraço

A que horas abre a negociacao dos futuros do crude.
Ming
« Responder #2 em: 2005-03-19 16:53:23 »

Penso que é exactamente como o maisum disse.

A que horas abre a negociacao dos futuros do crude.
Anonymous
« Responder #3 em: 2005-03-19 17:56:31 »

Aproveito o tópico para perguntar se existe after hours? Se eu quiser negociar hoje ou Domingo posso fazer?

A que horas abre a negociacao dos futuros do crude.
Incognitus
« Responder #4 em: 2005-03-19 18:54:30 »

Não seria bem "after hours", mas existe negociação fora das horas normais do mercado, sim. A liquidez é bastante menor. As horas a que o mercado funciona estão numa resposta acima, no caso de Domingo só abre à meia noite (de domingo para segunda).

A que horas abre a negociacao dos futuros do crude.
Ming
« Responder #5 em: 2005-03-19 19:29:21 »

O período principal de negociação (que não é after hours) é o de abertura da NYMEX em pit:
Das 15:00 h às 19:30 h.




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Crude oil tecnicamente + trading plan

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous (Scuba, para os amigos)
Autor « em: 2005-03-04 11:44:00 »

o crude tem uma figura técnica que foi activada com fecho acima de 50(momento certo para se ter tomado posições longas), com target a 58/60.
ratio risk/award: 10/1 - muito bom (permite exposição máxima neste activo.)

Se aliarmos a isto a tendencia de subida de médio longo prazo...novos máximos absolutos neste momento é o matematicamente mais provável.

Em termos fundamentais justifico tal subida na pouca ajuda que o cartel opep tem dado nos últimos 30 anos a problemas de subida do preço do crude. E fundamentalmente por via da normal desvalorização do dólar(ficou mt próximo do meu target técnico a 1,26, tendo retomado a tendencia dominante de longo prazo, o que vem acentuar o meu ponto de vista em relação ao preço do crude).

O preço para mim é rei!

K.I.S.S. - Keep it simple and stupid

Stop para este cenário c quebra dos 49 em fecho diário, carecendo sempre confirmação.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
« Responder #1 em: 2005-03-04 11:49:54 »

Acho piada a essa variante do KISS clássico! :lol:

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #2 em: 2005-03-04 12:04:00 »

Eu acho que existe a possibilidade de ontem ter sido feito um máximo para durar pelo menos umas semanas, pela forma como foi feito.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #3 em: 2005-03-04 12:21:44 »

Incognitus
......eu limito-me de forma Simples a tentar seguir o preço(follow the trend, the trend is your friend). Pois não gosto de Adivinhar máximos em trading... fica sempe muito caro!


     Esta variante vem das teorias da comunicação, e é muito utilizada no marketing moderno Ming. Em trading como na vida vejo-a como extremamente útil. E esta teoria é bem mais complexa de absorver e praticar do que de ler ou ouvir! O Homem muitas vezes tem tendencia para a complicação, qd a simplificação é a chave de muitas respostas.


nota: almoço do TFN para quando....os menbros começam a ficar impacientes...


       :wink:

Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
« Responder #4 em: 2005-03-04 12:35:31 »

Pois, não conhecia essa variante, só conhecia o "Keep It Simple, Stupid!" tradicional.
Acho essa variante um pouco estranha em termos de significado (mas com alguma piada, como disse)... :wink:

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #5 em: 2005-03-04 12:56:20 »

agora baralhaste-me Ming

O KISS tradicional que é o que sempre falei, pode ser aplicado a tudo!

    O que é preciso para perceber isso é manter as coisas simples mesmo e nao complicares muito!

   :idea:

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #6 em: 2005-03-04 13:02:40 »

Realmente tens razão....

....eu é que distorci o conceito mas nem foi intencional, foi por simples ignorância mesmo.

   De qq modod a mensagem é manter as coisas simples, e isso é que é imprtante.

   sorry ming

  abraçlo

Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
Ming« Responder #7 em: 2005-03-04 13:22:18 »

Em relação ao preço do petróleo inclino-me para pensar como o Incognitus:
Ou seja que o topo ou foi feito ontem ou será feito nestes valores entre os $55 e os $56.

Mas claro, posso estar errado, e devo confessar que as últimas subidas já sairam fora das minhas previsões (embora muito mais pela rapidez com que aconteceram do que pelos valores absolutos atingidos).

Veremos.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #8 em: 2005-03-04 16:37:47 »

eu repito....

....eu sigo o preço. O preço sempre que recuou nos últimos anos posteriormente fez novos máximos.  

           De forma muito muito simples nao sei porque que agora nao deve ser isso que devemos todos esperar em vez de tentar adivinhar máximos?

    è mais fácil seguir o mercado do que contraria-lo ou adivinha-lo.

    Continuo a preferir a simplicidade que tem funcionado lindamente.

     Sobre tudo isto repito que tenho uma figura tecnica validada em funcionamento com target minimo a 58!


 KISS-   KEEP IT SIMPLE, STUPID.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #9 em: 2005-03-04 16:49:37 »

Citar
è mais fácil seguir o mercado do que contraria-lo ou adivinha-lo.

Não sei se isto será verdade, pois isso é o que a vasta maioria das pessoas faz (até ao ponto de os fundos de investimento terem muito mais subscrições nos topos e muito mais levantamentos nos fundos), e a vasta maioria das pessoas no mercado tende a ter "underperformance".

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #10 em: 2005-03-04 18:37:00 »

estamos a falar de coisas diferentes...

....

  Eu pergunto-te se durante os anos antes de fazer topo o preço desceu?

   Diz em que bull é que o preço cái antes de fazer topo?  vai vber e verá que vai sempre fazendo novos maximos ao longo dos anos.

   A maioria neste caso esta do teu lado e nao do meu, e continuará sempre a ser o ceptcismo da maioria a continuar a trend deste ou outros bulls no petroleo ou em berlindes!

   É bem assim incognitus, ás vezes é mais fácil e sobretudo simples do que se pensa ou parece.

  bfds

Crude oil tecnicamente + trading plan
Fogueiro
« Responder #11 em: 2005-03-04 18:44:57 »

É isso, Incognitus.
A verdade crua, é que as chamadas decisões racionais de milhares de investidores, conspiram para criar um monstro.
E esse monstro fará tudo para que a maioria perca dinheiro, comprando nos topos e vendendo nos fundos.
É um exemplo o sell-off em Energia em Janeiro, tanto na Exploração como nos Serviços. (ver gráficos, abaixo).
Como o “inbalance” neste sector é, para mim, um problema que subsistirá por muito tempo, iniciei uma carteira em que incluí alguns minerais, pela mesma razão – aproveitando aquele sell-off. (ver meus posts de 19 e 29 de Janeiro).
O resultado, hoje, é de um ganho potencial de 25% , com valorizações de 2 dígitos em 17 das 20 posições !
Colocarei noutro post o quadro da carteira, com algumas explicações adicionais.

050303-Oil-Gas-Servicos
Oil & Gas Serviços (visto 1634 vezes)

050303-Oil-Gas-Drill
Oil & Gas Drill (visto 1633 vezes)

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #12 em: 2005-03-17 11:54:19 »

tão simples...

...que até parece estúpido.


      target atingido sem surpresas em menos de 30 dias!

 Técnicamente perfeito este crude oil.


     Parbéns a todos os seguidores deste activo e que realizaram este trade. Agradece-se tb á comunidade de cépticos que alimentaram este rally(infelizmente ou felizmentea soma dos contratos dde futuros tem de dár 0.)

     Mais uma vez se viu que adivinhar máximos é perigossímo seja em que activo for.

   cumps


Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
« Responder #13 em: 2005-03-17 11:57:16 »

Scuba:
O teu target não eram os $60?
Não estarás a cantar vitória antes do tempo?
(Eram só os $58? Mas em que mês? Nos contratos mais próximos ainda não se chegou lá, pois não?)
Serás capaz de vir renovar os tópicos quando falhas as previsões?

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #14 em: 2005-03-17 11:57:45 »

Parabéns. Seguir esquemas de ponzi naturais tb é perigosíssimo. Aliás, em média é uma estratégia perdedora (alguém tem que alimentar, por exemplo, os ganhos de 1.9Bn USD de trading da BP no último trimestre do ano passado).

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #15 em: 2005-03-17 12:01:00 »

Já agora, tomaste o trade?

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #16 em: 2005-03-17 12:37:34 »

Caríssimo Incognitus...

...obrigado pelas simpaticas palavras. E perdoa-me eu nao falar com terceiros sobre esse assunto.


      Ilustre Ming:  1º Lê novamente os posts desta sequencia e verás que na 1ª análise falo de um range 58-60(desculpa a falta de precisão no target).

      "o crude tem uma figura técnica que foi activada com fecho acima de 50(momento certo para se ter tomado posições longas), com target a 58/60. ratio risk/award: 10/1 - muito bom (permite exposição máxima neste activo.) "

     "Sobre tudo isto repito que tenho uma figura tecnica validada em funcionamento com target minimo a 58! "

                  2º- Vitória qual vitória? Isto é algum jogo da bola...? quais são as equipes? A única vitoria nestas andanças que coneço é mês após mês ter mais dinheiro que no mês anterior e de forma discreta, isso sim é uma grande vitoria se conseguir ou conseguisse.


             3º- os leitores que me lêem há mais de 5 anos que me conecem e sabem que sempre dei a cara, nunca fugi a uma questão. E Muitas vezes em público e em fóruns peço desculpa ou reconheço falhanços(consigo lembrar-me vários exmplos em vários fóruns. o que é realmente Ming muto raro nos dias que correm). Ainda assim é normal que o comum mortal e o seu ego se recorde mais rápidamente de motivos positivos do que negativos e reconheço humildemente que tal possa suceder(embora nao me consiga lembrar de nenhuma situação neste momento) de qq modo nao levo a mal que me chamem a atênção por isso e que puxem sempre para o topo situações desse género . Até agradeço pois adoro falar de trading.

   Neste caso o falhanço estava previsto, como em qq plano de trade que se preze: "Stop para este cenário c quebra dos 49 em fecho diário, carecendo sempre confirmação. "  Mas se calhar tb não leste bem.

  um grande abraço aos dois

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #17 em: 2005-03-17 12:47:15 »

Scuba, umas vezes ganha-se outras perde-se.

Em todo o caso, o Scuba é mais um trend-follower, e eu e o Ming, mais racionalistas/fundamentalistas. Muitas vezes vamos estar de lados opostos da barreira. Neste caso o motivo pelo qual o Ming e Eu acreditávamos numa descida a Curto Prazo tem a ver com o facto de os stocks de crude estarem a crescer e acima dos níveis normais, indicativo de um mercado bem "supplied" e portanto sem grandes razões para rallies gigantes. Obviamente, uma quantidade muito grande de especuladores grandes e bem financiados achou o contrário, que independentemente do mercado estar bem abastecido, os preços podiam subir. Por enquanto esses especuladores estão a ganhar.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #18 em: 2005-03-17 12:48:26 »

No meio de tantos comentários Ming....

....para algo tão simples esqueci-me de responder-te a uma questão.

       Eu não especifiquei nheum futuro na minha análise pelo que tem de se subentender que se fala do mercado spot e nao do futuro. E esse passou os 48 hoje de manhã.  E penso memso que irá um pouco mais acima...mas para os traders menos experientes  e como o optimo é inimigo do bom, com uma subida de 20% num mês os 58 do cash parece-me um sítio optimo para por agora fechar os longos.


   Bons negócios

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #19 em: 2005-03-17 12:49:55 »

Scuba, como acedes ao "spot"? O spot está acima do futuro de Abril?

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #20 em: 2005-03-17 13:35:11 »

Na bloomberg...

....ou no site do BIG(my bolsa).  está sempre o valor actualizado do crude e em ambos os sítios o crude passou por momentos os 48! 

     Quanto aos contratos de futuros podem ser acompanhado na plataforma de futuros do big!  E realmente não reparei se o futuro de abril está mt desfazado do preço mostrado no my bolsa ou mesmo se será o contrato de abril que mostram. Mas logo que possível vou ver isso .

050317Cambios-Commodities
Picture 1 (visto 1477 vezes)

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #21 em: 2005-03-17 13:38:54 »

E esse "crude oil" será mesmo o mercado à vista? E como se transacciona esse mercado à vista?

Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
« Responder #22 em: 2005-03-17 13:51:10 »

Scuba, ou muito me engano ou esse crude é o contrato QM de Maio...

Mas as perguntas do Incognitus são as mais importantes:
Eu talvez tambem estivesse interessado em negociar o spot...

Crude oil tecnicamente + trading plan
maisum
« Responder #23 em: 2005-03-17 13:57:02 »

Eu estou a actualizar o CL Spot, se assim lhe posso chamar, no metastock com os valores de fim de dia neste linK

http://stockcharts.com/def/servlet/SC.web?c=$WTIC,uu[w,a]dacayiay[dc][pb50!b200!f][vc60][iut!Ub14!La12,26,9]&pref=G


que corresponde exatamente nestes últimos dias ao valor do futuro CL contractos de Maio

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #24 em: 2005-03-17 14:03:50 »

O $WTIC não é "spot", é um composto de contratos de futuros, que de facto agora passou a considerar o de Maio.

Crude oil tecnicamente + trading plan
maisum
« Responder #25 em: 2005-03-17 14:16:34 »

Não tem valores em real time mas

Vais aqui: http://www.nymex.com/jsp/markets/CL_spec.jsp

depois a: Historical Data

Seleccionas o CL – Light Sweet ...

E em Month seleccionas  Spot Month

Os valores que aí recolhi EOD coincidem aprox. com os dados dos contratos de futuros

Mas tb tem os dados intraday em: Period

Estes dados não sei o que valem...

Crude oil tecnicamente + trading plan
maisum
« Responder #26 em: 2005-03-17 14:23:58 »

Bem ainda não dei os parabéns ao Scuba porque só hoje reparei na figura que o fez entrar longo no crude com a quebra dos $50. Realmente aquela “vela” foi muito “bela”. Belo trade.

Grande abraço

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #27 em: 2005-03-17 14:24:16 »

Provavelmente o "spot month" que aí está será o contrato mais próximo, e por isso coincidirá com o $WTIC até mudarem de contrato.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #28 em: 2005-03-17 14:52:08 »

É isso mesmo incognitus é o de maio.

    abraço a todos e bons negócios

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #29 em: 2005-03-17 14:56:13 »

Scuba, mas o Contrato e-mini de Maio não tinha liquidez (se é que existia) quando fizeste o post original. Fizeste rollover?

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #30 em: 2005-03-17 15:20:51 »

Não te posso responder incognitus a essa pergunta,  mas qq que fosse o activo sobre o crude oil qd coloquei o post e mantendo a ideia Simples, penso ter sido o momento ideal para quem aproveitou  o movimento do crude para se realizar mais valias, fossem futuros ou opções!  E não aconselho roll-over a estes preços depois deste movimento.  De qq modo considero que mais um esticão no preço e poderá dár um set up curto em crude.

      Estou a partir de agora e preparar o trabalho de análise desse eventual set up.

  abraço


nota: Respondendo a anterior pergunta, nao sei onde se pode negociar o spot.


Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
« Responder #31 em: 2005-03-18 17:36:26 »

Citar
mas qq que fosse o activo sobre o crude oil qd coloquei o post e mantendo a ideia Simples, penso ter sido o momento ideal para quem aproveitou o movimento do crude para se realizar mais valias, fossem futuros ou opções! E não aconselho roll-over a estes preços depois deste movimento

Ainda não compreendí bem esta questão.

Sem roll over, (que no momento actual só pode ser de Abril para Maio),
estar-se-ia a negociar Abril que ainda não foi ao tal target mínimo de $58 (ainda ficou uns "confortáveis" $0.50 abaixo).

Sendo assim, não compreendo a ideia de dar os parabens a eventuais seguidores do trade (já agora, seria interessante saber se houve algum?), visto que ainda estão com as posições abertas...

Ou estou a ver mal a coisa?

050318CrudeOilAPR2005
2715 (visto 1384 vezes)

Crude oil tecnicamente + trading plan
maisum
« Responder #32 em: 2005-03-18 17:45:32 »

Ele se guia-se por outros valores. No gráfico deste link por exemplo já passou ontem os $58

http://stockcharts.com/def/servlet/SC.web?c=$WTIC,uu[w,a]dacayiay[db][pb50!b200!f][vc60][iut!Ub14!La12,26,9]&pref=G

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Ming
« Responder #33 em: 2005-03-18 17:58:27 »

maisum:

Eu tambem fiquei com essa ideia, mas é precisamente por isso que acho que não estou a perceber bem a coisa...

É preciso guiarmo-nos pelo que de facto se está a negociar, não?
(Não me parece que faça muito sentido definir um target de $58 e depois vender a $57.5 porque outra coisa passou pelo nosso preço alvo...)

E esse $WTIC não é algo que se possa negociar, pois não?

Crude oil tecnicamente + trading plan
maisum
« Responder #34 em: 2005-03-18 18:04:40 »

Eu tb ainda não compreendi ao certo como ele negoceia, mas penso que será com warrants e talvez tenha defenido os valores de referência no crude e não no próprio warrant. Não sei, ele podia acabar a conversa uma vez que foi ele que a começou.

Abraço para todos

Crude oil tecnicamente + trading plan
Ming
« Responder #35 em: 2005-03-18 18:06:49 »

Sim, é verdade que agora tambem há os warrants...
(Como não os uso, quase que me esqueço que eles existem... :wink: )
Mas suponho que tambem acompanhem o preço de contratos específicos...

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #36 em: 2005-03-23 11:21:58 »

Caríssimos colegas forenses...

....em especial Ming.


     Dei um plano, com ponto de entrada e ponto de saída e target.  Independentemente dos valores exactos ou não, eu no dia em que achei que p lano estava atingido apareci não para "show off " mas para poder  com exactidão avisar do momento de saída quem seguiu o plano.

     Independentemente de o trade ser perfeito ou não, ficarem presos a pormenores quando o plano foi excelente é merecedor de um prémio! Mas possivelmente deve ter haver com a azia de eventuais perdas que teem tido no petroleo. É a vida de quem anda á chuva, pelo que deviam estar habituados. Tem é de se saber estar errado em mercado e corrigir rápido sem orgulhos! repito sem ORGULHOS!

    Um bom trader não deve tentar ser perfeito, mas sim excelente, deve ter tb a capacidade de ir ajustando o trade á evolução da cotação. Neste caso a subida deu-se de forma mt rápida e considerei o target atingido pela referencia que tinha ao meu dispor e como mostrei atingiu valores acima de 48. MAS REPITO O IMPORTANTE FOI A EXCELENCIA DO PLANO, no pormenor e acompanhamento, bem como pela responsabilidade com que foi feito,profissionalmente executado e de forma altruísta partilhado até ao fim.

    Deste tipo de comportamento de um admnistrador não estava á espera e acho repreensível.  Mas não há drama, a vida é assim e possivelmente eu nem sempre sou justo, quando não o for agradeço tb que me chamem á atenção.

    De qualquer modo tenho que ir trabalhar pois há muito a fazer no petroleo nos próximos tempos e o trabalho obriga-me a fazer novos planos de trade para o crude e começar a executa-los. 

    Aproveito para desejar a todos boa sorte nos trades de petroleo....pois tem estado técnicamente perfeito nas últimas semanas.

     Quanto a análises de petroleo nao irei publicar mais, visto que temos muitos e bons analistas.

cumps

Crude oil tecnicamente + trading plan
maisum
« Responder #37 em: 2005-03-23 13:03:29 »

Oh Scuba, sempre ouvi dizer que perguntar não ofende, e digo mais, quem não deve não teme. Costuma dizer-se que quem semeia ventos colhe tempestades e a verdade é que eu estou sempre a verte envolto em tempestades. Por onde passas é logo zaragata. Porra pá, eu sei que tu és um tipo porreiro e com boas ideias para discussão mas... Não consegues um pouco de moderação nas tuas intervenções? Tem de ser logo á bofetada?

abraço

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #38 em: 2005-03-23 13:20:28 »

Scubawarrior, o plano apresentado foi excelente. Porém, como sabes, uma coisa no mercado é ter as ideias e fazer os planos e ver no papel como funcionam ou não, outra é iniciar uma posição, aguenta-la e fazer dinheiro com ela. Este plano nem teria sido difícil de transaccionar, porque o petróleo foi a direito para cima mas na maior parte dos casos não é isso que acontece.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #39 em: 2005-03-23 13:24:26 »

Citar
De qualquer modo tenho que ir trabalhar pois há muito a fazer no petroleo nos próximos tempos e o trabalho obriga-me a fazer novos planos de trade para o crude e começar a executa-los.

Assim, a única coisa ligeiramente criticável no post original e lembrança de que funcionou, é que aparentemente não tomaste o trade... e quando tomares, o resultado pode ser muito diferente.

Não é verdadeiramente uma crítica, porém. Eu, e muitos outros, já estaríamos fabulosamente ricos se tivessemos tomado todos os trades que imaginamos, ou não fechado coisas que achavamos que poderiam correr muito melhor do que já tinham corrido. Ou seja, fazer-se um bom plano e vê-lo dar certo sem tomar uma posição (ou fechando-a demasiado cedo) é algo que acontece sucessivamente a todos os que andam no mercado.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #40 em: 2005-03-23 13:56:09 »

Incognitus não sei onde foste buscar essa ideia de eu nao ter tomado o trade, mas foi mt conjugação de ideias expressas por ti, nao por mim.

  se tomares mais atenção na leitura eu até o reconheci:

  "bem como pela responsabilidade com que foi feito,profissionalmente executado e de forma altruísta partilhado até ao fim. "

     Aliás se pensasses um pouco, chegavas á conclusão de tão pormenorizado plano de trade, deveria ser aproveitado. Este plano foi utilizado profissionalmente no meu trabalho.

   Mais directo só se te disser o activo escolhido e a rentabilidade. De qq modo sendo na minha opinião irrelevante para a conversa se tomei ou nao o trade, fico incomoidado que me obriguem a por um placar aquui a dizer o trade que fiz ou deixei de fazer. Aliás essas referencias podem vir mesmo a impossibilitar me no futuro de escrever aqui. Pois trabalho na área e planos de trade pagam-se.

   
   De qq modo o importante não é se tomei ou nao a posição, mas sim o conteúdo principal do post. O caminho do crude!!  

   Para mais um: Aceito a crítica, vou tentar melhorar o discurso por forma a ser mais diplomático, as minhas desculpas se ofendi ou melindrei. Mas fiquei decepcionado , pela importancia que se estava a dar aquilo que no meu post tinha menos importancia sobretudo para vocês ou para terceiros.

   Com este post termino as minhas interveções neste fórum por uns tempos.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #41 em: 2005-03-23 14:07:44 »

De facto, se tomamos o trade, a ideia é o mais importante. Por isso volto a dar-te os parabéns pelo trade que dei originalmente.

Se ficaram dúvidas sobre se tinhas ou não tomado o trade, elas resultaram apenas de parecer teres algum desconhecimento dos instrumentos que existiam para tomar esse trade. Tendo em conta esse desconhecimento, admito que tenhas de facto tomado o trade em warrants.

Só se deu relevância a teres ou não tomado o trade, por teres puxado o tópico novamente, nada mais. Em todo o caso parabéns.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Incognitus
« Responder #42 em: 2005-03-23 14:13:26 »

Penso, de resto, que muitas destas discussões e stresses resultam de todos estarmos a fazer trading, e de nem sempre as coisas estarem a correr bem.

As coisas, por outro lado, nem sempre correm bem porque todos ou quase somos muito exigentes connosco próprios - provavelmente vocês fazem exactamente como eu: estão sempre a medir-se contra o máximo que atingiram, e por isso, 90% do tempo (os dias em que não atingimos um novo recorde de capital), sentem que estão "a perder dinheiro" (face ao máximo).

É também daqui que vem o maior respeito por se tomarem ou não as posições, por oposição a apenas se analizar as situações.

Acho que todos temos que dar o desconto, aos outros, desta faceta do mercado, e do stress em que cada um de nós pode estar em qualquer momento.

Crude oil tecnicamente + trading plan
Anonymous
« Responder #43 em: 2005-03-23 15:27:52 »

Incognitus vê se entendes que não estou nada stressado. Só fiquei triste com a importancia de saber se fiz algum trade ou não e se foi perfeito ou não o plano, ser superior á ideia central do post.

     Tu incognitus és bom rapaz, mas adoras tirar conclusões com muita rapidez, se calhar nao devias , pois podes correr o risco de fazer inumeras intrepetações possivélmente erradas. Certo é o que saiu da minha boca, o resto podem ser conclusões erradas como se viu. Limita-te ao que eu escrevi.

      Não existe nehum interesse de saberem se fiz o trade ou não e em quê!  Ter puxado o post teve o propósito de ALERTAR QUEM ENTROU NO PLANO QUE INDEPENDENTEMENTE DO CONTRATO QUE ESTIVESSE A NEGOCIAR , ERA ALÍ QUE DEVIA FECHAR A POSIÇÃO. Isto sim é importante para terceiros. 

    Continuo calmo, mas depois de ter tido este trabalho todo a falar do que nao interessa fico +triste. Pois já não é só o ming e o mais um a falar do que é secundário mas juntamos-te a ti.

Pois nao me interessa saber se estás longo ou curto, se ganhaste ou perdeste ou em que activos negociaste(ISSO NUNCA ME INTERESSA. I DON T CARE! Quero é ir sabendo a tua opinião , isso sim.

  A mim só me interessa saber mais sobre os activos que eu negocieo/ou trabalho e ganhar mais dinheiro
    

    De qq modo compreendo a curiosidade humana, eu pessoalmente nao tenho, concentro toda a minha energia na feitura e execução dos meus planos de trabalho(trading)






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Petróleo / Crude / Oil - Tópico Principal

Petróleo / Crude / Oil - Tópico Principal
Ming
Ming
Autor « em: 2005-01-16 17:27:32 »

Preço do Petróleo - Análise a vários prazos

Este artigo começou por ser um post de “update" no tópico principal sobre o petróleo do fórum (http://www.thinkfn.com/forum/viewtopic.php?t=421), explicando qual é a minha visão actual para o andamento dos preços. No entanto, à medida que o ia escrevendo fui ficando convencido que poderia ser apresentado como artigo, por cobrir uma série de questões de interesse geral que se manterão válidas por um prazo significativo, e por corresponder a um assunto que “mexerá” nos bolsos dos portugueses ao longo do ano de 2005...

Para o longo prazo (digamos, no mínimo, 5 ou 6 anos):

Nada alterou (ou poderá alterar, a menos que surja um milagre) o rumo de longo prazo para o preço do petróleo. Esse rumo é de subida. (O problema do "peak oil" não vai desaparecer. As realidades físicas não dependem dos desejos das pessoas...)

Por ter esta opinião “segura” sobre o rumo de longo prazo para o preço do petróleo, em termos pessoais estou “investido” em contratos de futuros para Dezembro de 1010, a apostar na subida.

Para o médio prazo (digamos até ao fim de 2005):

A minha expectativa é que este ano de 2005 vá ver ultrapassados os máximos dos preços de 2004 (cerca de $55.5). Espero um ano animado no crude, com fortes oscilações, em que na melhor das hipóteses (para os consumidores) os preços deverão rondar, por alturas do final do Verão os $55, mas em que na pior das hipóteses (para os consumidores), se voltarem a surgir problemas como (por exemplo) o dos furacões no Golfo do México se poderão ultrapassar os $80.

Em condições normais, espero que durante 2005 os preços do crude para entrega no porto de NY (os preços de que geralmente se fala, quando não se está a falar do Brent do Mar do Norte para entrega no UK) oscilem entre mínimos próximos dos $40 e máximos próximos dos $60.

É de notar que a capacidade máxima de produção mundial não deverá ultrapassar em muito a capacidade máxima de 2004, e o consumo deve subir uns 1.5 a 2.0 Mb/dia.

Assim, na altura de maior consumo a nível mundial (que coincide com a "driving season" dos USA) a capacidade máxima de produção mundial (e portanto a produção real, se a capacidade estiver a ser usada a 100%) deve ser igual ao consumo. Desta forma, qualquer problema pontual tornará a produção inferior ao consumo, provocando fortes subidas de preços.

Em qualquer caso, há que recordar que as reservas mundiais de crude (entenda-se reservas de petróleo já extraído e disponível em tanques nos países consumidores) são quase equivalentes a um ano de consumo normal, pelo que momentos com produção mundial ligeiramente inferior aos picos de consumo quase só têm efeitos psicológicos...


Para o curto prazo (digamos os próximos 3 meses):

Para o curto prazo é mais difícil realizar previsões, pois estamos a falar de variações de preços muito dependentes das oscilações do mercado financeiro de petróleo (principalmente os futuros da NYMEX), e este tipo de oscilações são extremamente difíceis de prever.

Uma coisa parece garantida: A volatilidade dos preços irá continuar. (Alguém poderá afirmar que acredita que o petróleo já nunca mais irá voltar aos $41? Alguém ainda duvida que os actuais $48 estão podem ser facilmente batidos pelos preços do petróleo, mesmo no curto prazo?)

Dessa forma, numa altura do ano que tende a ser relativamente calma nestes mercados mas em que os consumos do Inverno (principalmente com aquecimento) tendem, mesmo assim, a provocar subidas de preço limitadas, penso ser seguro esperar oscilações entre os $41 e os $50. Naturalmente, um acontecimento significativo (que reduza a produção mundial em 1 Mb/dia ou mais), poderá a qualquer momento fazer com que os preços atinjam os $55.


Para estes prazos curtos, apesar da extrema dificuldade de realizar previsões para os preços, existe muita informação que pode ser empregue para “balizar” as oscilações de preços que se podem esperar.

Para o suporte dos $41, gostaria de apresentar como um dos argumentos o gráfico da Figura 1. Este gráfico, e a importância psicológica do número redondo são os argumentos para a resistência dos $50.

050114Crude-Oil-Mar-2005
2714b (visto 20556 vezes)
                      Figura 1 – Preço do contrato de Crude Oil de Março de 2005 da NYMEX.


Um outro argumento para esperar que os preços actuais do crude ainda venham a oscilar até perto dos $41 é a análise do mais recente “Short-Term Energy Outlook” da EIA, publicado em 11 de Janeiro (ou seja, ainda à menos de uma semana).

Este interessantíssimo relatório pode ser encontrado em: http://www.eia.doe.gov/emeu/steo/pub/steo.html

Nele pode encontrar-se uma previsão numérica do preço do petróleo para os próximos tempos:

“The projected average West Texas Intermediate (WTI) crude oil price for the first quarter of 2005 is about $43 per barrel, approximately $8 per barrel higher than in the first quarter of 2004 but $3 per barrel below the first quarter projection in the previous Outlook. WTI prices fell by $10 per barrel o­n average during the past two months due to: the o­ngoing restoration of oil production in the Gulf of Mexico shut in due to Hurricane Ivan, unseasonably warm weather in the United States, and rising U.S. and OECD commercial oil inventories in general. This Outlook extends the projection period through 2006. EIA’s initial assessment is that WTI prices are likely to remain in the $42-$43 per barrel range (on average) throughout 2005-2006.”

Adicionalmente, apresentam o gráfico da Figura 2, com a sua previsão para a evolução dos preços.

050114WTI-Dollars-barril
Slide3 (visto 20551 vezes)
                         Figura 2 – Previsão da EIA para o preço do Crude Oil de referência dos USA.


Mas o aspecto mais relevante deste relatório é assinalar que a situação das mundiais (para ser mais preciso, da OCDE) está corrigida em relação às deficiências de stocks de há um ano:

“Because oil demand growth is expected to remain strong in 2005-2006, U.S. oil inventories and inventories in the other industrialized countries are not expected to show much growth from end-2004 levels. However, the record levels of production by OPEC countries in recent months have finally resulted in inventory builds in the OECD countries. Commercial inventories in these countries, which had been relatively low compared to historical standards, rose above the middle of the observed 5-year historical range. In addition, OPEC (and world) production capacity rose by a half million barrels per day to 1.1-1.6 million barrels per day above current output levels, as Saudi Arabia de-mothballed capacity at several fields. However, even with this action, the global capacity utilization rate remains near 99 percent.”

Esta situação das reservas da OCDE está ilustrada na Figura 3
050114Comm-Oil-Stocks
Slide6 (visto 20523 vezes)
                                              Figura 3 – Reservas de Crude Oil dos países da OCDE.

A par desta situação confortável dos abastecimentos e reservas a nível mundial, tambem as reservas dos USA tem andado razoavelmente bem ao longo das últimas semanas, com o agregado dos combustíveis líquidos (antes e depois de refinados) a apresentarem uma estabilidade que contrasta com o decréscimo típico desta altura do ano, e em resultado, a situarem-se cerca de 5% acima da situação de à um ano atrás.

(Para aprofundar esta última questão poderia justificar-se um novo artigo, mas os dados mais relevantes podem ser encontrados directamente no famosoWeekly Petroleum Status Report da EIA, cujo sumário para a semana mais recente pode ser encontrado aqui: http://www.eia.doe.gov/pub/oil_gas/petroleum/data_publications/weekly_petroleum_status_report/current/txt/wpsr.txt)


Como nota final, posso afirmar que, apesar da dificuldade que reconheço em realizar previsões para esta gama de prazos, tenho opiniões pessoais que me levam a estar investido.

Assim, para prazos curtos estou a apostar numa descida limitada dos preços. Os $43 são um objectivo de descida que me parece realista para as próximas 3 semanas, e me satisfará inteiramente, mas penso que (pelo motivos já apontados) os $41 serão um suporte que poderá voltar a ser testado.

Autor
Ming, em 16/01/2005

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #228 em: 2005-03-09 09:54:43 »

Olá pessoal do Black gold
Os futuros de Maio no Nymex estão mais caros que os de Abril. Eventualmente, digo eu, o pequeno especulador com posições curtas no Crude será “convidado” a passar as suas posições para os próximos contratos a melhores preços (mais altos). Penso que só depois de uma boa “espremidela” é que os preços poderiam voltar a corrigir. Posso estar enganado mas só irei apostar em shorts no Crude após um valente squeeze. Se não houver lugar para o dito cujo o mais que me pode acontecer é não ganhar mas nesse caso tb não perco.

Abraço

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Anonymous
« Responder #229 em: 2005-03-09 10:38:09 »

maisum:
E não te parece que já houve esse squeeze (aliás vários squeezes bem violentos)Huh?

(Se estivesses curto deste há uns dollars atrás bem que já os terias sentido... :wink: )

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #232 em: 2005-03-09 11:54:53 »

maisum:
O facto de serem os meses seguintes aos mais próximos que estão mais altos explica-se pela natureza dos investidores que estão a forçar esta subida, através de compras importantes:

Nota que se trata de especulação financeira: Os fundos que estão a comprar não estão interessados em receber petróleo real.
Por isso compram principalmente nos meses 2, 3 e 4 para diante, o que lhes dá a flexibilidade de estarem confortavelmente longe da liquidação real dos contratos. (O mês 1 é neste momento Abril.)

Por outro lado, tambem não estão a fazer apostas para longo prazo: A prova é que não estão a comprar significativamente nos meses seguintes (Agosto em diante), nem nos anos futuros...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #234 em: 2005-03-09 12:41:34 »

O Commitment of Traders do CBOT mostra mesmo os large speculators carregados de posições longas e a reforçar (isto a 1 de Março).

O curioso, é que isso está a acontecer em praticamente todas as commodities, com especial ênfase nas mais "famosas" como Petróleo ou Ouro.

Se as cotações de tantas commodities se encontram agora inflaccionadas por especuladores em todas elas, isto quer dizer que as ditas estão vulneráveis a uma correcção violenta...

http://www.cbot.com/cbot/pub/static/files/futoptcot.pdf

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #235 em: 2005-03-09 13:15:10 »

Citar
Se as cotações de tantas commodities se encontram agora inflaccionadas por especuladores em todas elas, isto quer dizer que as ditas estão vulneráveis a uma correcção violenta...

Sim, claro.
O problema é que ainda podem subir mais antes da dita correcção... :?

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Mike
« Responder #236 em: 2005-03-09 13:16:21 »

ola boa tarde

E não esquecer o dolar...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #237 em: 2005-03-09 13:19:13 »

Mike, não obstante o Dólar, parece existir uma aposta unilateral clara nas commodities. Essas apostas quase sempre acabam mal.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #238 em: 2005-03-09 13:28:17 »

Aliás essa informação é interessantíssima.
(Para quem consultar o dito ficheiro PDF, chamo a atenção para que não é o oil que aparece no meio dos produtos agrícolas que interessa mas sim o crude que aparece no meio dos produtos energéticos.

Assim, para o crude temos os Large Speculators com posições positivas enormes, e os Commercial Players com posições negativas muito grandes.
Este ultimo aspecto é importante, pois pode fazer com que as companhias de petróleo acabem por ter interesse na descida, para os prazos em que estão "vendidas"...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #239 em: 2005-03-09 15:32:52 »

Excelentes dados nas reservas dos USA:
+3.2 Mb para o crude
-0.2 para a gasolina
-0.8 para dos destilados.

Temos uma descida inicial nos preços.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #240 em: 2005-03-09 15:43:12 »

O mercado está nas mãos de especuladores para quem os stocks, produção, consumo, ou qualquer outra variável são irrelevantes. Tudo o que importa é o seu poder de fogo, e a capacidade de resistência de quem tomar a posição contrária à sua. Nenhuma notícia fundamental faz cair o petróleo, que sobe todos os dias, até ao dia em que exista um motivo, por mais pequeno que seja, que leve a um "spike". Esse spike, artificial, será usado para vender.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #241 em: 2005-03-09 15:58:54 »

Eu pensava que as commodities teriam um ciclo diferente de, por exemplo, o aço. Mas ao ver especulação tão "widespread", parece-me que exite a possibilidade de quase todas crasharem.

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maisum
« Responder #242 em: 2005-03-09 16:10:15 »

Citação de: "Incognitus"
... e a capacidade de resistência de quem tomar a posição contrária à sua.

Perfeitamente. Nenhum "pequeno" armado em "contrarium" pode ter a certeza de estar a entrar num topo ou fundo. Mesmo com todas as cautelas será preciso estar preparado para tudo. Concordo com a posição do Incognitus nos mercados.

Ming obrigado pela tua disponibilidade. Quem realmente quizer saber algo mais sobre este tema terá de vir mesmo ao teu tópico.

Abraço

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #243 em: 2005-03-09 16:14:20 »

Não há, porém, dúvida de que a pressão devido ao facto de os stocks estarem mais que amplos vai ter que se fazer sentir. A queda dar-se-á com uma espécia de "desistência". Tiram o suporte e cai de repente, como um calhau. Como das vezes anteriores.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #268 em: 2005-03-10 09:21:43 »

Já se fala nas notícias da EuroNews em petróleo na casa dos $100 se houver rotura de stoks no Médio Oriente, blá, blá, blá...

Que estes tipos sabem como criar um clima lá isso sabem...

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Incognitus
« Responder #269 em: 2005-03-10 09:26:18 »

Citar
Já se fala nas notícias da EuroNews em petróleo na casa dos $100 se houver rotura de stoks no Médio Oriente, blá, blá, blá...

É o tipo de conversa que sai sempre próxima de topos. A questão é se essa conversa é coincidência ou acontece por vontade de alguém. Que coisas existem para uma possível ruptura no Médio Oriente agora? Não me lembro de ver novidade nenhuma dessa parte do mundo.

Em todo o caso, ontem deu-se uma coincidência engraçada. Pouco depois de terem dado duas "pancadas" no preço do petróleo que em segundos o colocaram a subir mais de 2%, foi colocada no mercado uma posição gigantesca de Exxon (XOM). As duas coisas podem estar relacionadas, e se estiverem o petróleo vai perder o seu suporte a muito curto prazo, hoje ou amanhã. Vamos ver...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #294 em: 2005-03-11 11:34:58 »

Estes Futuros estão com uma boa volatilidade e com boas oportunidades de trade. Sou capaz de me estriar um dia destes e estou a iniciar uma base de dados baseada no CL e não no QM mas já reparei que os valores no QM são de maiores extremos o que não me parece problema de monta. Contudo os dados que tenho por agora resumem-se a cerca de 6 semanas. Ninguém tem por aí uma base maior que possa postar aqui no fórum. Obrigado

Gráfico CL
050311CrudeOil-Nymex-CL
050311 Crude Oil NYMEX CL (visto 1029 vezes.)


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Incognitus
« Responder #295 em: 2005-03-11 11:38:44 »

Bonita subida de 20% em um mês, sem grandes novidades, não concordas?

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maisum
« Responder #296 em: 2005-03-11 11:43:51 »

Eu diria mais... espectacular!!!

E aqui o Ming e tu estais a acompanhar isto muito bem. Aquela da Exxon foi muito bem vista.

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Ming
« Responder #297 em: 2005-03-11 13:59:11 »

Maisum:
O probema dos dados de petróleo é que cada prazo de contrato tem um histórico de preços diferente.

No entanto posso-te sugerir um método para obteres um ano de dados históricos para os CL:
1.
Vais aquí: http://www2.barchart.com/dfutpage.asp?sym=CLM4
2.
Escolhes o prazo que te interessar (menos o cash), e selecionas a opção de ver o gráfico (o botão "c", à direita).
Por exemplo, se escolheres o contrato de Dez de 2005 vais parar aquí:
http://charts3.barchart.com/chart.asp?sym=CLZ5&data=A&jav=adv&vol=Y&evnt=adv&grid=Y&code=BSTK&org=stk&fix=
3.
Em baixo, escolhes a opção da direita: "Custom Chart", e vais parar aquí:
http://www2.barchart.com/icharts.asp?sym=CLZ5
4.
Escolhes o "Time: One year", e carregas em "Draw Chart".
5.
No browser, pedes para ver o "source code" da página que resulta das acções acima.
6.
Nesse source code, encontrarás os dados diários do último ano do CLZ.
Por exemplo, para 25/10/2004:
'10/25/04 o/h/l/c = 4752 4773 4734 4734 -0.22 140353 707157'
7.
Boa sorte a recolher dados! Smiley

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maisum
« Responder #298 em: 2005-03-11 15:03:30 »

Obrigado Ming. Parece que vou aproveitar bem o fim de semana Smiley

Quanto ao desfasamento dos dados de um contracto para o outro isso é o menos. Eu nos futuros que faço manualmente no Meta costumo levar os dados até ao penúltimo dia, ou seja, para mim o 1º dia de um contrato é o último do anterior.

Abraço

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #299 em: 2005-03-11 16:15:05 »

Como disse, se ficasse onde estava já era bom ... .mas não ficou, já subiu mais de 2% de onde estava.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #300 em: 2005-03-11 16:25:18 »

Bom, o dia ainda não acabou...
Mas é verdade, esta é a hora da puxada, e afinal ela continua presente...

Entretanto gostei muito dos últimos dois relatórios da IEA:

Em especial gostei da evolução da oferta em Fevereiro (tanto ao nível da OPEC como fora dela), que vem provar que com estes preços, os vendedores aparecem (independentemente das quotas... :wink: ).
Agora, com este aumento de oferta verdadeiramente grande (quase mais 1Mb/dia em relação a Janeiro) e com a redução de importações da China, vamos ver o que acontece às reservas da OCDE quando sairem os dados do final de Fevereiro... Smiley

E gostei da chamada de atenção para que em mercados em "contango" há um grande incentivo para o aumento de stocks. Smiley
A verdade é que as companhias de petróleo podem comprar à vista WTI a $53 e simultaneamente, vender a 2 ou 3 meses a $54.
Não admira que:
a) As reservas de petróleo real estejam a aumentar...
b) Os fundos encontrem sempre contraparte para todos os contratos longos que queiram abrir para Maio e Junho... :wink:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #301 em: 2005-03-11 16:38:51 »

Parece que o maior problema no preço do petróleo é o facto de se negociar em dólares.
Quanto mais moeda americana a circular mais $ canalizado para as commodities. Mais uma vez, até quando? Até onde?

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maisum
« Responder #302 em: 2005-03-11 17:27:51 »

Boneco actualizado do CL. Abriu muito em baixo...
050311CrudeOil-Nymex-CL-image2
050311 Crude Oil NYMEX CL (visto 1193 vezes)


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Incognitus
« Responder #303 em: 2005-03-11 17:35:11 »

O que torna difícil qualquer correcção, é a forma como ele consegue por vezes recuperar $0.30-$0.50 em segundos. É ainda o mesmo fenómeno do dia em que fez 2 vezes $0.50 em 1 segundo.

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Ming
« Responder #304 em: 2005-03-11 18:57:17 »

As notícias apontam realmente a revisão da IEA para as previsões de consumo como razão para a subida:

Citar
11 Mar 2005 16:34 GMT
Crude, products rally after IEA report
DALLAS (AFX) -- Crude and its products rallied on the New York Mercantile Exchange after the International Energy Agency raised demand forecasts for the U.S. and China. "It set off a buying frenzy again," said Phil Flynn, senior market analyst at Alaron.com. The April crude contract was up 21 cents at $53.75 a barrel, March heating oil added 2.29 cents to $1.532 a gallon, and March unleaded gasoline rose by 1.09 cents to $1.494 a gallon.
This story was supplied by MarketWatch. For further information see www.marketwatch.com

Citar
11 Mar 2005 17:39 GMT
Oil higher in volatile deals after IEA hikes 2005 global demand forecast
LONDON (AFX) - Oil futures were higher in volatile pre-weekend deals after the International Energy Agency raised its forecast for 2005 global oil demand to 84.3 mln barrels per day in its monthly oil report, analysts said.
At 5.06 pm, Brent crude futures were up 29 cents at 52.95 usd/barrel.
Meanwhile US futures were up 61 cents at 54.15.
Prices are higher, but volatility is still very much in the market, said PFC Energy analyst Jamal Qureshi.
Earlier the International Energy Agency in its monthly oil report raised its estimate for 2005 global oil demand by 330,000 barrels per day to 84.3 mln bpd, based mainly on US economic growth and China's oil demand prospects.
"There is a notable lag as the IEA numbers have come into line with what the everybody thinks, and this has again brought a bullish impact to the market," PFC's Qureshi said.
The outlook for the oil market is still very tight, and the traditional soft period before the second quarter has been non-existent due to the late cold snap as well as the continued rise in global oil demand, he added.
raki.kotak@afxnews.com
rak/hjp

No entanto, o relatório da IEA aponta tambem um importante aumento de produção.
Esse aumento vai ter um excelente impacto nas reservas a nível mundial (e, em particular, vai permitir a continuação do aumento das dos USA).
E se a produção da OPEC se mantiver nestes valores (o que parece depender mais do preço do que de outras coisas... :roll: ) o segundo trimestre vai assistir a aumentos muito grandes das reservas...

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Incognitus
« Responder #305 em: 2005-03-11 19:08:09 »

Ming, ainda estou para ver o primeiro artigo que mencione que o relatório tb mencionava um aumento importante da produção ... eheh.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #306 em: 2005-03-11 19:16:59 »

Na realidade, a mentalidade de olhar só para a procura, sem levar em conta a oferta ou os stocks, é algo muito próximo da bolha TMT que só olhava para o crescimento das receitas, ignorando tudo o resto.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #307 em: 2005-03-11 19:37:59 »

Os últimos 20 minutos voltaram a ser uma puxa fenomenal de mais de 1%, já ontem foram uma puxa de 1%, é mesmo modus operandi de hedge funds grandes.

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Ming
« Responder #308 em: 2005-03-11 19:41:34 »

Bom, em qualquer caso, a verdade é que hoje fechou a subir bem, contra a minha espectativa.

O relatório da IEA, e a tal leitura muito parcial que fazem dele, foi uma forte razão para esta subida de hoje.

Resta o facto de os fundamentais serem cada vez mais confortáveis e de as petroliferas estarem do lado curto, o que dá sem dúvida um enorme conforto a quem tambem está desse lado.

Resta agora esperar pela próxima semana... :roll:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #309 em: 2005-03-11 20:39:49 »

Citar
Os últimos 20 minutos voltaram a ser uma puxa fenomenal de mais de 1%, já ontem foram uma puxa de 1%, é mesmo modus operandi de hedge funds grandes.

Sim, reparei nisso, e nota-se no gráfico.
Acho que as coisas são bem claras, na linha da análise que temos feito...
Por mim, sinto-me relativamente confortável com as posições curtas que detenho.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Bzz
« Responder #311 em: 2005-03-11 21:16:52 »

:?: "mercados em "contango""
O que são?

"o segundo trimestre vai assistir a aumentos muito grandes das reservas... "
Assim o preço há-de acabar por descer ...  :wink:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #312 em: 2005-03-11 22:10:02 »

"Contango" é algo que tive de procurar na Internet...
Parece ser um termo específico dos mercados financeiros, e significa que numa distribuição de preços para vários prazos os prazos mais para diante estão mais caros.
No caso do crude só é verdade até Junho, depois os preços começam a baixar.
De qualquer modo tem o efeito de incentivar a compra à vista e a venda antecipada para os prazos mais caros. Isso tende a levar as reservas reais a crescer. Claro que as companhias petrolíferas podem fazer melhor do que comprar à vista em NY para vendar em futuros de Maio ou Junho: Podem comprar nos produtores e vender esses futuros mais caros, assegurando margens de lucro muito grandes e assegurando desde já os preços de venda dos próximos meses.
Não tenho dúvidas nenhumas que as petrolíferas vão ter um par de trimestres absolutamente fora de série no início de 2005...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #313 em: 2005-03-11 22:11:58 »

Já agora: Hoje deu-se um fenómeno muito curioso: Os preços dos contratos subiram todos por igual, desde os de Abril de 2005 até aos de Dezembro de 2011.
Se isso continuar, o desfasamento vai-se atenuar...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #317 em: 2005-03-14 12:27:24 »

Novo CoT, e ainda mais espectacular que o anterior... :shock:

 http://www.cbot.com/cbot/pub/static/files/futoptcot.pdf

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #318 em: 2005-03-14 12:38:53 »

Agora começo a compreender a coisa mais um bocadinho. Com tanto dólar por aí disponível para ir ás compras pergunto-me se alguma vez mais o petróleo voltará para baixo dos $40 (isto para não falar dos $50). A resposta poderia vir duma alternativa energética inovadora e mais barata mas isso demorará o seu tempo a acontecer. Muito tempo.

050314CLspot-crude-oil
050314CLspot crude oil (visto 1076 vezes)

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #319 em: 2005-03-14 12:41:57 »

É completamente absurdo, quase 12000 contratos longos abertos numa semana, obviamente isto excede qualquer aumento de produção possível. Quando estoirar, estoira mesmo muito.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #320 em: 2005-03-14 12:44:22 »

Os mini futuros

050314QM
050314QM crude oil (visto 1079 vezes)

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #326 em: 2005-03-14 16:16:12 »

É incrível o tipo de manobras ... depois de uma abertura e primeira hora a cair, eis que surge um analista do DOE a dizer que o petróleo não vai abaixo de $40 durante vários anos, e em 10 minutos o petróleo vai do mínimo do dia ao máximo do dia ...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #327 em: 2005-03-14 19:12:51 »

Está um mercado "musculado" em que novas posições especulativas longas são tomadas em minutos e têm um impacto enorme. Incrível.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Bzz
« Responder #334 em: 2005-03-14 23:02:45 »

Parece que o preço do petróleo se prepara para atingir um novo máximo ...  Sad

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #335 em: 2005-03-15 09:15:49 »

Por vezes a desculpa é o frio ... mas depois acham-se coisas deste tipo:

Citar
Natural gas demand is projected to increase by 2.2 percent in 2005, down from the 3.0 percent projected in last month’s Outlook.  This is due to the fact that overall heating degree-days have thus far been lower than normal in the first quarter of 2005


Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #336 em: 2005-03-15 09:54:45 »

Continua a forma estranha de negociar, em que horas de queda são eliminadas em subidas de $0.40 em minutos ou segundos. É mesmo um mercado "musculado" neste momento.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #337 em: 2005-03-15 11:11:43 »


Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus

Saudi Arabia aims to show it can boost supply, Al-Naimi says.

Isto no Bloomberg.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #338 em: 2005-03-15 11:16:20 »

Arábia Saudita coloca a hipótese de fazer um aumento de produção unilateral, se os outros não concordarem...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #339 em: 2005-03-15 11:19:23 »

Citar
Outra vez o atalho para o relatório:
www.hilltoplancers.org/stories/hirsch0502.pdf

Esse relatório está extremamente interessante.

Recomendo vivamente a sua leitura a quem quiser saber mais sobre o Peak Oil (que deveria ser toda a gente que espera andar por cá dentro de uma dezena de anos...)!

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #345 em: 2005-03-15 15:31:12 »

Mais um dia, mais uma ligeira queda no início, seguida de uma subida de 1.5% em minutos.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #347 em: 2005-03-15 15:40:18 »

Citar
Mais um dia, mais uma ligeira queda no início, seguida de uma subida de 1.5% em minutos.

A puxada durou muito pouco...
E os volumes já vão bem elevados! :shock:

Dá-me a impressão que estes níveis de resistência são seguros:
Já tenho andado a falar desta resistência há muito tempo, e ela tem provado aguentar até as volumosas compras que os fundos tem feito. Penso que a menos que surjam notícias muito negativas, esta resistência irá continuar a provar ser uma barreira intransponível...
(Mas, claro, quaisquer previsões de curto prazo são altamente falíveis... :roll: ).

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #348 em: 2005-03-15 15:42:00 »

Bem, novidades no petróleo não faltam, e amanhã temos os stocks americanos, cuja expectativa é já relativamente forte, em +2mn barris.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #350 em: 2005-03-15 18:48:22 »

O mesmo tipo de subida, à mesma hora ...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #351 em: 2005-03-15 19:09:51 »

Citar
O mesmo tipo de subida, à mesma hora ...

Os fundos estão a fazer tudo o que podem para tentarem quebrar a resistência.
Estas puxadas súbitas são claramente para tentar conseguir isso.
No entanto parece-me óbvio que sempre que tentam, tem pela frente a as petrolíferas, que lhes entregam tudo o queles querem.
Esta tentativa, que começou por volta das 18:30, foi forte e insistente (e deve prolongar-se até ao fecho, imagino eu).
Provavelmente carregou mais uns milhares de contratos curtos nos fundos (e longos nas petrolíferas).
E a resistência mantem-se intacta...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #352 em: 2005-03-15 19:14:03 »

Bem, eu já todos os dias no início do dia cubro posições tomadas no final do dia anterior, para as voltar a abrir no final do próprio dia, porque o padrão está para lá de óbvio.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #353 em: 2005-03-15 19:31:57 »

Bom, mas dessa forma não corres o risco de apanhar o dia da descida e ficares sem posições abertas para beneficiar a sério dela?

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #354 em: 2005-03-15 19:35:22 »

Citar
Bom, mas dessa forma não corres o risco de apanhar o dia da descida e ficares sem posições abertas para beneficiar a sério dela?

Corro, e acontece-me frequentemente ... eheh. Mas por outro lado tenho ganhos relativamente consistentes mesmo em trends contra mim, e um risco menor em ir contra eles. E não faço isto com toda a posição, e se a queda se der sem ser perto do início da sessão, já não corro o risco de ficar sem posição.

A verdade é que este tipo de trends mesmo quando os fundamentais já apontam noutro sentido muitas vezes duram muito mais do que seria de esperar ... olha as acções do aço, com os preços do aço a cair, stocks a ficarem gigantescos, etc, ainda sobreviveram mais uma semana ou duas em euforia.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #355 em: 2005-03-15 19:44:19 »

Provavelmente tens razão.
No entanto eu tenho esperança que a correcção grande vá dar mais dinheiro do que os pequernos trades intraday que se consigam ir realizando.
Neste momento, aliás, inclino-me para aguentar as posições ao longo da descida, até aos $45...  Cool :? Cool :?

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #356 em: 2005-03-15 19:47:15 »

Ming, de qq forma planeia com a hipótese de levarem a coisa a $60 primeiro, porque não tem existido um único motivo para o petróleo subir (e muitos houve para cair) faz mais de uma/duas semanas, e ele sobe todos os dias, se arranjam um motivo é capaz de ser feio ...

Espero que qd cair eu tb tenha a coragem de segurar as posições até aos $45 ou lá próximo.

É no entanto um bocado desmoralizador que amanhã a probabilidade seja de sair novamente um crescimento considerável dos stocks, e no entanto isso pouco significar para o preço.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #357 em: 2005-03-15 19:50:50 »

Entretanto há um fenomeno giro a acontecer:
Os contratos de longo prazo (2010 e 2011) tem subido tanto como os de curto prazo, ou até ligeiramente mais!!!

Suponho que começa a haver uma progressiva tomada de consciência do Peak Oil... :roll:

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Viana
« Responder #358 em: 2005-03-15 19:53:58 »

Ola,

Gostaria de obter as segunintes informacoes:

1 - horario de negociacao dos futuros sobre crude (fecha as 19h30 - certo?)

2- Data e hora do fecho de contratos (proxima sexta-feira???)

3- Site para acompanhar a cotacao online

4- grafico da ultima semana, resistencias e suportes (55.30USD resistencia???)

5- MAIS IMPORTANTE -

 a) Margenss requeridas;
 b) valor de cada tick (0.01) (sera 10USD?)
 

6- Necessario efetuar hedging sobre EUR ou o mercado nao reflecte isso de forma concistente?

Cumprimentos e obrgiado, Viana

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #360 em: 2005-03-15 19:58:42 »

Para o crude tens aqui todas essas informações:

http://www.nymex.com/jsp/markets/lsco_pre_agree.jsp

Para OJ não sei.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #362 em: 2005-03-15 21:35:14 »

Para os e-miNY, da Globex (os QM), nada como consultar as margens requeridas na corretora respectiva...
Em Portugal sei que é possível negocia-los pelo menos na BIG e na LJC

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Viana
« Responder #363 em: 2005-03-15 22:01:30 »

os e-miNY fecham na proxima sexta-feira (dia 18). Utlimamente os dias seguintes ao fecho de contratos tem sido em queda. Pelo menos 1USD caem a vontade. Ou seja, 500 USD por contrato.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #368 em: 2005-03-16 07:21:08 »

Opinião pessoal:
Vamos ver o crude nos $40 antes do final de Maio.

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Incognitus
« Responder #369 em: 2005-03-16 09:15:50 »

Citar
"Whatever OPEC does right now, it will be too little too late as we head into the high demand summer season," he said.

Isto é engraçado, porque ainda nem se entrou na época de menor procura.


Por outro lado, se o mercado quiser hoje tem uma notícia para se agarrar: a China confirmou que irá a fazer uma reserva estratégica também, de 2mn toneladas.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #370 em: 2005-03-16 09:16:16 »

É Oficial, a OPEC subiu as quotas 0.5mn bpd.

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maisum
« Responder #371 em: 2005-03-16 09:25:02 »

Olá pessoal do black.
1º quero deixar claro que ...eu não percebo nada de petróleo.
2º isso não me inibe de ir mandando uns bitaites.
Assim e na minha humilde opinião, acerca da última citação do Ming do preço do petróleo nos $40 eu diria que possível ...é, provável ...não! Uma coisa é o que eles dizem, outra é o que eles fazem.
Ming tu outro dia dizias que as petrolíferas estão curtas e os grandes especuladores estão longos. Tudo bem. Para as petrolíferas vender contratos a $50 penso que é bom para eles, é só ganho. Para os especuladores das duas, uma: no caso de o petróleo estar caro, penso que o vão vender mais caro a outros; no caso de estar barato então é porque no futuro vai estar mais caro. A lógica é que estes tipos raramente perdem, mas eu posso estar a ver mal este filme e até mesmo assim posso estar certo no rumo do petróleo no curto/médio prazo.

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Incognitus
« Responder #372 em: 2005-03-16 09:45:54 »

Afinal a subida das quotas da OPEP é de 0.5mn bpd agora, 0.5mn bpd em Maio, e mais se necessário.

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Incognitus
« Responder #373 em: 2005-03-16 09:46:36 »

De notar que este rally dos $40 para os $55 só foi possível pelo corte de 1mn bpd que a OPEP fez no início do ano ...

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maisum
« Responder #374 em: 2005-03-16 10:01:24 »

Citação de: "Ming"
maisum:
O facto de serem os meses seguintes aos mais próximos que estão mais altos explica-se pela natureza dos investidores que estão a forçar esta subida, através de compras importantes:

Nota que se trata de especulação financeira: Os fundos que estão a comprar não estão interessados em receber petróleo real.
Por isso compram principalmente nos meses 2, 3 e 4 para diante, o que lhes dá a flexibilidade de estarem confortavelmente longe da liquidação real dos contratos. (O mês 1 é neste momento Abril.)

Por outro lado, tambem não estão a fazer apostas para longo prazo: A prova é que não estão a comprar significativamente nos meses seguintes (Agosto em diante), nem nos anos futuros...

Eu interpreto isto como um sinal bullish para o curto/médio prazo, mas posso estar errado...

Outra dúvida relativamente ao mês 1 (Abril): Nos detalhes do contracto o fecho é o dia 1 Abril. Ora no gráfico isso dá uma maior longevidade a estes contractos relativamente aos anteriores... estará a falhar-me alguma coisa ?

050316QM
050316QM crude oil (visto 1318 vezes)


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maisum
« Responder #375 em: 2005-03-16 10:33:14 »

Previsão dos dados de reservas semanais

Segundo a Bloomberg que consultou diversos analistas a média estaria em subida de 2 milhões de barris nas reservas de crude e em baixada de um milhão de barris nas reservas de gasolina. Dados melhores que estes = possível baixa preço do crude, dados mais fracos = possível subida do preço crude.

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Ming
« Responder #376 em: 2005-03-16 10:34:46 »

Citar
Por outro lado, se o mercado quiser hoje tem uma notícia para se agarrar: a China confirmou que irá a fazer uma reserva estratégica também, de 2mn toneladas.

Incognitus, será que podes postar a notícia, e (se possível) o link?

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Incognitus
« Responder #377 em: 2005-03-16 10:36:14 »

O segundo aumento da OPEP (de 0.5mn bpd) está condicionado aos preços do petróleo, mas os preços presentes seriam suficientes para o actuar, disse a OPEP.

Basicamente, para os preços actuais foi aprovado um aumento de 1mn bpd, ou seja, a reversão da diminuição de Janeiro, quando o petróleo caiu para $40 e pouco.

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Ming
« Responder #378 em: 2005-03-16 10:39:20 »

Citar "maisum"

Eu interpreto isto como um sinal bullish para o curto/médio prazo, mas posso estar errado...

Outra dúvida relativamente ao mês 1 (Abril): Nos detalhes do contracto o fecho é o dia 1 Abril. Ora no gráfico isso dá uma maior longevidade a estes contractos relativamente aos anteriores... estará a falhar-me alguma coisa ?

Porque é que interpretas isso assim?

O fim do período de negociação do contrato é antes da data de liquidação.
(E nenhum fundo está interessado em manter contratos até à liquidação, pois não querem receber petróleo real (nem teriam onde o meter...). Por isso vendem as posições em cada contrato antes do fim da negociação do contrato...)

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Ming
« Responder #379 em: 2005-03-16 10:43:22 »

Citar
Previsão dos dados de reservas semanais

Segundo a Bloomberg que consultou diversos analistas a média estaria em subida de 2 milhões de barris nas reservas de crude e em baixada de um milhão de barris nas reservas de gasolina.

Não referiste a previsão para os "destilates", que são os dos aspectos chave neste momento...

De qualquer forma, as previsões que tenho visto apontam para previsão de subida das reservas do crude em 1 a 2 Mb, descida na gasolina de 0.5 a 1 Mb, e descida nos destilates de 1 a 2 Mb.

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Ming
« Responder #380 em: 2005-03-16 10:46:13 »

Citar
Afinal a subida das quotas da OPEP é de 0.5mn bpd agora, 0.5mn bpd em Maio, e mais se necessário.

Citar
O segundo aumento da OPEP (de 0.5mn bpd) está condicionado aos preços do petróleo, mas os preços presentes seriam suficientes para o actuar, disse a OPEP.

Basicamente, para os preços actuais foi aprovado um aumento de 1mn bpd, ou seja, a reversão da diminuição de Janeiro, quando o petróleo caiu para $40 e pouco.

Penso que melhor era impossível... Cheesy


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maisum
« Responder #381 em: 2005-03-16 10:49:09 »

Ming

A interpretação que eu faço é que quem compra pretende vender depois mais caro. Se realmente quem cromprou 1º foram os grandes especuladores então quem vai comprar por último são os pequenos. Só não sei quando e onde está o topo. Até já pode estar feito. Não sei, mas tento adivinhar.

Quanto aos QM de Abril qual é o último dia de negociação?

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Ming
« Responder #382 em: 2005-03-16 10:56:18 »

Citar
Assim e na minha humilde opinião, acerca da última citação do Ming do preço do petróleo nos $40 eu diria que possível ...é, provável ...não! Uma coisa é o que eles dizem, outra é o que eles fazem.
Ming tu outro dia dizias que as petrolíferas estão curtas e os grandes especuladores estão longos. Tudo bem. Para as petrolíferas vender contratos a $50 penso que é bom para eles, é só ganho. Para os especuladores das duas, uma: no caso de o petróleo estar caro, penso que o vão vender mais caro a outros; no caso de estar barato então é porque no futuro vai estar mais caro. A lógica é que estes tipos raramente perdem, mas eu posso estar a ver mal este filme e até mesmo assim posso estar certo no rumo do petróleo no curto/médio prazo.

A minha opinião dos $40 baseia-se numa série de factores, como a produção estimada, os consumos estimados, a evolução resultante para as reservas, o fim do frio, o rebentamento da bolha actual, etc..
Quanto aos especuladores não perderem, desengana-te: Perdem muitas vezes, e por vezes perdem mesmo muito...

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maisum
« Responder #383 em: 2005-03-16 11:01:41 »

Last Trading Day
 
Trading terminates at the close of business on the third business day prior to the 25th calendar day of the month preceding the delivery month. If the 25th calendar day of the month is a non-business day, trading shall cease on the third business day prior to the business day preceding the 25th calendar day.

Confirma se é no dia 22 Março

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Ming
« Responder #384 em: 2005-03-16 11:02:39 »

Citar
A interpretação que eu faço é que quem compra pretende vender depois mais caro. Se realmente quem cromprou 1º foram os grandes especuladores então quem vai comprar por último são os pequenos. Só não sei quando e onde está o topo. Até já pode estar feito. Não sei, mas tento adivinhar.

Quanto aos QM de Abril qual é o último dia de negociação?

QM:
Nem sei.
Suponho que este mês possa ser a próxima Sexta-feira.
A data costuma ser por volta do dia 20 do mês anterior, mas eu gosto de fechar os contratos de cada mês até por volta do dia 15, para ter maior segurança.

Quanto aos pequenos especuladores virem depois dos grandes, não acredites nisso: Nem nas bolhas de acções chega a ser verdade (típicamente os grandes mantem-se dentro bem até ao fim... :roll: ).
Mas neste caso está a falar de futuros, em que os pequenos são mais sofisticados do que nas acções.
E depois o CoT não engana: Só os grandes estão longos. Os pequenos estão com poucas posições, mas estão do lado das petrolíferas.

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Ming
« Responder #385 em: 2005-03-16 11:06:02 »

Fim da negociação dos QM de Abril:
Ok, se descobriste a regra é só olhar para o calendário...
Por mim, já a tinha sabido, mas como (por prudência) me habituei a terminar os contratos um pouco antes de cada dia 20 (na prática por volta dos dias 15 ou 16), acabei por esquecer essa regra...
(E pretendo mante-la esquecida! :wink: )

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maisum
« Responder #386 em: 2005-03-16 11:15:31 »

Ming o facto dos tipos não quererem ficar com o petróleo não implica que eles não mantenham os contratos. Fazem exatamente como tu fazes, passas os teus contratos a outros e abres no mês seguinte mantendo as posições. Só que ´´e como dizia o Incognitus aí atrás, tudo depende do poder de fogo de cada um, e o poder deles é muito superior ao da maralha.

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Ming
« Responder #387 em: 2005-03-16 15:22:49 »

maisum:
Citar
16 Mar 2005 at 15:17:14 (GMT)
VENCIMENTO DE FUTUROS - Os seguintes contratos vencem a 18/3/2005: QMJ5 (Crude), FCEH5 (CAC), MFXIH5 (IBEX), ER2H5 (Russell 2000), FDXH5 (DAX), ESH5 (Mini S&P), NQH5 (Mini Nasdaq), FESHH5 (EuroStoxx Health), FESXH5 (EuroStoxx ). O contrato YMH5 (Mini DOW) vence a 17/3/2005. As posições nestes contratos devem ser fechadas ou roladas para o vencimento seguinte até à data referida. Obrigado.
LJ Carregosa SA

Naturalmente, eu sei isso...

Citar
Ming o facto dos tipos não quererem ficar com o petróleo não implica que eles não mantenham os contratos. Fazem exatamente como tu fazes, passas os teus contratos a outros e abres no mês seguinte mantendo as posições.

Citar
Só que ´´e como dizia o Incognitus aí atrás, tudo depende do poder de fogo de cada um, e o poder deles é muito superior ao da maralha.

Suponho que na maralha estás a incluir a petrolíferas?!
(São elas que estão curtas, contra os "large specs"...)
E achas que nessa perspectiva essa opinião bate certo? :?:

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Ming
« Responder #388 em: 2005-03-16 15:34:06 »

Citar
U.S. commercial crude oil inventories (excluding those in the Strategic Petroleum Reserve) rose by 2.6 million barrels from the previous week.  At 305.2 million barrels, U.S. crude oil inventories are in the upper half of the average range for this time of year.  Total motor gasoline inventories dropped by 2.9 million barrels last week, but remain above the average range.  Distillate fuel inventories fell by 1.9 million barrels last week, and are in the lower half of the average range for this time of year.  A sharp decline in high-sulfur
distillate fuel (heating oil), more than compensated for a slight increase in low-sulfur distillate fuel (diesel fuel).  Total commercial petroleum inventories declined by 5.1 million barrels last week, but remain in the upper half of the average range.

Estes dados não são verdadeiramente brilhantes (como os anteriores, por exemplo) mas as reservas de crude continuam a aumentar...

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Incognitus
« Responder #389 em: 2005-03-16 15:38:54 »

O problema é que mesmo que fossem favoráveis o petróleo não cairia, imagina agora uns que levantam dúvidas...

Bem, logo se vê até onde vai.

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Ming
« Responder #390 em: 2005-03-16 15:41:19 »

Sim, o problema é esse.
Para já penso que se pode dizer que foi "oficialmente" batido o record de Outubro.
Agora resta saber se a resistência se aguenta...

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Anonymous
« Responder #391 em: 2005-03-16 15:41:49 »

QM fecham portanto a 18 Março. Obrigado pele informação Ming

Maus dados parece, se os distilados baixaram.

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Incognitus
« Responder #392 em: 2005-03-16 15:45:40 »

As más notícias nunca foram suficientes para fazer o petróleo cair. Resta ver o que fazem as boas.

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maisum
« Responder #393 em: 2005-03-16 15:52:36 »

Em relação ás petrolíferas eu penso que eles ao entregarem o produto cumprem a parte deles do contrato que vendem e portanto é caso arrumado. Entretanto nem só as petrolíferas vendem e evidentemente que anda por aí muito boa gente a ver se ganha alguma coisa na especulação... Espero estrear-me nos contractos do próximo mês.

Entretanto esta vela de hoje já parece um bocado esticada.

050316QM_15h
050316QM crude oil (visto 1259 vezes)

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Ming
« Responder #394 em: 2005-03-16 16:00:16 »

Citar
Em relação ás petrolíferas eu penso que eles ao entregarem o produto cumprem a parte deles do contrato que vendem e portanto é caso arrumado.

Não é bem assim:
A verdade é que estão a vender a quem só quer comprar "no papel"...

Citar
Entretanto nem só as petrolíferas vendem e evidentemente que anda por aí muito boa gente a ver se ganha alguma coisa na especulação...

Sim, deve andar, mas o CoT é bem claro:
As posições fora dos "Large Specs" e das petrolíferas são muito reduzidas, e tem continuado a reduzir-se...

Citar
Espero estrear-me nos contractos do próximo mês.

Desejo-te sorte desde já.
E que comeces de forma prudente... :wink:

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maisum
« Responder #395 em: 2005-03-16 16:05:30 »

Sim toda a cautela é pouca e o meu poder de fogo tb é pequenino, mas obrigado pelas tuas palavras.
Entretanto andei a ler aí mais para trás e parece que estás bem instalado em longos Smiley

Abraço

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Incognitus
« Responder #398 em: 2005-03-16 20:17:41 »

O problema mantêm-se ...
Citar
"There's been a relentless climb in open interest, suggesting more and more people think the market is going higher," he added.

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Ming
« Responder #399 em: 2005-03-16 22:20:08 »

Sim, mantem-se.
Deve ser interessante ver o próximo CoT.

E depois, agora levantam-se dois problemas que podem dar mais força à subida, ou reduzir as hipóteses de descida rápida:
1.
A grande resistência do máximo anterior (de Outubro) foi realmente quebrada.
2.
Já não vai haver grandes novidades nos próximos tempos: Agora, a próxima ocasião para novidades deve ser a próxima Quarta (reservas dos USA). Depois deverá ser o fim do frio.
Depois teremos apenas as comunicações semanais das reservas dos USA.
Só daquí a quase um mês é que deve sair o próximo relatório mensal da IEA, que já deve considerar uma redução mundial de procura em 2005 por incorporar a novidade que foram as reduções de importações da China em Jan e Fev.

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Incognitus
« Responder #402 em: 2005-03-16 22:29:26 »

Bem, existem alguns pormenores:
1) Vencem-se os contratos de Abril. Por vezes isso dá azo à inversão.

2) A OPEP decidiu o que decidiu, no final do ano passado fizeram o contrário e não tiveram impacto imediato, mas acabaram por tê-lo.

3) Há o CoT que se deve tornar óbvio.


Mas sim, neste momento e com o crescimento da especulação, parece ter-se chegado a um ponto em que só estoira por si própria, já que a dimensão da procura especulativa torna irrelevante qualquer outra variável. É aliás irónico que os stocks, que antes eram sempre irrelevantes, tenham sido hoje o motor para uma subida mais rápida.

Entretanto, isto faz lembrar o Gás Natural no final do ano passado. Stocks recorde, já nem existia mais onde o colocar, e no entanto subia, com os contratos mais distantes a subirem ainda mais - tal como o petróleo agora. Também rebentou, mas rebentou pelo próprio peso, não por alguma notícia ou fundamental.

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Incognitus
« Responder #403 em: 2005-03-16 22:33:57 »

Outra coisa curiosa é que neste momento a única coisa que funciona no mercado é o petróleo, com o estoiro dos homebuilders e das acções do aço. A história do petróleo é melhor que a das do aço, mas não muito melhor a curto prazo: stocks em crescimento, acima do normal (as acções do aço tinham o problema adicional de que os preços do aço já estavam a cair faz meses).

Por fim, hoje a XOM nem sequer acompanhou o petróleo.

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Viana
« Responder #404 em: 2005-03-16 22:34:14 »

Os contratos para o proximo mes sao os ticker QMK5?
Penso que esta muito parado o Petroleo, vamos ver. Uma ida a resistencia que agora deve tonar-se suporte, e perfeitametne normal.

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Incognitus
« Responder #405 em: 2005-03-16 22:38:35 »

Viana, "muito parado" = uma subida de + de 20% no último mês, e + de 33% desde o início do ano, isto num ambiente de crescimento sustentado dos stocks, geralmente acima das estimativas, e quase 10% acima dos níveis de stocks do ano passado?

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Incognitus
« Responder #406 em: 2005-03-16 22:40:34 »

Outra coisa engraçada que sai muito nos artigos, é quando falam da falta de capacidade de refinação como razão para o petróleo subir.

É completamente surreal.

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Incognitus
« Responder #407 em: 2005-03-16 23:49:43 »

Citar
"The result has been not just soaring prices but a dramatic surge in open interest, or the number of outstanding futures contracts. Open interest in Nymex crude futures climbed to a record of 845,994 contracts this week, suggesting that suggesting the inflow of fresh money is mostly "long," or bets on higher prices."

Bem, alguém tem que estar do lado curto também, mas o número de contratos abertos estará certo?

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maisum
« Responder #408 em: 2005-03-17 00:18:56 »

Não acompanhei a 100% a evolução das v/ discussões sobre o crude mas assim de repente e independentemente de o preço já estar ou não muito inflaccionado ou especulado, parece que não se está a dar muita importância ao facto de que praticamente todas as commodities sobem, e pelo lado oposto o dólar mantém uma tendência de queda já vai para mais de 3 anos. Se esta correlação se mantiver e se o dólar continuar a desvalorizar para fazer face ao grave problema dos défices dos states (pois que para corrigir o défice os americanos estão a colocar mais moeda em circulação) então o petróleo pode muito bem continuar o caminho para novos máximos alimentado por essa liquidez e independentemente dos movimentos pontuais devidos a razões fundamentais como stocks ou outras.
Assim sendo parece que o ideal é ir fazendo trades intraday e esquecer posições para mais de 1 ou 2 dias... principalmente se estiverem em risco.

Abraço

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Incognitus
« Responder #426 em: 2005-03-17 11:14:59 »

Está completamente hiperbólico ... $57.8, Maio.

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Incognitus
« Responder #427 em: 2005-03-17 11:16:59 »

A grande diferença para o passado, é que no passado este tipo de spikes incontroláveis só aconteciam com motivos "dramáticos" tipo embargos petrolíferos, guerras.

Agora, é sistema.

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Ming
« Responder #428 em: 2005-03-17 11:19:13 »

Sim, é o resultado de uma bolha especulativa fortíssima.
E com as coisas a correrem, para já, sem novidades, não vejo porque é que hoje (por exemplo) os fundos não façam mais uma vez o "habitual"...

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Anonymous
« Responder #429 em: 2005-03-17 11:30:56 »

Não tenho o gráfico do US Dollar Index mas serve o EURUSD que é mais ao menos o inverso do dólar face ao conjunto das várias moedas. E a verdade é que parece haver uma correlação entre estes dois amigos. Essa afinidade não quer dizer que se verifique nos movimentos do momento, da semana ou até do mês, mas no longo prazo os gráficos não enganam.

050317CL
050317CL crude oil (visto 846 vezes)

050317EuroFX
050317EuroFX (visto 846 vezes)

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Ming
« Responder #430 em: 2005-03-17 11:46:50 »

Bom, tive de fechar a maioria da posições curtas.
Reconheço que este foi o meu pior trade de sempre.
Agora não me surpreendo se hoje subirmos mais $1 a juntar ao $1 que já subiu desde o fecho de ontem.

Este comportamento desde a saida dos dados das reservas dos USA, ontem, foi de facto impressionante.
(Eu ja tinha dito aquí que se aparecessem dados que fossem qualquer coisa menos muito bons, este tipo de disparo poderia acontecer, mas não esperava esta intensidade e esta rapidez.)
A força da especulação dos fundos parece, para já não ter grandes limites.
Vamos ver o que é que irá parar isto...

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maisum
 « Responder #431 em: 2005-03-17 12:54:53 »

Neste momento com a especulação desenfreada e com a figura de duplo topo quebrada no gráfico de longo prazo tudo é possível e os curtos que vão fechar posições, ou até os convidados a fazer o roll-over com melhores preços nos contractos do próximo mês, estão a ajudar a subir o preço do petróleo. A especulação não se resume aos futuros mas tb a todos os outros derivados tipo opções, warrants, etc. Está muita massa em jogo. Contudo poderíamos estar perto duma correcçãozita após o último dia de negociação dos contractos de Abril. Talvez shortar 1 só contracto. Mas essa correcção poderia ocontecer só após novo topo após 3 ou 4 dias passado o último dia de negociação dos contractos de Abril. Ver gráfico. Aí mais 2 contractos. Depois que fazer? Aguentar posições? Estou em crer que qualquer subida a partir daqui não se fará tipo foguete ou pelo menos sem voltar novamente ao suporte nos $55 / $57. Outra opção e talvez a mais confortável será fazer daytrading. Dá para alavancar mais com menores riscos.

050317QM
050317QM crude oil (visto 820 vezes)

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Anonymous
« Responder #433 em: 2005-03-17 15:39:52 »

2 questões...
....1º nunca existiu nehuma figura de duplo topo.(para mais um).

    Em segundo pergunto se não será mais productivo ir pondo novos posts actualizando o tópico em função das questões mai simportantes e debatidas em cada momento? em vez de termos 22 páginas?


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maisum
« Responder #435 em: 2005-03-17 16:24:28 »

Citação de: "Scubawarrior"
....1º nunca existiu nehuma figura de duplo topo.(para mais um).

Bem, no passado tenho a certeza que já existiram muitos duplos topos  :lol:

Agora neste momento tens razão e só se pode considerar um duplo topo á posteriori após o desenho já bem escarrapachado... contudo eu pessoalmente acredito que vamos ter um por aqui, mas não vou apostar tudo nessa hipótese.  :wink:

Grande abraço oh ponta de lança

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maisum
« Responder #438 em: 2005-03-17 19:33:32 »

Citação de: "Incognitus"
Mais algumas "soltas" com piadas óbvias:
Citar
"I don't see anything that can take this thing down," said Michael Guido, director of commodity strategy in New York for Societe Generale. He said the fear of a supply problem -- not an actual supply problem -- is driving the market psychology.

Esse tipo como não é confrontado com as afirmações que produz  e que tem impacto no mercado vai falando até um dia em que aparece um doido que lhe dá um tiro ... A esse ou a outro do género.

PS. Hoje de tarde já é a 3ª x que me falha a netcabo, as 2 primeiras com falhas de aprox. ½ hora e esta última de cerca de 2 horas. E tudo isto depois de ontem me ter ligado um individuo do grupo PT a perguntar se estava tudo Ok blá blá... Não percebi a preocupação dos tipos mas... Coincidências do caraças.
 

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Incognitus
« Responder #440 em: 2005-03-17 19:46:32 »

Estou com muita curiosidade em ver o Open Interest do contrato de Abril hoje, porque ontem ainda tinha 84000 contratos abertos, e isso parece-me muito excessivo.

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Viana
« Responder #441 em: 2005-03-17 22:18:40 »

A mim tambem me falho a TVTEL, ontem a noite, hoje de manha e de tarde a minha mulher queixo-se do mesmo. Os periodos foram indenticos.

Quanto ao crude. Foi incrivel o ataque aos 57.50 que fizeram, o maximo forma os 57.60 e depois enterram aquilo de uma maneira que fiquei parvo.

Enfim.

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Anonymous
« Responder #442 em: 2005-03-18 10:45:12 »

....onde eu me incluo, passam metade do tempo a fazer análises a outra metade a tentar perceber porquê que erraram.

      Mas esse M. Guido exagera, penso ter haver com o facto de ter sempre que escrever ou dizer algo.


      Quanto ao oil acho que o THink fn em qs uníssono apontou o dia de ontem como ponto de no mínimo descanso das subidas recentes (antes de novos máximos ou mínimos....aqui é que o fórum se divide concerteza).

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Incognitus
« Responder #443 em: 2005-03-18 13:55:06 »

Aí está a puxa antes da abertura, relativamente consistente...

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maisum
« Responder #444 em: 2005-03-18 16:23:51 »

Hoje a liquidez dos contratos de Abril e de Maio esteve equivalente até ás 14:30h. Agora depois das 15h o nº de contratos negociados relativos a Abril diminuiu bastante comparativamente aos do próximo contrato.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #445 em: 2005-03-18 16:26:15 »

Penso que Abril deve diminuir até segunda, porque perdeu o interesse para traders, ninguém quer ficar na posição de se ver obrigado a fechar contratos por não ter ou querer petróleo físico

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #446 em: 2005-03-18 17:43:13 »

Citar
Quanto ao oil acho que o THink fn em qs uníssono apontou o dia de ontem como ponto de no mínimo descanso das subidas recentes (antes de novos máximos ou mínimos....aqui é que o fórum se divide concerteza).

Por mim, não.
Não tenho opinião sobre o curto prazo do crude.
Diria que dou tantas probabilidades a terminar hoje, ou na próxima semana, a subir como a descer...
Como assinalei neste tópico agara estamos num período quem que não são de esperar novidades até à proxima Quarta, e essas não sabemos se vão ser boas ou menos boas, pelo que não há dados para prever a tendência de curto prazo (digamos, a próxima semana...).

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #447 em: 2005-03-18 17:51:44 »

Já agora:
Precisamente por não ter opinião sobre o muito curto prazo, fechei todas as posições em e-miNY, e com perdas muito grandes. :cry:
Reconheço que foi o meu pior trade de sempre. :!:

Felizmente (e isto pode interessar por exemplo ao Bzz e ao ABC, que sei que se interessam por estas questões), os contratos de longo prazo na Man estão a portar-se benzinho...  :?

050318Ming2714
2714 (visto 1214 vezes)

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Ming
« Responder #448 em: 2005-03-18 18:04:37 »

Já agora, assinalo que as perdas totais que tive nos e-miNY foram um pouco maiores do que os ganhos que estou a ter nos CL, pelo que se alguem das finanças estiver a acompanhar este site ( :wink: ) fica já a observação que o raio do crude me está a gerar menos-valias globais em 2005 ( :cry: ), embora ainda tenha esperança de vir a inverter isso até ao final do ano... ( Smiley ).

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Incognitus
« Responder #449 em: 2005-03-18 18:22:17 »

Uma "cena" algo mística vem da Helen Meisler do TheStreet.com a dizer que os mercados de acções devem ter o rebound a partir da próxima TERÇA feira, porque é aí que estarão mais oversold. Ela ou está dentro da Merrill ou da Morgan Stanley, não me lembro agora, mas a curiosidade vem de que terça é o primeiro dia depois do  vencimento do contrato de Abril de petróleo. Espero que não haja planos de puxarem a coisa até ao final de segunda, como por vezes se faz nos vencimentos de contratos.

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maisum
« Responder #450 em: 2005-03-18 18:22:40 »

Boa Ming, mas estou em crer que vais ainda dar a volta tb aos curtos. Uma coisa que eu teria feito se estivesse na tua posição relativamente aos contratos curtos era fechar por etapas e não a maioria de uma só vez. Dessa forma estarias mais bem posicionado para atacar novamente mais acima. Eu penso que o Incognitus tem feito uma coisa do género, não sai totalmente e vai rodando as posições conforme os movimentos mais agressivos.

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Incognitus
« Responder #451 em: 2005-03-18 18:33:10 »

A principal falha do Ming neste trade foi a exposição excessiva, algo que de resto tb é quase sempre o meu maior erro. É de tal forma que até já pedi à interactive brokers para ver se eles implementam um sistema de controlo de risco que nos permita introduzir limites rígidos de exposição por título/contrato, para que na altura não nos sintamos tentados a violar os limites por nós próprios estabelecidos.

Entretanto, outra coisa curiosa que começa a espantar algumas pessoas: começam a interrogar-se porque é que o Bush não fala contra a especulação no petróleo, coisa que seria comum presidentes anteriores a ele fazerem nesta situação (tendo em conta que afecta muitos americanos na bomba de gasolina).

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Ming
« Responder #452 em: 2005-03-18 18:35:27 »

Sim, o Incognitus fez as coisas melhor que eu.
Olhando agora para o que se passou, acho que cometí diversos erros:
O crude vai acabar por descer.
Só que entretanto atingiu um nível máximo para o qual eu não estava preparado...
Foi mau planeamento! :roll:

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Ming
« Responder #453 em: 2005-03-18 18:37:57 »

Sim, o erro maior foi de facto a exposição exagerada, que foi "mortal" quando associada ao movimento de subida que chegou a valores que eu não antecipei como realistas... :roll:

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Incognitus
« Responder #454 em: 2005-03-18 18:42:34 »

Citar
Sim, o erro maior foi de facto a exposição exagerada, que foi "mortal" quando associada ao movimento de subida que chegou a valores que eu não antecipei como realistas...

A razão pela qual eu só comecei a shortar próximo do máximo anterior, é que quando o mercado está "maluco", como é o caso do petróleo no curto prazo, os players "malucos" têm sempre na mira os máximos anteriores "no mínimo".

Dito isto, nada me protege de ser atropelado também, embora eu tente sempre terminar os dias com exposições inferiores às que vou usando no trading. A minha maior falha é que ao fazer isso, muitas vezes perco uma boa parte do movimento que esperava com a maior parte da posição (porque vou fechando nas quedas para ter maior liberdade para shortar os spikes).

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Ming
« Responder #455 em: 2005-03-18 19:26:25 »

Para prevenir em relação a euforias irracionais (que não tem verdadeiramente um limite previsível) e que no crude ainda podem ser combinadas com coisas piores, tipo tremores de terra, furacões, acidentes, atentados, guerras, greves, etc.), decidi começar a fazer sempre só as apostas do lado longo.
E, claro, só a partir de pontos de partida que me pareçam desajustados (no sentido da baixa, entenda-se) das condições fundamentais.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #456 em: 2005-03-18 19:29:23 »

Tb já pensei fazer o mesmo.

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maisum
« Responder #457 em: 2005-03-18 19:33:46 »

Foi bem tirada essa. E eu tb vou pensar bem no assunto.

Um abraço

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Incognitus
« Responder #477 em: 2005-03-21 10:42:46 »

Ming, não te esqueças é de fechar os CL antes do vencimento senão tens que arranjar uma forma de entregar 10000 barris de petróleo ... eheh.

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Ming
« Responder #478 em: 2005-03-21 10:56:07 »

Não vou esquecer!
Agora que me livrei das preocupações com os QM estou a retomar um funcionamento mais normal... :wink:
(E de qualquer modo, para já, ainda há um mês de folga, mesmo para os CL de Maio...)

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maisum
« Responder #479 em: 2005-03-21 11:34:40 »

É pá! Que grande risco corres em negociar esse tipo de contratos, penso eu de que. Supõe tu que adoeces ou ficas inconsciente por uns tempos... Ás tantas, no prazo estabelecido, aparecem para entrega aos teus familiares uns tantos milhares de bidões de “doce petróleo”... E não é só para entregar, é tb para liquidar o resto do negócio. Eu pensava, não 2x, mas sim muitas, se queria realmente estar nesse negócio...  Desculpa lá se estou a ser indiscreto ou ignorante. Se for o caso esclarece-me por favor.

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Ming
« Responder #480 em: 2005-03-21 12:14:44 »

Negociar qualquer tipo de contratos com liquidação física pressupõe acreditar que não se vai ficar inconsciente por um tempo significativo... :wink:

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maisum
« Responder #492 em: 2005-03-22 01:15:51 »

Alguns factos para digerir:

Os contratos CL de Abril indicam hoje no fecho um Open Interest de 24.937.

Se este valor é dado com um dia de atraso e portanto corresponde a 6ª feira (a confirmar), então que nº ficará para levar com os barris no último dia de negociação?

De referir que no inicio de Março o OI destes contratos de Abril andava na casa dos 240.000.

240.000 x 1.000 barris   =  240.000.000 (240 milhões de barris)

Parece um nº grande mas sinceramente não faço ideia do que seria razoável ou normal

De qualquer forma 24.937 parece um nº reduzido relativamente ao anterior (apenas cerca de 10%, senão menos, do nº de há 3 semanas atrás) o que leva então a concluir que 240 milhões seria exagerado ou seja a grande maioria anda na base da especulação. E está a levar os preços propositadamente para cima...

Entretanto os contratos de Maio dão já um OI de 257.772. Supõe-se por aqui tb que houve passagem de posições especulativas de Abril para Maio.

Os contratos de Junho tem já um OI de 111.472.

Parece natural que estes 100 mil comecem a evoluir para mais de 200 mil e os de Maio a diminuir para cerca de 20 mil a exemplo da relação dos contratos de Abril / Maio.

Vou agora seguir esta relação em conjunto com a evolução dos preços. Não vou possivelmente chegar a grande conclusão mas...
 

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #493 em: 2005-03-22 06:08:17 »

maisum:
Esse é um ponto muito interessante.
É sem dúvida por causa dessa componente especulativa (de quem tem contratos comprados mas na realidade não quer nunca comprar petróleo real nenhum...) que os preços se distribuem na curva actual: Sobem a partir do cash e do contrato de Maio até ao contrato de Julho ou Agosto, e depois descem daí em diante.
(Já agora, só para situar esses números, 200 e tal milhões de barris é algo da ordem de grandeza da totalidade das reservas comerciais de crude detidas por todos os operadores dos USA...)

Entretanto saiu o novo CoT da CBOT (http://www.cbot.com/cbot/pub/static/files/futoptcot.pdf) e reconheço que fiquei um pouco surpreendido com os números: Será que já temos tantos "large specs" a sair como os que continuam a entrar?

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Incognitus
« Responder #502 em: 2005-03-22 16:17:31 »

Agora começou a puxa habitual das 16:00-16:30, que era a que convinha falhasse. Quando falhar, despenha-se.

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Incognitus
« Responder #504 em: 2005-03-22 16:31:21 »

Interessante seria saber PORQUÊ existe esta subida a esta hora virtualmente TODOS os dias ...

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maisum
« Responder #505 em: 2005-03-22 16:50:06 »

É para criar um hábito. Este costume depois vai transformar-se num terror ... para os patos que ficam presos na rede. Num terror porque é como diz o Incognitus, quando cair deve ser muito doloroso. O problema entretanto é se eles conseguem arrastar isto por muito mais tempo, a chamada distribuição aos patos. Bem, não liguem muito, tudo isto é conversa barata para descontrair.

Atenção que amanha é dia de música e isto hoje não deve sair da cepa torta, eheh

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #506 em: 2005-03-22 17:00:16 »

O curioso é que se e quando cair, a música também deixa de ter relevância para baixo ... eheh.

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Ming
« Responder #507 em: 2005-03-22 18:46:53 »

Bom, está a cair e muito bem...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #508 em: 2005-03-22 18:48:27 »

Só que amanhã saem mais uns dados dos USA, e é de esperar que sejam algo semelhantes à semana anterior...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #509 em: 2005-03-22 18:50:36 »

De qualquer forma é impressionante!

050322Fresquinho
Fresquinho (visto 1314 vezes)

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Incognitus
« Responder #510 em: 2005-03-22 18:54:17 »

A partir do momento em que a puxa da tarde falha, é de esperar uma queda significativa ... e vamos ver se desta não existe puxa do fecho, caso em que a queda pode ser mesmo MUITO significativa.

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Ming
« Responder #511 em: 2005-03-22 18:57:00 »

Continua a rebentar!
(Mais uma vez tenho a "honra" de ter fechado os meus curtos exactamente no topo do movimento... :roll: )

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Incognitus
« Responder #512 em: 2005-03-22 19:01:02 »

Citar
Mais uma vez tenho a "honra" de ter fechado os meus curtos exactamente no topo do movimento...  )

A razão pela qual eu não fechei os meus, é que isso mesmo já me aconteceu 3 vezes este ano ... (aço, homebuilders, e do lado longo Elan).

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maisum
« Responder #513 em: 2005-03-22 19:11:50 »

É pá que grande surpresa! Pelo que vejo estaria muita gente a pensar da mesma forma.   :?:  :?:  :?:

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maisum
« Responder #514 em: 2005-03-22 19:13:38 »

E tudo isto antes do fecho e ... da decisão das taxas. O que é que isso quererá dizer...

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Incognitus
« Responder #515 em: 2005-03-22 19:15:08 »

Citar
E tudo isto antes do fecho e ... da decisão das taxas. O que é que isso quererá dizer...

Ainda temos que ver se não o puxam no fecho, já que em cada um dos dois últimos dias o puxaram quase 1% nos últimos 20 minutos. Aliás, já está a tentar fazer o mesmo agora.

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Ming
« Responder #516 em: 2005-03-22 19:16:52 »

Provavelmente é um erro, mas decidí retomar uma posição curta muito pequenina.

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Incognitus
« Responder #517 em: 2005-03-22 19:31:50 »

A puxa final foi débil ... aparentemente a Arábia Saudita repetiu o que já tinha dito, que produziria o necessário para não existirem faltas, mas desta vez o impacto foi diferente.

Bem, a verdade é que os stocks estão mais elevados que o ano passado, e as posições longas especulativas também, e essas duas realidades não são compatíveis por muito tempo.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #520 em: 2005-03-23 15:35:40 »

Stocks de Crude muito acima do esperado, mas gasolina e destilates muito abaixo, são relativamente neutros a ligeiramente negativos, mas o petróleo já estava "assustado" antes de sairem, pelo que caiu ainda mais.

Eu fechei tudo a 54.09, porque penso que existirá uma reacção secundária para cima, depois logo se vê se re-abro.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #521 em: 2005-03-23 17:02:47 »

Puxa que estes gajos do pitrol não brincam. Quando dizem mata, é mesmo para abater :!:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #522 em: 2005-03-23 17:07:35 »

Yep. É o que acontece nestas pequenas bolhas. Promover, puxar, dar o máximo, rebentar. Repara como os padrões todos (puxa a meio da tarde, puxa no fecho, puxa antes de abrir) desapareceram todos quando foi para cair. Agora a queda auto-alimenta-se.

Eu por um lado estive bem pois consegui apanhar a queda com uma posição bastante grande. Por outro, fechei hoje a 54.09, podia ter re-aberto acima de 55 e não o fiz, agora está a 53.60.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #523 em: 2005-03-23 17:14:50 »

Pois eu pensei que lá em cima desse mais luta e não arrisquei a 1ª posição. Mas aquela queda antes do Greenspan deitar faladura já explica tudo. O plano foi perfeito.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #524 em: 2005-03-23 19:34:39 »

A puxa de final de dia, ainda que tentada, falhou ...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #525 em: 2005-03-23 21:21:39 »

Conseguiram agora puxar a coisa um bocadinho, na fase de pouca liquidez...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #526 em: 2005-03-23 21:31:10 »

Início da "noite", mas parece algo desesperado por ser logo no início ... não me admirava que perdesse o ganho ainda durante a noite tb.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #528 em: 2005-03-24 10:10:21 »

Entretanto tivemos uma grande explosão e incêndio numa refinaria da BP no Texas.
Esse acidente só afecta a produção de gasolina, pelo que em termos reais só deveria resultar em descida no preço do crude (e subida no da gasolina) mas, claro, os toscos dos fundos entraram logo a comprar no crude, reforçando este pequeno rebound.
Agora, já desceu quase $1 desde o máximo do rebound (nos $54.60, para os contratos de Maio)...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #529 em: 2005-03-24 10:30:14 »

Bem, já vou no segundo "round trip" esta noite...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #532 em: 2005-03-24 11:09:55 »

How Should The Fed Respond To Energy Prices?

http://www.safehaven.com/article-2782.htm

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Ming
« Responder #533 em: 2005-03-24 11:20:24 »

Citar
How Should The Fed Respond To Energy Prices?
http://www.safehaven.com/article-2782.htm

Excelente artigo, e o site parece todo ele muito interessante!

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #534 em: 2005-03-24 11:29:07 »

Tb gostei muito do artigo e vou explorar mais o site.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #562 em: 2005-03-30 14:51:53 »

E hoje é dia de música no crude e falta pouco mais de 1/2 hora. O gráfico diz que vêm aí mais quedas mas ...eu vou ficar na expectativa:wink:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #563 em: 2005-03-30 15:36:16 »

Números muito bons, subida de stocks de crude de 5.4mn barris contra 2mn esperados, a gasolina caiu 2.9mn contra 1.8 esperados, os destilates cairam 1.1 contra 1.5 esperados, no conjunto são muito bons para a queda do crude...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #564 em: 2005-03-30 15:50:56 »

Excelentes, mesmo.
Bem me parecia que tinha chegado a hora da queda dos preços, e que nada iria alterar isso...


Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #565 em: 2005-03-30 15:55:52 »

Os nºs da API estão a ajudar á festa

crude:      +2,6 MB
gasolina:   -1,9 MB
destilados: -0,63 MB

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #568 em: 2005-03-30 16:03:40 »

Sim, tambem são bons dados, mas pouca gente atribui grande importância aos números do API...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #569 em: 2005-03-30 16:13:26 »

Ming, será por causa de uns saírem 1º ou haverá razões mais fundamentais? A EIA é uma organização governamental e a API é uma associação privada. Dá aí umas dicas.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #570 em: 2005-03-30 17:55:11 »

Penso que principalmente é porque os dados do API parecem ser pouco estáveis.
Por exemplo:
Por vezes apresentam acréscimos ou decréscimos verdadeiramente extraordinários (e pouco credíveis), como 8 ou 9 Mb para o crude, numa semana...

Mas se calhar as razões que já apontaste tambem pesam no assunto...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #571 em: 2005-03-30 19:36:59 »

Mas os especuladores não desistiram ainda, como se vê pela recuperação hoje (eu até estou a "torcer" por eles, pois queria entrar numa posição novamente).

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #572 em: 2005-03-30 20:00:17 »

Provavelmente foi por causa das "notícias" sobre a greve da Nigéria... :roll:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #573 em: 2005-03-30 20:13:13 »

Não, afinal os argumentos "oficiais" são a gasolina e os destilados... :roll:

Citar
3:06pm 03/30/05  
 Crude-oil futures close down but off the low By Lisa Sanders
DALLAS (MarketWatch) -- Crude-oil futures closed lower but well off Wednesday's trough, and petroleum products rallied late as traders turned their attention from crude supplies to gasoline and heating oil inventories. May crude fell as low as $52.50 a barrel, with the slide precipitated by reports from the Energy Department and the American Petroleum Institute data that showed a healthy increase in U.S. crude supplies. On the New York Mercantile Exchange, May crude closed at $53.99, down 24 cents. April gasoline closed up 1.5 percent, or 2.31 cents, at $1.5961 a gallon, and April heating oil gained 3.2 percent, or 5.03 cents, to close at $1.6066 a gallon.



Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #574 em: 2005-03-31 00:26:41 »

Ming, thanks acerca da questão que te coloquei.

Sobre o move de hoje, e não só, o crude parece que também cumpre certas premissas técnicas

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #575 em: 2005-03-31 00:31:58 »

Foi pena não ter dado mais luta lá em cima. Caíu que nem uma bomba Smiley

050330QM
050330QM crude oil (visto 970 vezes)

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Anonymous
« Responder #576 em: 2005-03-31 10:38:42 »

E vai continuar a cair...

A análise técnica (neste caso a comparação dos dois topos, e a espectativa de que os comportamentos subsequentes a esses topos sejam semelhantes) não substitui a análise das realidades.

E a realidade é que neste momento o esforço de alguns fundos para puxar as cotações para cima está em conflito com uma situação das reservas tão confortável que faz com que já não baste a força de compra de alguns dos fundos (outros já se colocaram do lado curto, como se tem visto pelas declarações dos "analistas") para contrariar os fundamentais... :wink:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #577 em: 2005-03-31 13:21:48 »

Raid aos 55.500 no QM. Huh?

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #578 em: 2005-03-31 13:26:48 »

Chatice, eu não estava no sistema. Claramente, existem "desperados" que querem de todas as formas reacender a subida. Algo de muito semelhante se passou no gás natural o ano passado, e dava para fazer dinheiro instantaneo.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #579 em: 2005-03-31 13:54:47 »

O mais engraçado neste rally nocturno, é que ele acontece num dia em que duas das principais notícias são mais uma tentativa do governo chinês para abrandar a economia, e números económicos mais fracos que o esperado nos EUA.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #580 em: 2005-03-31 13:58:56 »

Tb há o assunto da greve na Nigéria.

O que eu não estou a perceber é como o máx dos QM foi corrigido de 55.500 para 55.150 na plataforma da IB Huh?

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #581 em: 2005-03-31 14:03:09 »

Sobre a greve da Nigéria, já se sabia a semana passada, ANTES da queda do crude.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #582 em: 2005-03-31 14:24:41 »

Incognitus viste o máx a 55.500. 10min antes dos dados ás 13:30h . Parece marosca, que é como quem diz malandrice :wink:

050331IB_QM
050331IB$ QM (visto 1232 vezes)

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #583 em: 2005-03-31 14:28:13 »

Bem, a explicação real afinal é diferente ... e típica. Quem e que estava na bolha TMT a dizer para comprar? Pois ... são os mesmos que hoje disseram que o petróleo podia ir a $100, qual target dotcom.

http://www.thestreet.com/_tscs/markets/marketfeatures/10215490.html

Crude Oil Prices Perk Up

By TSC Staff
3/31/2005 9:06 AM EST    

Updated from 7:44 a.m. EST
 
 

Oil prices were moving steadily higher Thursday, spurred on by a Goldman Sachs research note that said a $100-barrel isn't out of the realm of reason.

The May futures contract was recently up $1.11 to $55.10 a barrel in Nymex electronic trading. Gasoline futures, which expire Thursday, were down a fraction of a cent at $1.594 a gallon.

Futures caught a bid after Goldman put out a note arguing oil markets are in the early stages of a bull run that could take crude above $100 a barrel. The bank said such prices would eventually crimp global demand, but until then it predicted major upside for major oil producers.

Nevertheless, prices remain below the record highs two weeks ago, as the dollar has rallied and traders reassess supply levels. Energy Department data yesterday showed a larger-than-expected increase in crude inventories, which triggered a massive selloff that took crude below $53 a barrel for a good part of the session. Prices rebounded late in the day.

The recent decline comes despite signals OPEC no longer plans to boost production again since agreeing to a 500,000 barrel a day increase at its last meeting two weeks ago. The oil cartel has suggested that the pressure to act is now off given the market's modest correction.

The 2005 rally caught many traders and analysts by surprise. Prices had undergone a steep correction from their previous record highs of October 2004

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #584 em: 2005-03-31 14:37:08 »

É impressionante como a Goldman sempre está do lado dos hedge funds, nos tempos mais difíceis...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #585 em: 2005-03-31 15:02:16 »

Também é engraçado dizer-se que os hedges não são quem está a puxar o petróleo, e que ao mesmo tempo a opinião da Goldman Sachs tenha impacto no preço do petróleo.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Lark
« Responder #586 em: 2005-03-31 15:12:05 »

Goldman sees oil price 'super spike'
Crude could reach $105 a barrel, says analyst
By Padraic Cassidy, MarketWatch
Last Update: 10:00 AM ET March 31, 2005  
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NEW YORK (MarketWatch) - Oil prices are rising enough to begin to meaningfully reduce energy consumption, Goldman Sachs analysts said Thursday, predicting per-barrel trading is in the early stages of what it called a "super spike" period.
      
      

Goldman sees oil price 'super spike' to $105 a barrel
Oils rally as crude returns to $55
Oil stocks close higher as crude recovers

Oil prices could reach $105 per barrel, up from a previous $80 estimate, according to Goldman's research note.

"The strength in oil demand and economic growth, especially in the United States and China, following a year of $40-$50 per barrel WTI oil has surprised us... The reason for this adjustment in view is that persistent high prices are improving the financial position of key oil exporting countries and could serve to keep potential revolution at bay," said analyst Arjun Murti.

Crude-oil prices climbed sharply in electronic trade, adding 2 percent to $55.06. See futures story.

Goldman raised spot forecasts for WTI spot oil to $50 for 2005 and $55 for 2006.

Murti also said earnings consensus for oil and gas companies ought to grow by 21 percent and 35 percent, respectively in 2005 and 2006, as those stocks stand to outperform the broader market.

"We believe the sector has as much as 80 percent total return potential upside to super-spike-adjusted peak values that correspond to a scenario that assumes a 100 percent probability of a super spike," he said.

Murti recommends adding to positions in the oil sector "at current prices, on a pullback, or even after rallies," and raised 2005 and 2006 earnings estimates across the board.

His top picks in the sector continue to be Exxon Mobil (XOM: news, chart, profile) , Amerada Hess (AHC: news, chart, profile) , Bill Barrett Corp. (BBG: news, chart, profile) , Devon Energy (DVN: news, chart, profile) , EnCana Corp. (ECA: news, chart, profile) , Murphy Oil (MUR: news, chart, profile) , Newfield Exploration (NFX: news, chart, profile) , Pioneer Natural Resources (PXD: news, chart, profile) , Premcor (PCO: news, chart, profile) , Questar Corp. (STR: news, chart, profile) and Suncor Energy (SU: news, chart, profile) .

Abraço,

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Incognitus
« Responder #587 em: 2005-03-31 15:14:53 »

Citar
that correspond to a scenario that assumes a 100 percent probability of a super spike

É a mesma Goldman Sachs de sempre.

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Ming
« Responder #588 em: 2005-03-31 15:30:53 »

Sim, é o que se sabe:
Eles tem os interesses deles e os dos clientes, e tentam "defende-los" dizendo seja o que for que lhes pareça útil...
Mas isto não pode durar...

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Incognitus
« Responder #590 em: 2005-03-31 15:49:36 »

re-abri uma posição pequenina contra esta subida, por estar a ser claramente fabricada para "safar" os hedges, já que ontem o petróleo estava a entrar em colapso (claremente, esta opinião da GS foi dada a conhecer ontem, e foi o que possibilitou a recuperação ontem).

Em todo o caso não vou ser agressivo, já que é bem patente o poder do outro lado (uma subida de mais de $2 em horas com base numa opinião).

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #592 em: 2005-03-31 17:30:39 »

Voltamos ao padrão antigo, com puxa à tarde, vamos ver se o mesmo é feito no fecho.

Em todo o caso, um "upgrade" da GS faz emergir o óbvio: que o mercado do petróleo de facto está controlado por hedge funds. Senão a GS não lá andava também.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #593 em: 2005-03-31 19:16:40 »

Bem, isto hoje deu um pequeno stop loss, aproveitei esta queda perto do final para o executar, com medo de que os últimos 15 minutos voltem ao "controlo", bem como a noite.

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Incognitus
« Responder #595 em: 2005-03-31 20:13:07 »

Citar
Analyst Kevin Kerr of Kerr Trading International said the Goldman call was irresponsible and "clearly an attempt to talk up the market on nothing more than hot air. Goldman has huge speculative energy positions and they have no interest in watching it go down right now.

Esta está de morte, vinda do Kerr ... ehhe ... o que as coisas mudam.

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Incognitus
« Responder #596 em: 2005-03-31 20:13:54 »

Mas ele tem razão, ALGUÉM tem as posições longas dos "large speculators", e a GS é um bom candidato.

A realidade é que isto hoje serviu um propósito, o crude estava sem suporte nenhum ontem.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #604 em: 2005-04-01 16:15:21 »

Bem, a "boca" da Goldman Sachs já valeu $4 no crude, e 10% na Gasolina. Impressionante.

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Ming
« Responder #607 em: 2005-04-01 19:25:14 »

Sim, é verdadeiramente impressionante.
Contra todas as realidades, estão a conseguir manipular os preços como querem.
É certo que tem a "conivência" dos que andam nisto um pouco às escuras, mas se a tem é porque a conseguiram criar/alimentar...

O que mais impressiona é que nas commodities as realidades costumam pesar muito mais do que por exemplo nas acções...
E mesmo assim, eles conseguiram desligar totalmente os preços das realidades do mercado (neste caso, da oferta e procura de crude)...
Tenho de lhes bater palmas... :?

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Incognitus
« Responder #608 em: 2005-04-01 19:31:54 »

A forma como é feito até parece tirado a papel químico da bolha TMT ... um analista a atirar um "price target" gigantesco sem informação nenhuma nova que o suporte, simplesmente tira $105 do chapeú e mostra ao povo, numa altura em que o petróleo até se estava a despenhar.

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Incognitus
« Responder #609 em: 2005-04-01 19:33:31 »

Bem, eu tinha fechado tudo, ontem fiz um pequeno stop loss numa primeira tentativa, e hoje re-abri uma parte da posição que utilizei antes. Já estou ligeiramente debaixo de água ($0.30, mais ou menos), mas ainda não muito assustado, pois a "festa" da GS já vai no dia 3 e já acrescentou quase $5 ao barril sem info nenhuma nova.

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Ming
« Responder #610 em: 2005-04-01 19:37:14 »

Sim, este parece um bom momento para entrar curto.
Mas eu estou decidido a evitar os investimentos que dependem de adivinhar movimentos de cotações no curto prazo.
Para mim, o petróleo passa a ser uma aposta de longo prazo.

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Incognitus
« Responder #611 em: 2005-04-01 19:50:32 »

Ahhh ... descobri porque é que o target da GS é $105 ... um número tão redondo.

$52.5 do dia em que foi emitido (1 dia antes de ser público) X 2, pois claro. eheheh.

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Incognitus
« Responder #614 em: 2005-04-01 21:25:06 »

Um novo máximo era quase uma necessidade ...

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maisum
« Responder #615 em: 2005-04-01 22:57:19 »

Como diz o outro ...“é pá ganda nassa”

050401QM
050401QM crude oil (visto 1048 vezes)

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maisum
« Responder #616 em: 2005-04-01 23:05:38 »

Os gráficos dizem que pode haver preços mais altos no crude. Mas passar dos 40 / 50 dólares num ano para mais de 60 no ano seguinte parece complicado. Ou nem por isso? Mas então os stocks não estão a aumentar? Então não vamos ter petróleo até 2040? O problema parece ser que há quem pode... e compre muito petróleo com pouco dinheiro e muito facilmente. Mas que diabo, esses tipos parece que não estão interessados em receber esse viscoso todo de maneira nenhuma.


Puxa. 105 dólares??? eheh, os tipos são loucos mas mais vale não os contrariar. Quando muito uns intraday...

050401CL
050401CL crude oil (visto 1042 vezes)

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Gracindo
« Responder #617 em: 2005-04-01 23:22:44 »

Está tudo nos conformes. Tudo isto faz parte do sistema hehe!

Impressiona como o mercado americano pode ser manipulado de todas as maneiras e feitios desde as bolsas ao fórex.

O  dólar sobe mas para um europeu tirar uns lucros que se vejam nos USA tem que suar muito! Pois, eles querem é lá o dinheiro e não a sua saída

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joaocosta
« Responder #618 em: 2005-04-02 16:18:27 »

Citação de: "Gracindo"
O  dólar sobe mas para um europeu tirar uns lucros que se vejam nos USA tem que suar muito! Pois, eles querem é lá o dinheiro e não a sua saída

O  dólar sobe mas para um europeu tirar uns lucros que se vejam nos USA tem que suar muito! Pois, eles querem é lá o dinheiro e não a sua sa

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Gracindo
« Responder #619 em: 2005-04-02 17:15:27 »

Caro João

Veja a correlação entre subida do euro e queda das bolsas e vice versa

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joaocosta
« Responder #620 em: 2005-04-03 14:19:12 »

O que está a dizer é que quando as bolsas sobem, o Dolar tende a descer, e vice-versa, logo, os ganhos de um Europeu nos EUA são menores do que seriam se estivessemos a trabalhar em dolares, certo ?

  Confesso que não verifiquei se essa correlação existe, mas admito perfeitamente que sim.

  Sendo esse o caso, é muito fácil fazer a cobertura desse risco assumindo uma posição no mercado cambial.

  E o mesmo se aplica a um Americano que queira investir em activos que transaccionem em Euros.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #621 em: 2005-04-04 07:36:08 »

A OPEC recomeçou as conversações para novo aumento de output (para além dos 500 000 já aprovados).

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Ming
« Responder #622 em: 2005-04-04 08:52:31 »

Um aspecto muito importante, que já aqui discutimos superficialmente mas que me parece ser realmente muito importante (e portanto parece dever ser aprofundado) é a postura do governo dos USA, que parece querer incentivar esta bolha do crude.
Isso é algo que tem um peso muito grande no que tem estado a acontecer.

A este propósito, gostaria de chamar a atenção para a mudança que se notou nos TWIP da EIA ("This Week In Petroleum", http://tonto.eia.doe.gov/oog/info/twip/twip.asp), ao longo do último par de meses:

Antes, tinham uma postura "realista" (se pensarmos apenas no curto prazo), e até diria muito conservadora, de esperarem sempre que os preços do crude caminhassem para um valor mais baixo, que defendiam que tendencialmente deveria ser na zona dos $40 a $45...

Recentemente, (em especial nos últimos 2 ou 3 TWIPs) começaram a escrever para tentar ajudar à subida dos preços.
Na semana anterior à última, fizeram a modificação da análise dos stocks para passarem a falar de "dias de cobertura" ao invés de "reservas nominais", como antes.
Na última semana foram mais divertidos: Como os stocks cresceram tanto que até esse tipo de análise daria um aumento enorme, não disseram uma única palavra sobre os stocks e os preços do crude, que tradicionalmente eram o aspecto mais importante analisado nos TWIP...

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
visitante...
« Responder #627 em: 2005-04-04 15:36:45 »

Boas,

Gostaria ,se possivel, de ouvir opinião em relação à formação de um possível "duplo-topo" no curto prazo. Em valores pouco acima dos 58.00!!

Obrigado.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #628 em: 2005-04-04 15:40:48 »

Pode acontecer, mas quando se souber se aconteceu ou não, já o petróleo teria que estar abaixo dos 52.50, e nessa altura seria muito perigoso shortar. O petróleo com a sua tendência ascendente é perigosíssimo de shortar "na fraqueza" (ou seja, se se quiser estar curto - e eu estou - tem que se tomar essa posição na força).

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
visitante...
« Responder #629 em: 2005-04-04 15:58:22 »

Boas denovo,

O objectivo seria, claramente, antecipar esse duplo topo o mais rápido possível para maximizar os possiveis ganhos, e , mais importante, o stop nesta altura seria colocado muito proximo, pelo que o rácio risco/retorno seria óptimo!!

Boa mensagem essa do entrar curto na força! Gostei...

Obrigado.

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Incognitus
« Responder #630 em: 2005-04-04 16:02:07 »

Bem, mas o problema é que normalmente as figuras técnicas tomam-se quando se completam, e não quando achamos que está a fazer uma.

Para mim ir contra tendências fortes sempre funcionou melhor quando o faço contra a força (sell on strenght) e não em fraqueza. Em fraqueza, é necessário apanhar a primeira fraqueza exacta em que a tendência morre ou perde-se imenso. Em força, existem sempre correcções para nos safarmos mesmo que não seja o topo exacto.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #632 em: 2005-04-05 10:00:56 »

Citar
All of these factors have been ignored, Evans said, by the growing number of hedge funds and other speculators betting on crude futures, proving only that there is demand at any price for "paper barrels."

When asked why the market would ignore what he considers to be an adequate supply situation and instead focus on everything that could wrong to disrupt it, Evans answered with a question.

"Why did people chase Internet stocks in the late 1990s, and why did they shift from looking at earnings to looking at revenues and from looking at revenues to looking at the number of hits on a Web site as a method of valuation?"

O problema é que quando está em curso uma bolha o antecipar uma entrada contra a corrente pode ser muito danoso como o foi no caso das TMT. Houve certamente muitas pessoas que tendo consciência da sua existência (bolha) não foram na corrente e nem ganharam nem perderam. Mas os que contrariaram quando deram pelo erro já era tarde. E depois haverá os que vão entrar longo lá no topo, seja ele onde for, e os que vão entrar longo quando estiver já em queda. Estes últimos deverão engrossar e fazer parte do maior grupo de perdedores, os que julgam que compram barato quando na verdade está muito caro...

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Visitante...
« Responder #636 em: 2005-04-05 17:16:04 »

Boas...

Estou curto já bastante "pesado" para a minha carteira!!! Tudo com base no possível duplo topo que se venha a formar.

A que horas saem esses dados amanha? Peço desculpa pela ignorância, mas sou sobretudo um "tecnico", pelo que só ligo practicamente a gráficos. Esses dados, no entanto, é lógico que terão influência no "caminhar" do crude!

Obrigado mais uma vez.

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Mystery
« Responder #637 em: 2005-04-05 17:38:48 »

este research da goldman sachs faz-me lembrar as recomendações de um sr chamado Henry Blodget... pergunto-me o que será feito dele?

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Incognitus
« Responder #640 em: 2005-04-05 18:33:37 »

Citar
este research da goldman sachs faz-me lembrar as recomendações de um sr chamado Henry Blodget... pergunto-me o que será feito dele?

Possivelmente mudou de nome e agora cobre o sector energético. Bem, em todo o caso existe uma lógica para o que a Goldman fez, o "timing" é que foi algo questionável e pareceu obedecer a outro tipo de necessidades que não o analisar o mercado.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Ming
« Responder #641 em: 2005-04-05 19:14:18 »

Por mim, tambem mantenho algumas posições curtas, embora limitadas.

Este tipo de mercado parece-me bastante arriscado (por mim, já tive dois trades com perdas muito grandes  :oops: :cry: ) e recomendaria a toda a gente, e em especial a quem tiver pouca experiência de futuros, que não abram posições muito grandes...
É preciso ter sempre consciência que uma coisa é a disponibilidade de cash para abrir margens e outra, muito diferente, é o total do subjacente envolvido em cada contrato... :wink:

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #642 em: 2005-04-05 19:21:02 »

Citar
É preciso ter sempre consciência que uma coisa é a disponibilidade de cash para abrir margens e outra, muito diferente, é o total do subjacente envolvido em cada contrato...

Isto é crucial. Quando as pessoas começarem a olhar somente para o subjacente, o nível de risco que tomam será certamente muito mais adequado (menor) do que se estiverem a olhar para as margens.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #643 em: 2005-04-05 19:21:48 »

Bem, fechei as minhas posições curtas no Crude ... cedo demais, mas deram bom lucro.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Visitante...
« Responder #657 em: 2005-04-06 12:57:36 »

Alguem me pode dizer qual é a amplitude "esperada" para uma reacção ao possivel aumento das reservas fora do normal. Isto é, o crude costuma fazer um movimento, em situações similares, de que valores? $1 ou $2?

Por exemplo no cross eur/usd sei que um movimento de 100 pips a 200 pips pode acontecer numa altura de surpresa de resultados. No petróleo isso poderá acontecer com que amplitude? Alguém tem experiência neste aspecto para me poder adiantar um valor?

Obrigado!

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #658 em: 2005-04-06 13:11:16 »

Citar
Alguem me pode dizer qual é a amplitude "esperada" para uma reacção ao possivel aumento das reservas fora do normal. Isto é, o crude costuma fazer um movimento, em situações similares, de que valores? $1 ou $2?
Obrigado!

Eu apenas reparei no último dia 22/Mar e o que sucedeu foi minutos antes da decisão do FED deu-se uma queda de cerca de $1.50. De referir que o fecho dos futuros do crude é ás 19:30h

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #659 em: 2005-04-06 13:15:25 »

A questão era sobre os dados de inventários. Pareceu-me ver taxas!!! Peço desculpa.

Sobre os movimentos após os dados de inventários os movimentos costumam ser violentos com as amplitudes referidas mesmo por vezes sem grandes surpresas aparentes

Abraço

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #660 em: 2005-04-06 13:18:24 »

$1-$2 é relativamente normal, mas não são impossíveis movimentos de $5 ou mais no petróleo, embora não sejam normalmente causados por divulgação de reservas e sim por outros acontecimentos.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
Incognitus
« Responder #664 em: 2005-04-06 18:23:12 »

Entretanto, vi o que pode ser uma explicação engraçada para o facto de o Crude reagir tantas vezes ao CONTRÁRIO do que os números parecem indicar.

Conhecem aquela experiência de colocar uns macados numa jaula, e uma banana suspensa, e quando um macaco vai apanhar a banana os outros levam um banho, até ao ponto em que se algum macaco tenta apanhar a banana os outros lhe batem, e vão-se substituindo os macacos até não sobrar nenhum que saiba que originalmente quando alguém apanhava a banana os outros sofriam uma molha, e no entanto quando algum tenta ir buscar a banana leva uma sova?

Pois bem, no passado os números dos stocks saiam à Terça Feira à noite. Mas, aparentemente, existiam sempre muitos "leaks" pelo que o mercado actuava com base nos números ANTES de eles sairem. Ora, quem actuava com base nos números no dia seguinte de manhã (Quarta), muitas vezes saía a perder pois o mercado já tinha incorporado a informação no dia anterior, e nesse dia tomavam-se lucros no sentido contrário (muitas vezes).

Resultado, o mercado "habituou-se" a reagir ao contrário dos números, e agora já ninguém sabe porque leva uma sova sempre que tenta chegar à banana com base nos números.

Artigo:Preço do petróleo-Análise a vários prazos
maisum
« Responder #666 em: 2005-04-06 18:43:52 »

A história dos macacos já é antiga mas a tua analogia com os futuros do crude é simplesmente deliciosa.

Atenção ao futebol no canal 1. Os especuladores vão parar por agora...

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Ming
« Responder #669 em: 2005-04-07 10:29:16 »

Citar
Incognitus / Ming

Seria possível um comentário vosso ao discurso de ontem de Greenspan

http://www.federalreserve.gov/boarddocs/speeches/2005/20050405/default.htm

Ok.
Li-o com atenção.
Parece-me muito interessante, embora seja de facto bastante prudente (mas de uma forma que não o prejudica muito - é um bom trabalho).

Em especial encontrei nele algo de que já tinha lido algo há muito tempo mas que entretanto tinha esquecido: A referência aos depositos de um gás tipo gás natural/metano congelado, de que existem reservas verdadeiramente muito grandes.
A expectativa actual será de que essas reservas possam ser exploradas dentro de uns 20 anos, mas imagino que perante uma falta continuada de crude se possam "comprimir" esses 20 anos... :wink:

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maisum
« Responder #671 em: 2005-04-07 11:17:47 »

Ok Ming, obrigado.
Realmente o homem é bastante prudente. Tão prudente que chega a irritar quem quer ler nas suas declarações mais alguma coisa do que ele diz.. Vou citar uma tradução que fiz outro dia dum artigo em espanhol

Citar
Greenspan tem uma particularidade que o fez famoso: diz o que quer dizer sem que depois de dize-lo fique claro que disse o que quis dizer. Faz já uns anos que perante uma comissão do Senado quando  o presidente do FED finalizou a sua intervenção um senador teve a ousadia de iniciar o discurso dizendo: “Sr.Greenspan, entendi o que Sr. disse e ...”. Greenspan interrompeu-o secamente dizendo: “sim o Sr. entendeu o que eu disse mas é que eu não me expressei bem”.

Greenspan é o oráculo de Delfos reencarnado. A primeira pessoa que Bush filho foi visitar após ter sido elegido presidente nas eleições de 2000 foi ...Alan Greenspan.

"Say, Ole Bear....You don't respect Mr. Fed?
Easy Al, the Putt Writer's Pal? Mr.Magoo?
The Great Oz? aka "Sir Alan of Greenspam" or
Mr. Alan Greenspan, Chairman
Federal Reserve Central Bank?

Nope, not in the least as Central Bank Fed Reserve Chairman and his cavalier understanding of economics! Ole Bear also doesn't respect the Federal Reserve System... and the Merry Men -- bunch of total idiots with unelected power who have no understanding of Austrian Economics or Adam Smith, and they lie to the U. S.
Taxpayers.

http://www.pgtigercat.com/ApprFinancial/MrMagooLive.html#RecentNews

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Ming
« Responder #674 em: 2005-04-07 16:43:17 »

O que é que aconteceu?Huh?Huh?Huh?Huh?

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Ming
« Responder #675 em: 2005-04-07 16:47:57 »

Esta descida deve-se só aos dados do gás natural?

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ANÁLISIS CÍCLICO

Megabolsa
       

           - Introducción


 
           - Fase I  - El boom económico


 
           - Fase II - Las medidas restrictivas



           - Fase III - Las medidas de relanzamiento


                   * Alza Líquida

                   * Alza Fundamental

                   * Alza Especulativa






- Introducción:


Los enemigos en la bolsa son:

     - Medios de comunicación

     - Inversores

     - Profesionales

     - Familias (sobre todo esposa y madre)

Hay que fijarse como actúan los brokers extranjeros, sobre todo alemanes y estadounidenses, porque son más expertos en esta materia y la conocen mucho más.
 

Factores que influyen en la bolsa:

     1) Factor económico: que la economía internacional, de un país o de la empresa esté mejor o peor.

     2) Factor monetario: si el dinero es caro o barato:

          - El comportamiento del banco de España (tiene que ser independiente)

          - El comportamiento de la banca

          - El comportamiento del dinero extranjero


     3) Factor humano o psicológico. Hay dos problemas:

          - Redondeo: nunca dar la orden de vender a 2000,pues todo el mundo hará lo mismo y nunca llegará a ese precio

          - Hacienda: no vender porque hacienda se lleva todo

 

Personas que tienen información privilegiada:

1) INSIDER: es el gran directivo, gran accionista, abogados de la empresa. etc. Son personas discretas (ya que pueden provocar que la empresa quiebre) y por eso son pocas personas.

2) Información directa:

     a) Líderes sindicales:

          - Forman parte del consejo de administración

          - En huelgas: si baja la producción suben los precios

     b) Meteorólogos: sobre todo en mercados agrícolas

3) Los que posean análisis técnico

4) Medios de comunicación y economistas: el último en enterarse es el inversor privado

Nuestra función principal será averiguar que hacen los insiders.





- FASE I: EL BOOM ECONOMICO (1987-1989)




Comportamiento económico

Hay una excelente marcha de los negocios y del empleo

Actitudes de las masas sociales:

     - Sindicatos: piden aumentos salariales

     - Empresarios: suben los precios para contrarrestar los precios y la fuerte demanda

     - Organismos públicos: se le pide de todo y cede (funcionarios, pensionistas, etc.)

     - Ciudadanos: fiebre consumista

 

A consecuencia de esto se produce inflación y déficit. Es la época de hacer ajustes y reconversiones.

 

En esta época:

     - Las personas gastan, mientras deberían ahorrar

     - Las personas invierten, mientras que deberían desinvertir, es decir vender

 

Si hacemos lo que debemos hacer, obtenemos dinero para:

     - Hacer frente a las vacas flacas

     - Comprar chollos

 

Repercusiones en la economía:

     - Pereza: dejarlo para más adelante

     - Dificultades

Nunca estudiaremos lo que un gobierno tiene que hacer, porque no lo hace. Lo estudiaremos cuando un gobierno esté en situación crítica, ya que tendrá personalidad.

 

Comportamiento bursátil

Se produce el fenómeno de la DISTRIBUCION: las grandes empresas conocen el ciclo económico y antes de que la bolsa caiga vende sus acciones. Para que alguien venda tiene que haber compradores, y esos son los pequeños accionistas. Pero el grande no puede vender de golpe y tiene que crear un clima para que los pequeños piquen. ¿Cómo los pillamos?

Para darse la distribución tiene que cumplirse que halla:

     1) Euforia económica

     2) Euforia bursátil, con la condición de que esté en la calle. Tienen que hablar de ella:

          - Los medios de comunicación:

               * Prensa: en diarios de información general, en portada y en grandes titulares

               * Radio: tiene que aparecer en programas populares e informativos

               * TV: en los telediarios de las 15:00 y programas populares

          - Lugares populares: se transmite de boca en boca. Se da en bares, fútbol, trabajo, peluquerías, etc.

     3) Como consecuencia de esta euforia, hay una entrada masiva de aficionados.
          Cuando empiecen a bajar las cotizaciones todos querrán vender y se producirá el hundimiento.
          Así hay que huir de todo aquello que sea euforia.

     4) Existe la sensación de que todo subirá ilimitadamente

     5) Incremento en las cantidades de ampliaciones de capital

     6) Ayuda del análisis técnico para ver si se está produciendo la distribución.
          Buscaremos figuras bajistas, ruptura de soportes y ruptura de canales alcistas

     7) Comportamiento de la banca. Razones:

          - Mucho dinero en bolsa. El dinero del banco es delicado, ya que no es suyo

          - La banca conoce perfectamente los ciclos económicos, ya que tienen los mejores datos



Así antes de que se hunda la bolsa algunos bancos venden sus propias acciones a las personas más próximas: clientes y empleados. Para ello aprovecha el clima ya existente y además crea su propio clima. Lo hace enviando cartas recomendando comprar sus acciones. Para ello le ofrecen créditos a tipo preferencial (10%), y además le ofrecen descuentos. Así la acción sube de dos a tres meses (un 20 o 25%).

Si alguien pretende venderlas en este momento, el banco le dice que no, poniéndole como excusa que las acciones están pignoradas(por el crédito).Así la cotización bajará durante dos años. Este supuesto hace seguro de que vaya a caer la bolsa.

Problemas de la distribución:

     1) Informe confidencial

Ocurre cuando alguien quiere vender una empresa que esté muy mal, pero que la gente no lo sabe. Utiliza para ello el secretismo y la confidencialidad, yendo de samaritano y comentando las plusvalías posibles. Además suelen decir que hay un grupo extranjero detrás. Cuando esto sucede en un boom económico hay que desconfiar totalmente. Si estamos en recesión nos lo podemos pensar un poco.

     2) Salidas a bolsa

Son empapelamientos y distribuciones. Te lo venden muy caro y luego baja la cotización. Esto no es general. La recomendación es nunca entrar en un valor antes de que salga a bolsa. Luego entraremos o no según la ley de la oferta y la demanda.





- FASE II: LAS MEDIDAS RESTRITIVAS


 

Comportamiento económico

Son medidas para enfriar la economía. Medidas:

     1) Subida de tipos de interés

     2) Reducción de la oferta monetaria

     3) Subida de impuestos. Por dos motivos:

          - Para recaudar más

          - Para que los ciudadanos consuman menos

     4) Reducción de las obras publicas.

     5) Congelación de salarios y beneficios empresariales

 

Características de esta fase:

     a) Se manda al país a la recesión

     b) El gobierno calcula que esta fase durará dos años

     c) Es una fase muy impopular, en la que un gobierno se juega las elecciones

     d) Es la fase más difícil y la más importante del ciclo, ya que el país se juega su futuro



No invertiremos nunca en un país o en una empresa que no halla sido sometida a un plan de ajuste. El problema va a ser si las medidas se van a hacer bien o mal. Para saberlo deben cumplir dos requisitos:

     1) Deben ser rápidas

     2) Deben ser duras

 

Para que sean buenas deben producir dolor y sangre en la calle. Esto lo veremos en dos observaciones:

     a) Fuerte descontento social:

          - Manifestaciones

          - Huelgas

          - Antidisturbios en la calle

          - Ejército en la calle

Así el grado de impopularidad es directamente proporcional al de eficiencia

 

     b) Consecuencias de las medidas

          - Fuerte caída de las ventas

          - Crisis empresariales

          - Fuerte morosidad

          - Fuerte desempleo

Si pasa todo esto, el gobierno lo está haciendo muy bien.

Consecuencias para que en un país se halla realizado o no el ajuste.

 

Razones por las que los extranjeros invierten en un país:

     1) Invertirán en un país o una empresa que esté mal

     2) Que al país se le someta a unas durísimas medidas de ajuste

     3) Que tenga un potencial

     4) Se fijan con lupa en el ministro de economía

 

En España en 1973 no se tomaron medidas por:

     - Despiste del ministro de economía

     - Causas políticas

 

En el 89 se hicieron mal por:

     1) Motivos nacionales:

          - Huelga general del 14-12-88:el gobierno pierde la personalidad y no mete medidas restrictivas

          - Presiones del guerrismo

          - Desmadre de las comunidades autónomas

          - Compromisos del estado con el 92 (olimpiada y EXPO)

                Metieron mucho dinero cuando había que enfriar la economía

     2) Motivos internacionales

          - Guerra del golfo: la economía no puede aguantar la incertidumbre

          - Crisis del comunismo

          - Crisis de Maastrich

          - Unidad Alemana: se hizo rápido y mal



Influencia de las elecciones en la economía

Al principio de esta fase la crisis no hace daño, porque están las cajas llenas. Un año después empieza a correr la sangre y a los dos años la crisis es terrible: suspensiones de pagos, quiebras, etc.

Una suspensión de pagos es una buena noticia, pues es el comienzo para que la empresa empiece a mejorar.

¿Quién sufre en esta fase?

     1) Los sectores cíclicos: automóvil e inmuebles.

     2) Empresas débiles: aunque la empresa no esté bien, el boom económico las arrastra, y
          en cuanto llega la crisis se irán luego a la quiebra.

     3) Las que dependen de los gastos de las empresas: lo primero que hacen las empresas para
          mejorar sus resultados es acortar gastos en:

          - Publicidad

          - Restaurantes

          - Escuelas de negocios

 

En referencia a los resultados de las empresas en esta fase:

     - Gastos: gastos financieros altísimos, subidas de impuestos, grandes costes en inmuebles y
          gastos laborables enormes

     - Ingresos: cada día más pequeños

¿Que es lo que funciona?

Sobre todo a mediados de esta fase todo aquello que signifique barato, como las tiendas de todo a 100. Entrará en crisis todo lo que se considere caro. (44)

Al final de los dos años se considera que la inflación y el déficit están controlados y se desacelera

 

Comportamiento bursátil

Antes de que esto ocurra la bolsa ya ha empezado a bajar.

En el momento en el que el Banco de España vaya a subir los tipos de interés, la bolsa lo olerá y estará condenada a bajar 2 años.

Lo que hace el inversor:

     - Compra con la euforia y sigue comprando cuando cae, porque cree que compra chollos.
          En este momento los balances de las empresas son extraordinarios

     - Compra haciendo medias: si compra primero a 5000 y luego lo hace a 3000, hace la media con
          las dos cantidades, es decir 4000, y sigue comprando

     - El inversor siempre compra lo que ha subido mucho antes, es decir, cíclicos y chicharros.

     - El inversor tiene la manía de hacer carteras (No es el momento)

Cuando al final de la fase, empiecen las suspensiones de pagos, etc. venderá por miedo, al ver el panorama que se le presenta. Todo esto, es lo que no debemos hacer

 

Lo que debemos hacer:

     - Vender en la euforia. Si no lo hacemos vender en cuanto el Banco de España anuncie
          una subida de tipos moderada

     - Vender todo. Nos marchamos de cíclicos y chicharros, porque la caída va ser terribles

 

Así debemos hacer lo que hacen los grandes. Después de vender lo meterá en:

     - Renta fija

     - Mercados internacionales (por si están en otros momentos del ciclo)

     - Mercados de divisas, MP, etc.

     - Operaciones especiales: por muy mal que esté la bolsa,
         siempre hay valores que dan dinero, para venderlos a mitad de fase

 

¿Cuándo entraremos de nuevo en la bolsa?

Respuesta: cuando la bolsa esté en un momento fatal. En este instante aparece el fenómeno de la ACUMULACION: los grandes inversores saben que la bolsa va a subir y compran valores.

¿A quién? A los pequeños.
¿Cómo pillamos al grande? Igual que en la distribución, pero al revés.

     1) Calculamos dos años de medidas restrictivas

     2) Ha de haber un pesimismo económico por dos motivos:

          - Porque las medidas restrictivas hacen efecto

          - Porque provoca que vendas(los pequeños)

     3) Tiene que haber un pesimismo bursátil, y tiene que estar en la calle:

          - Medios de comunicación

          - Lugares populares (50-51)

     4) Tiene que ser lo barato lo que funciona: todo a 100.rebajas, etc, los restaurantes vacíos, no se venden coches, etc.

Cuanta mayor tragedia halla, mayor seguros estaremos de que de producirá el fenómeno de la acumulación. Con todas estas noticias desagradables damos por terminada la fase restrictiva





- FASE III: LAS MEDIDAS DE RELANZAMIENTO



 

Comportamiento económico


Ocurre:

     1) Fuertes bajadas de tipos de interés

     2) Aumento de la oferta monetaria

     3) Bajada de impuestos

     4) Se permiten los déficits Keynesianos, con dos condiciones:

          - Que se invierta en cosas productivas

          - Que se cubra el déficit con el boom económico

     5) Incremento de las obras públicas


Características:

     1) Ahora el gobierno tendrá personalidad

     2) Todo el mundo estará dispuesto a hacer sacrificios

     3) La bolsa lo preveía y ya no cae, porque las malas noticias ya están descontadas

          Cuanto peores son las noticias más sube la bolsa


Para que los grandes entren tiene que ocurrir que:

     - Haya una masiva huida de aficionados

     - Exista la sensación de que todo bajará ilimitadamente

     - Recomienden títulos de renta fija

     - Ayuda de análisis técnico: buscaremos figuras alcistas, ruptura de resistencias y ruptura de canales bajistas


¿Por qué la gente no compra cuando hay que hacerlo?

     1) Miedo

     2) Porque se suelen aplicar los tipos con lentitud

     3) Por elecciones





Comportamiento bursátil

En esta fase hay 3 grandes subidas:

     1) Alza líquida

     2) Alza Fundamental

     3) Alza especulativa





1) Alza líquida


Sube la bolsa porque huele las medidas de reactivación. Suele haber rentabilidades del 900 al 1000%.Ocurre en los momentos más negros de la economía, mientras el desempleo esta en lo más alto. En este periodo sube toda la bolsa. Clases de valores:


     - CLASICOS O BLUE CHIPS: son los grandes valores, las grandes empresas: Telefónica, Repsol, Iberdrola, etc.

          Características:

               * Son valores seguros, aunque no quiere decir que no vayan a bajar. Es muy difícil que se vayan a la quiebra

               * Son valores muy líquidos: se compran y se venden muy rápidos

               * Son poco volátiles: las subidas y bajadas son muy pequeñas. Pueden subir un 3% de máximo diario

               * En el alza liquida pueden subir de un 70 a un 100%

               * No dan problemas


     - MEDIANOS: son grandes constructoras, Viscofán, Ence, Zardoya Otis.

          Características:

               * Son seguros pero nos pueden dar algún disgusto

               * Son muy líquidos

               * Son más volátiles: pueden subir o bajar un 7% diario

               * En el alza liquida suben hasta un 400 o 500%

               * No dan demasiados problemas


     - CHICHARROS O DEBILES: son valores basura. El 80% de las empresas españolas son chicharros.

          Características:

               * Son valores de muy alto riesgo. La mayoría están en suspensión de pagos o al borde de la quiebra.
                  Sus cotizaciones están hundidas (30,40 o 50 pts), que cotizaban antes a miles de pesetas.
                  Algunos se nos quedaran por el camino

               * Son valores poco líquidos, ya que son pequeños y de muy alto riesgo

               * Son valores muy volátiles: pueden subir o bajar hasta un 15% diario

               * En el alza liquida pueden subir hasta un 1000%.
                  En toda la fase de reactivación nos dan de un 4000 a un 8000%

               * Psicológicamente son muy complicados


     - CHICHIS O CHICHARRILLOS

          Características:

               * El riesgo es aun mayor. La mayoría están en los mercados de corros

               * Nos pueden subir hasta un 20%

               * La liquidez es pequeña

               * El alza buena es la especulativa



Los clásicos y los medianos son los primeros en arrancar. Los chicharros lo harán mas tarde. Un valor ágil es el que sube y baje mucho (Ejemplo: Cubiertas)

El alza liquida no es mas que adelantarse a la fase liquida, que es la llegada de dinero barato y abundante:

     - Barato: por la bajada de los tipos de interés.
                     La banca tarda en bajarlo a los clientes durante varios meses.
                     La banca abusa esto para aprovechar la diferencia para tapar agujeros

     - Abundante: el banco emisor abre el grifo del dinero

La banca no dará crédito a los clientes hasta que:

     a) Controle la morosidad

     b) Haya la posibilidad de recuperación económica

 

Posibles coyunturas:

     - Alta coyuntura:

          * Suben los tipos: señal de venta

          * Bajan los tipos: no pasa nada

 

     - Baja coyuntura:

          * Suben los tipos: no pasa nada

          * Bajan los tipos: señal de compra. Subirá mas la bolsa:

               a) Cuanto más altos estén los tipos

               b) Cuanto más baja este la coyuntura


Se nos puede escapar esta subida por:

     1) El desconocimiento de estos temas

     2) El miedo terrible

     3) Otras razones:

          - Porque un banco emisor nunca anuncia lo que va a hacer.
            Lo que haga lo hará por sorpresa, por dos motivos:

               * Porque él mismo no sabe cuando bajarlos

               * Porque nunca dice la verdad (por la especulación)

          - Porque la bolsa se anticipa y sube antes de que los tipos bajen

          - A veces la bolsa no sube cuando bajan los tipos, porque no se conforma con esta bajada


Razones por las cuales los chicharros suben:

     1) Porque sus cotizaciones están hundidas

     2) Porque las medidas de reactivación favorecen a los que peor están

     3) Por la ley del péndulo

     4) Por el traspaso de RF a RV

     5) Porque los grandes van a por estos valores que están muy mal

El alza liquida también es buena para los mercados de MP, aunque no el mejor. El final del alza liquida se produce cuando las medidas de reactivación están descontadas. Entonces la bolsa frena su subida, cuando las subidas de tipos han tocado suelo.





2) Alza fundamental


Es adelantarse a la fase fundamental de la economía, es decir, la recuperación económica. El paso de la fase liquida a la fundamental es el mas difícil. En este paso las bolsas están atontadas, y no se sabe por que no suben. En este periodo de tiempo se conjugan las noticias buenas con las malas (62A-58B)

¿Cuándo sabemos que va a arrancar?

     1) La recuperación se debe dar en la pequeña y mediana empresa

     2) Que el ciudadano vaya sintiendo en su bolsillo que halla recuperación

     3) Hay que fijarse en el índice de la MP (Alimentación): grano, leche, etc. y petróleo

     4) Análisis técnico: figuras alcistas, ruptura de canales bajistas y ruptura de resistencias

     5) Indicador psicológico: que la gente se aburra

     6) Lo que va a provocar que suba es una chispa, una noticia tonta y sin importancia

     7) Nos fijamos en los indicadores bancarios: si se comienzan a conceder créditos


Siempre son los bancos los primeros que tiran, sobre todo el Popular. En el año suele haber meses alcistas y bajistas:

     *** Julio y Agosto suelen ser alcistas por dos motivos:

               1) Llega dinero por dos fuentes:

                    - Se cobran dividendos (se suelen reinvertir)

                    - Se cobran las pagas extraordinarias

               2) Es el mes ideal para especuladores, ya que mucha gente está de vacaciones, sobre todo en agosto.
                    Esto suele durar hasta la primera semana de septiembre, donde los especuladores venden a los
                    que compran que llegan de vacaciones

     *** Septiembre y octubre suelen ser meses flojos, por dos razones:

               1) Porque tiene que digerir las subidas anteriores

               2) Porque hay gastos especiales (Ropa, vacaciones, estudios)

     *** Noviembre y mitad de diciembre suelen ser bajistas por las operaciones fiscales:
           Vendes tus acciones con una perdida y a la vez vuelves a comprar para pagar menos a hacienda.
           No interesa por esto que las bolsas suban fuerte.

     *** Mitad de diciembre: se suelen tomar posiciones de compra

     *** Enero y febrero suelen ser muy alcistas porque:

               1) Las minusvalías fiscales se han acabado

               2) Se pagan dividendos


Indicador psicológico: hay que hacer lo contrario de lo que dicen los medios de comunicación, profesionales, familias e inversores. (27-28-29-30)

En la fase fundamental se invierte todo el dinero posible, a pesar de que el problema es el miedo.

¿Que valores suben en esta fase?

     - Clásicos y medianos

     - No es la época de los chicharros y esperan su segunda oportunidad mas arriba de la fase.
        Hay chicharros que pasan a ser medianos en esta fase

     - Nos fijamos en valores rezagados, dando igual que clase de valores sea (Ej. : Tabacalera, Puleva, Sarrió, etc.)

     - Buscamos valores controlados (Ej.: Puleva, Pascual Hermanos, etc.)

Los propietarios de estas empresas no dejan que suba mas de lo previsto y al revés

     - Subirán fuertemente los valores cíclicos, es decir, los que lo han pasado mal en la fase de ajustes.
        Un ejemplo son los coches e inmuebles

     - Nos fijamos en aquellos que significa alimentación, tanto en renta variable como sobre futuros en MP

(Ej.: Puleva, Visfofán, Tabacalera)

Las subidas serán muy fuertes. El final de la fundamental es cuando la recuperación es fuerte y esta en la calle. Comienza entonces la DISTRIBUCION y los grandes comienzan a vender los clásicos y medianos. Dentro del mercado inmobiliario conviene comprar pisos al final de la fase liquida. El precio de los pisos empezara a subir al final de la fase fundamental, porque los puestos de trabajo no se crean hasta mediados de la fundamental.





3) Alza especulativa


Es especulación pura y dura. La bolsa esta de moda y hay una entrada masiva de aficionados. Son meses lo que dura, con subidas impresionantes

Comportamiento de los coches:

     1) Es uno de los grandes indicadores económicos

     2) Es un indicador fácilmente mensurable

     3) Depende fuertemente de la coyuntura

     4) Los coches tienen su momento para subir en la fase fundamental, cuando se huele la recuperación económica

     5) Subirá en proporción a:

          - Cuanto mas hundido este el parque automovilístico mas va a subir los coches

          - Grado de recuperación


Fase especulativa: suben los chicharros con dos condiciones:

     a) Compra al principio de la especulativa

     b) Vender enseguida antes de que empiece a bajar


La moda va a ser junto a la bolsa los que adelantan la subida en bolsa después de las medidas restrictivas

¿Por que la moda?

     1) Por razón psicológica: no visto igual si tengo alegría o tristeza

     2) Porque el mañana me lo dan mejor los modistos

Detrás de los modistos hay miles de millones de pesetas y de personas. En la moda nos fijaremos en:

     - Los colores:

          * Si son vivos signos de recuperación

          * Si son apagados signo de crisis o de que viene

     - El corte o diseño

     - Calidad de la tela

     - Complementos: bisutería, joyas, bolsos y zapatería

     - Altura de la falda:

          * Corta: signo de recuperación o euforia

          * Larga: signo de crisis o de que viene

Cuando la falda corta es masiva y esta en la calle quiere decir que hay euforia, produciéndose el fenómeno de la distribución





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O poder dos incentivos
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A crise estrutural de Portugal está na dívida pública
http://www.veraveritas.eu/2013/10/a-crise-estrutural-de-portugal.html

Evolução da Dívida Pública...
Evolução da Dívida Pública
http://blogueilimitado.blogspot.pt/2012/10/evolucao-da-divida-publica.html

A dívida pública explicada aos ingénuos
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Tópicos:
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If all the economists were laid end to end, they'd never reach a conclusion.
George Bernard Shaw

Se todos os economistas fossem postos lado a lado, nunca chegariam a uma conclusão...










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